Coleção pessoal de RicardoBarradas

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O doentio medo da mentira é o pai carrasco de todas as pessoas perdidas, inseguras, de baixa estima, solitárias, egoístas, permissivas e infelizes, vitimas de si mesmo.

Qualquer governo democrático universalista viola se constitucionalmente perante toda e qualquer falsa soberania adversa, quando assiste calado sem repudio algum, a falta de liberdade, as condenações sumarias sem justiça e aos flagelos da fome. A justa e perfeita liberdade e a verdadeira democracia tem seu preço alto e que deve ser pago pelos cidadãos de bem de uma ética e moral sociedade em parcelas constitucionais precisas, todos os dias e em todas as direções.

Muitas das grandes e famosas historias sócio-politicas brasileiras mereciam e deveriam ser re contadas, mas não doutrinariamente, verdadeiramente para as classes acadêmicas, profissionais e estudantis.

Quando os verdadeiros loucos de hospícios se tornam os maiores artistas, os maiores poetas, os maiores profetas e os maiores filósofos visionários dentro de uma sociedade. É evidente que a própria sociedade insana que está doente e demente.

O dialogo franco e simples com pessoas humildes, trabalhadores assalariados e de baixa instrução escolar e acadêmica se tornam cada vez mais objetivo e direto com felizes posições e entendimentos de vida que em muito me surpreende. Parece mesmo que cada um deles de sua forma, fora de tantas pseudo ideias doutrinarias conseguem ver a vida mais viva e as imperativas necessidades básicas da cotidiana sobrevivência.

Infelizmente já alguns anos, para e perante alguns graves e imorais abusos cometidos frente ao inocente povo brasileiro o único movimento processual eminente e vergonhoso é o arquivamento. Pois contra a blindagem anti ética do falso poder econômico e financeiro instalado e corrupto, só existe mudança decorrente e de vez em quando aliado com um forte interesse politico e governança eleitoreira. Em suma a justiça social cada vez mais cega e financeira só consegue ouvir clamores do povo perante o errado, quando politicamente interessa.

Meio que na contra mão de um tempo egoísta e de vaidades usurpativas menores, ainda acredito na ampla generosidade intelectual que deva ser ofertada por quem sabe em qualquer boa e digna conversa sobre arte e cultura. Uma cultura trancafiada entre poucos eleitos, não vale nada, apodrece e morre.

É na beleza da sua alma que meu ardor inquieto se acalma e consigo desfrutar com calma as sutilezas diferentes do nosso amor.

A generosidade intelectual preenche de forma exata e virtuosa as lacunas existentes entre o conhecimento doutrinário acadêmico e o modo certo e profissional de fazer.

Sou devidamente abandonado e esquecido na maioria das vezes por conta da generosidade intelectual, dos conhecimentos, saberes e das ideias gratuitamente oferecidas. O mundo ainda hoje só dá o alto valor ao pensamento cativo e atrofiado dizimista permitido.

A arte contemporânea, principalmente nos países emergentes do grupo dos BRICS, que o Brasil faz parte, deve e tem que sair das esferas tradicionais dos museus, das coleções privadas, do mercado e das galerias. A arte deve vir pra rua não só como o grafite e a Street Arte mas bem mais amplo que este sentido. A arte tem hoje um importante papel e uma função ativa publica sócio-cultural politico-educativa. O artista só é pleno se assume o seu papel de ativista cidadão cultural de seu tempo e lugar. Já alguns anos como presidente da AFBA, Associação e Escola Fluminense de Belas Artes, antiga e tradicional entidade, hoje bem abandonada e esquecida, venho tentando semear, frutificar e expandir está visão e fomentar o pensamento e a indagação da arte nos grupos de artistas nas esferas das politicas publicas e privadas de arte, cidadania e cultura que ainda muito acimentadas encontram se disonantes da verdadeira possível resposta para a realidade. Acredito na arte e na cultura como metalinguagem atualíssima e forte dentro de um quadro educacional nacional caótico, sucateado e quase inoperante. Creio em projetos vitoriosos como o da Escola da Ponte de Jose Pacheco em Portugal, creio na educação artístico-cultural que promove a individualidade no exercício da autonomia e da liberdade. Creio em Paulo Freire, tão bom para outros países e tão pouco bom para os brasileiros. O Brasil deve extinguir de vez está errônea ideia que o que é oferecido e disponibilizado pelos sem fins lucrativos, o que é publico e governamental oferecido por cidadania e politicas publicas não partidárias seja fraco, obsoleto, ineficaz, ruim ou tenha menor valor. Ao contrario mas também o estado sócio-cultural brasileiro deve se libertar e se afastar dos bipolares projetos bissextos partidários e mergulhar de maneira séria e profunda nos programas de governo e de estado mais efetivos e duradouros. A frequente critica quanto aos altos valores abusivos da arte contemporânea existe sim por que a grande parte da arte produzida pelos artistas desta corrente,não participam de forma cidadã-sócio cultural educativa locais e nem nacionais das correntes produtivas das cadeias criativas.Em suma a arte de hoje não pode estar longe das perguntas e das respostas livres do pensamento moderno.

