Coleção pessoal de valter_bitencourt_junior
Vícios
Entra de cabeça e pés
Em um caminho sem saída
Sua vida iguala um forte rubro
Sem paz!
Faz da vida um jogo
Que flutua e desce
Nas águas cristalinas
E se transforma
Em sofrimento singelo
Se perde nos vícios asquerosos
Quando tudo está pra ser tarde
Você se isola, se entrega
Sequer vislumbra vontade
Se debate com crise
De abstinência, pertinência
Dias depois tudo parece ser bem.
É solto!
Mas o que vem a sua cabeça
Alimenta-se dos seus vícios
Deixando tristes lágrimas
Descendo pelas cachoeiras?
Uma rosa
Miro em minha frente
Uma rosa falsa,
Talvez uma rosa,
Feita por uma mão
Delicada!
Miro uma rosa
Sem espinhos,
Uma rosa completamente
Rosa.
E você canta
Belas cortinas
Estampadas no seu sorrir,
Disfarce do seu dia,
Ilusão da sua noite.
O silêncio fala
E você canta!
Aventureiro
Subo degraus
Com medo.
Sou o vento,
Perdido
Num ambiente fechado.
Carrego peso
Do passado lasso,
Em minhas mãos.
Musicalidade
A sua ingenuidade
E beleza singela
São os meus erros
Autográficos,
Paixão sonora
Me mexe
Como concha
Perdido no paraíso.
Voando, infinito
Venha, não se perda de mim,
Sinto saudades...
Você é minha rainha,
Meu universo,
Mas hoje as vezo
Como um pássaro
Voando no infinito!
Laço
Quero saciar seus lábios
Trocar saliva
Roçando a minha língua
Na sua
Feito o movimentar
Das folhas de uma árvore
Ao bater aquele prazeroso ventinho
Da aurora
Fazendo-nos arrepiar
Os últimos fios de cabelo.
Quero me aprofundar
No seu ser carismático
E dentro dele formarei
Um laço
Que só você pode designar
E dele fazer do nosso amor
Uma eternidade.
O relógio
Você olha várias vezes
O relógio,
Pra ver se o tempo
Passa,
Ele não passa,
Ele voa
Como você anda!
Identidade
Sou Valter um menino
De óculos, às vezes em risos
E outras calado,
Bitencourt Júnior, ai está
O meu sobrenome… Valter
É o nome do meu pai
Para mim eu sou Júnior,
Para meus amigos Juninho,
E Bitencourt é o meu charme…
Eu sou poeta, nasci em
25 De Junho de 1994, sou canceriano…
E de tudo sou eu
Valter Bitencourt Júnior.
Poeta baiano, brasileiro, valeriano…
Não me dê o fim!...
Quero entrelaçar o infinito
No nosso gozo
Quente, fulgurante de chamas.
Quero me ausentar,
Presentear
Quando preciso.
...
Não bata os olhos,
E não me dê o fim!...
Lasso
Deixei que o vento
Entre em meu corpo
Como a primavera.
Florescendo o meu amor,
Entrei no infinito
Penetrando
Profundamente no gozo
Entrelaçando nas estrelas
O nosso corpo
Como um laço,
Lasso.
Siga o seu coração
Não quero ficar por baixo
E nem ficar por cima
Só quero mostrar-lhe
Que dentre esse seu ser excessivo
O excesso não a levará a nada
A não ser ao pior
A desgraça não vem só para o pobre,
Mas também para o rico
Do seu ser sem amor
Não há proveito.
Mudarei os meus passos
Que fazem tempestades, redemoinhos,
Furacões...
Para um novo caminho
Que faça o branco
Se transformar em cores
Fantásticas.
A solidão
Solidão é uma crise de abstinência
Contraria.
As luzes dos céus
Jamais se abrirão
Por completo
Na escuridão da noite.
Constelação noturna
De todos os atritos inesquecíveis,
A constelação mirada
Por dois amores
São estrelas dissidentes
De todas as posições separativas
Dos laços distantes
Que se tornam distinto.
Tudo está azul
Sinto um lindo cheiro no ar!
Alguma coisa vem de longe
Caminhando como uma dança
Cheiros de mar
Dentre as nuvens
De todos os meus sonhos
Ilusão...
É a essência do dia
Que me desfaz de todos os tormentos!...
De todos os momentos
Enquanto isso passa,
Tempo!
Ganância
Vivemos em um mundo sublime
E o tempo voa,
O ar flutua
Entramos em obstáculos, sem volta
Caminhamos no infinito cosmo
Onde a vida vira sonhos.
E enganos.
Os seres brigam entre si
Onde a ganância vira caos:
No amor, no prazer, na misericórdia,
Na guerra...
Tudo vira e cai em si mesmo.