Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov
Esse pensamento fez meu coração louco bater como não batia há muito tempo . A paixão , a felicidade , a emoção e o delírio brotaram e caíram por cima de mim como uma avalanche . Eu estava apaixonada de novo . Na verdade , acho que sempre estive.
Ele compreende minha poesia, afinal , ele é pura poesia, como eu . Ele é romântico como você nunca foi. Você é prático da maneira como ele nunca será . Vocês são dois lados da mesma moeda e eu quero os dois. Isso é errado , eu sei , mas não sei como escolher , não sei quem é melhor para mim.
É como se minha alma tivesse criado asas e alçado voo! Você abriu minha alma para a beleza e para as pessoas e a cada dia vou me apaixonando mais pelas pessoas e menos por você . Vou descobrindo beleza nas coisas mais simples como dentes de leão a voar no ar ou pássaros a voar no entardecer .
Eu sou feita de amor em cada pedacinho de mim, cada átomo , partícula, ou como quer que vocês da área das exatas chame. Eu não sou nada exata, pelo contrário, sempre fui mais subjetiva, cheia de minuciosas entrelinhas que você não soube ler.
Mesmo assim eu sinto raiva, raiva de você me ignorar como se não fosse nada. É como se você pegasse todo nosso amor e as coisas bonitas que ele representa e jogasse na primeira lixeira que surgisse em sua frente.
Ele disse como eu era linda eu eu me derreti, me derreto um pouco mais a cada momento por ele e tenho medo, por que e se eu me apaixonar? E se o amor acabar do dia para a noite,sem aviso prévio ou beijo de adeus? E se acabar em pleno inverno, quando tudo é triste e a luz do sol não aparece para tornar tudo menos doloroso?
Percebi que o amor de verdade é fácil, fácil como respirar, e leve como uma manhã de sábado, e não precisa ser cheio de dramas e disputa de quem é o mais frio, quem se importa menos.O amor de verdade não faz mal, ele cura.
Eu dizia "oi" como quem diz "eu te amo", você não conseguiu perceber isso nem uma vez? Não conseguiu perceber meu olhar devastadoramente apaixonado ou o amor dilatado em cada um de meus poros? Então por que não lutou por mim? Por nós? Parecia muito difícil ao meu ver, mas hoje eu percebo que era tão fácil! Era só você lutar por mim, era só você dizer que me amava e eu era sua.
Havia gente nas ruas, lojas abertas até tarde, luzes de natal, agitação, e como sempre, casais. Casais de mãos dadas, casais abraçados, casais se beijando, casais por toda a parte. Foi estranho, mas pela primeira vez em muito tempo, não pensei "todo mundo tem alguém para abraçar ,menos eu" ,eu só pensei "ainda bem...Ainda bem que estou sozinha, que estou solteira. Ainda bem que as luzes brilham e logo é natal. Ainda bem que as pessoas riem e ainda bem que me livrei de você".
E eu e minha amiga rimos e falamos de garotos, até que ela tocou no nome dele e eu disse como ele era idiota e que bom que estava fora da minha vida. Só que quando fui dormir, como todos os dias, ele ainda foi o último pensamento do meu dia. Quer dizer, o penúltimo, porque o último foi uma frase de Drummond: "essa ferida, meu bem, às vezes não sara nunca ,às vezes sara amanhã".
Ultimamente, querido, ando cansada de pensar em assuntos inúteis, como você por exemplo. Porque sinceramente, ainda há tanto para fazer: lugares para conhecer, amigos para visitar, festas para ir, comidas para experimentar e um mundo todo para descobrir...E diante dessa infinidade de coisas que passam a me preencher e ser o meu mundo, você deixa de fazer parte dele, mesmo nos cantinhos mais insignificantes.
Você me deixou como um passarinho com asas quebradas, fraca demais para voar. Mas hoje eu voo, querido, eu voo alto, como gaivotas sobre o mar.
A vingança tarda, mas não falha, e ela é doce e amarga ao mesmo tempo, como uma taça de vinho tinto seco nas noites de inverno, tanto arrepia quanto satisfaz, mas te entorpece e te envenena, fazendo você querer aquilo cada vez mais.
O fato é que eu sinto. Sentir, algo que eu não fazia há muito tempo, como se minha sensibilidade fosse uma rosa congelada pelo inverno e ao receber os primeiros raios de sol da primavera, ela renascesse e eu sentisse tudo: a vida correndo por minhas veias, o amor girando no ar, esperando para ser sentido, compartilhado e vivido, e a adrenalina que só os adolescentes conseguem entender, misturada com uma vontade absurda de ser livre em uma madrugada de sexta- feira.
