Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

Amo esse olhar que bate em mim como chuva de verão e escorre pelo meu corpo como águas de mar.

Eu bebo tuas palavras
Canto teu sorriso,
Como tua voz.
Tudo em mim vem de você !

Que em mim chuvas caiam como rios de alegrias
e que a felicidade caia feito águas em jatos de sorrisos.

Vivo a minha loucura
como te vivo
abraço a minha loucura,
como te abraço
viajo na minha loucura
no desejo louco
de ti, de tu...
desejo na minha loucura
encontrar-te
perder-me em abraços
loucos...
dentro dos olhos teus
cometer loucuras...
na tua pele,
no teu corpo.
Cravar minhas mãos
viajar...
esmagar tua boca,
arranhar tua pele
saciar meus sonhos
devaneios loucos,
pensamentos meus.

Não duvido de nós em outro tempo, sinto-te como quem já viveu em mim: dividimos histórias, palavras, silêncios...tua face vive em pensamentos meus a séculos passados...é marca presente, que habita e dorme nos sonhos meus !

Toque docemente as partes de mim
deixe que eu sinta bem devagar
tua pele, teu cheiro...
como música,
que teu corpo me cante
que nós,
se percamos nas mesmas notas
canções,
que a melodia nos cole um dentro do outro
juntos,
dancemos no mesmo ritmo
cantemos no mesmo tom !

O amor
revela-se nos olhos
na boca,
na pele.
O amor
é como tatuagem
no corpo
prega, cola, marca...fica !
Impregna alma
habita mente
faz morada,
nos sonhos...nos dias !

Meus olhos soltam chamas
labaredas,
como vulcão jorram desejos
explodem.
Queimam, incendeiam...
pegam fogo,
é fogueira quando vão de encontro aos teus.

Vi um rio:
passou por mim,
era azul da cor de anil,
frio como teus olhos
distantes,
deixou lembranças
marcas,
vi um rio:
tinha um peixe em suas águas
mergulhava
como lágrimas escorriam
feito flor
lançou perfumes
cheiros,
passou levando sonhos
risos,
vi um rio
em águas turbulentas
escuras,
passou deixando loucuras
saudades de amor.

Falo de amor como quem canta,
carrego nas costas o que me inspira !

Pegou em mim como cola
grudou,
fez mel na minha boca
trouxe o céu,
mil cheiros
chamegos, chamegou.
Quando gostei:
picou mala,
deixou saudades...
me abandonou !

Deixastes minha alma em fragalhos, arrancastes sonhos...como flor despetalada ficaram meus olhos sem os olhos teus.

Belo como o vento, suave...
feito o mar !
Azul da cor do céu, garoto.
Não nos senti rivais,
apenas um homem e uma mulher.
Se dando, se entregando;
amantes, amigos, amados...
se amando !

E no jogo da sedução, me entrego
Escancaro,
Saqueio teu corpo, como tua voz
Roubo teus olhos
Penetro em teus ouvidos
Me delicio, me lambuzo..
Te arranco suspiros, gemidos

Não são páginas bloqueadas, fatos e fotos que te excluíram de mim, porque é como sonho e flor que nasce e renasce todos os dias, germina...vive !

É como se dissesse: estou de volta, dessa vez pra valer !
Para abraçar teus sonhos, viver ! Viver cada momento, cada segundo...escrever cada linha, cada página...fazer viver nossa história !

Teu rosto em mim
Como tatuagem
Não desgruda
Grudado
Colado, esculpido.
Sinto teu peito
No meu repouso,
Tua voz na minha alma
Calma;
Te deito em mim
Te ponho no colo
Com jeitinho,
Afago teus olhos
Descanso,
Em mim teu cansaço !
O frio da tua saudade
Aqueço,
Nas lembranças
Nos sonhos,
Me entrego, não nego.
Desejos
De ter-te deitado, jogado...
Não escondo
Não disfarço, não minto
Em segredo te conto
Te Canto,
Relato.

Quero a lua como se fosse teus olhos.
Quero nuvens, céu e mar
Quero tudo e qualquer coisa
Que te lembre, que me faça recordar !
Quero a plenitude da natureza
Quero as correntezas, as belezas...
Quero o que me toca, me fascina
Quero águas como o mel da tua boca
Quero pássaros voando, liberdade
Quero tudo que te tenha,
Quero as flores, ventanias
Quero o vento, poesias
Quero letras, melodias...
Quero teu nome pra rimar.

A loucura predomina em mim, como os ventos predominam no ar.

Quantas vezes eu quiser, quantas vezes der na telha, como se diz por ai, vou te olhar, te cantar...sinto, por não querer, não gostar...mas fazer o quê? Nem sempre a gente faz só o que gosta, nem se vive só o que quer. Portanto, se acostuma ou grita: me manda embora ou pedi que eu fico.
Leônia Teixeira