Eu gostaria de dizer como os meus olhos brilharam, que o meu coração saltou e que minha alma flutuou, flutuou no ar como um milhão de borboletas. Gostaria de explicar a sensação de ter um sonho realizado; o sonho de uma vida. Eu adoraria explicar tudo isso mas eu não posso, pois há coisas que fogem da lógica e das palavras e não conseguem ser explicadas, só sentidas , sentidas como o sopro do vento no rosto e a água do mar na pele.
Ele riu de uma maneira deliciosa e isso fez meu peito ficar em fogo, como se fosse uma fera selvagem que eu tentasse domar. Eu ia repreender minha felicidade boba mas me contive. Há quanto tempo eu estava repreendendo minha felicidade e não a deixando ser plena, ser livre, flutuar nos céus como balões ? A vida era muito curta e talvez um amigo meu estivesse certo quando disse que devemos nos permitir sentir, deixar o coração ser selvagem, como na música do Belchior, e se libertar das amarras da razão.
Ele disse como eu era linda enquanto me abraçava e eu pensei com surpresa que meu último namorado fazia a mesma coisa quando me abraçava e me surpreendi ao lembrar dele sem um pingo de saudade. Talvez meu amor por ele tenha voado para longe, ou congelado nas minhas veias, ou ainda, como gosto de pensar, ele tenha ido morar nos meus versos e assim viverá para sempre.
É quarta- feira e estou elétrica, elétrica como se tivesse colocado o dedo na tomada e levado um choque, como se tivesse tomado 10 xícaras de café ou tivesse injetado adrenalina diretamente na veia. Mas eu só tomei uma xícara de café, e isso não é nem o suficiente para me deixar acordada pela manhã, então acho que esse estado de espírito se deve a mensagem que eu recebi daquele garoto. Isso fez eu ficar ligada no 220 e sair correndo pela casa e dar risada à toa, e isso é muito estranho. Eu fico tentando achar explicação para essa felicidade, dizendo para mim mesma que amanhã é feriado, que eu fui bem nas provas finais e que logo chega a pizza que eu encomendei, mas tudo isso não me convence, como se ele fosse o motivo do meu sorriso bobo, da minha distração constante e da minha agitação sem sentido, como se isso fosse resultado da paixão...
08 de junho
Meu querido Rick, eu sei que prometi que não ia mais te escrever, e você sabe como essas cartas são humilhantes para mim e dolorosas- porque o amor sempre tem um quê de dor-, mas eu não pude evitar...a saudade apertou e eu não tive outro recurso senão escrever. É que escrever alivia o peso de minha alma, lava as feridas e me ilude fazendo eu pensar que um dia você lerá esses pensamentos tolos que escrevo. Os dias têm sido bons na escola, e eu achei um jeito de conseguir minha alforria e fazer os garotos não me baterem mais. Claro que isso envolve passar cola para eles, e sei que não é certo, mas é a maneira que eu consegui. Ah, e tenho feito tantas amizades, como Paloma. Queria que você tivesse a oportunidade de conhece-la um dia. Já é começo de junho e começa a esfriar, com o outono dizendo “au revoir” de maneira sutil a todos nós. Eu adoraria lhe falar de pontuação, embora você, como a maioria das pessoas, odeie português e não consiga entender a beleza da nossa língua. Ok, talvez eu não lhe explique a função de cada um, mas eu apenas lhe digo que tenho colocado vírgulas demais nesse amor que sinto, tenho dado pausas demais, separando termos e rezando para que as coisas deem certo um dia, quando deveria colocar logo um ponto final e finalizar isso tudo; essa agonia, esses sentimentos, essas cartas sem sentido que você nunca vai ler. Você me arrancou pontos de exclamação demais, fazendo meu mundo ter mais emoção, mais vida, e eu agradeço por isso, mas agora chega. Quer dizer, tem que chegar, porque eu não posso amar você para sempre. Eu só não sei como se para de amar alguém e segue sua vida, apagando memórias e sentimentos, como quem passa uma borracha em tudo. Ah, mas estou farta, muito farta de lhe amar! Estou farta como Ana Carolina na música “Vai”, que parece que foi feita para você, porque eu quero te expulsar meu coração, mas não consigo. Eu nem sei o que fazer com esses versos, esses versos que explodem dentro de mim, como um tsunami. Tudo bem, vou parar com a bobagem que foi essa carta, e eu gostaria de usar um ponto final e enterrar você para sempre, mas por enquanto eu só posso lhe oferecer um ponto de interrogação, um “será?”, um “talvez?” como uma pergunta do tipo: e será que desta vez vou te esquecer?
-Annie.
Há momentos, como no dia em que ficamos na chuva, em que eu odeio tudo e quero desesperadamente ir para casa, mas há outros dias como hoje em que as luzes brilham, as pessoas sorriem, uma música eletrônica toca e há uma sensação de liberdade inimaginável pairando no ar, Nesses momentos, as luzes e as pessoas rodopiam como num ringue de patinação e Vancouver brilha como se fosse uma enorme estrela cadente.
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