Em pleno seculo XXI no Brasil ainda não existe um verdadeiro, realista e livre estudo, pesquisa e investigação real da verdadeira historia, da arte e da cultura negra. O pouco que existe, é um material distorcido por alguns pesquisadores dependentes de verbas politicas e ainda esta muito distante da verdade e da realidade da época, é sim um pseudo-conhecimento romantizado e aprimorado doutrinado a partir de fontes não verídicas, e camuflado de fontes não documentais e muito menos verdadeiras advindos dos próprios interesses retroativos imorais e desumanos das perversas e muito rentáveis politicas escravagistas no período do império brasileiro. Falar em escravidão no Brasil, para um pesquisador de cultura é quase que uma anedota, sem graça. Pois se para a igreja na época, o ser negro não tinha alma, e se na economia rural cafeeira era inventariado e patrimoniado junto com as galinhas e o gado, tratado pelo veterinário, por que falar hoje em escravidão humana. E os absurdos históricos vão alem, como a não historia oficial de Dom Obá no império brasileiro e a escultura em homenagem ao Zumbi dos Palmares, na Praça 11 no RJ, edificado na gestão do meu velho amigo, o renomado intelectual Dr. Darci Ribeiro, que não é. Eu particularmente avisei-o em Copacabana na época, que aquele não era o Zumbi, o herói Zumbi era de etnia Banto de nariz achatado aquele que lá está é um príncipe argelino, com nariz fino e penacho na cabeça, que me parece que tem uma escultura original bem semelhante, que serviu de base para a confecção da escultura que la se encontra e a original em um museu em Londres. Alem da verdadeira historia não ser contada, misturada, romantizada a maioria das parcas fontes de pesquisa que existem não são fidedignas. Infelizmente é um Brasil que não conhece o verdadeiro Brasil ou pelo que me parece, não tem muito interesse em saber.

Na arte e na cultura, infelizmente na maioria das vezes quem ensina, conhece a teoria, a didática mas na pratica não sabe profissionalmente fazer.

Acredito que o verdadeiro marchand, antiquário e agenciador de obras de arte profissional tenha também uma função cidadã sócio-educativa perante o conhecimento mercadológico adquirido. O profissional que tem e legitima um pouco destes saberes do próprio mercado de arte e de cultura, que atua operante tem a obrigação ética e moral de difundir, nem que seja de forma branda o seleto e difícil conhecimento. Sendo a atmosfera da arte e cultura profissional tão hermética, sem qualquer formação acadêmica profissional apropriada de mercado e com uma ínfima e diminuta esfera de oportunidades para novos profissionais fora da experiencia diuturna de muitos anos do próprio ambiente, é injusto a monopolização gananciosa que só visa ganhos financeiros, dificultando naturalmente uma contra mão não aberta dos conhecimentos adquiridos para as próximas gerações. Ao mesmo tempo que também, toda industria criativa nos seguimentos das artes e das culturas se atrofiam e por muitas vezes extingue se pela falta e escassez de escolas e cursos profissionalizantes práticos não só didáticos com profissionais experientes do meio para perpetuação das antigas e atuais técnicas, das formas de fazer, e mesmo do possível e promissor aprimoramento que deveria ocorrer em laboratórios avançados de pesquisas do conhecimento e pratica combinado com as novas tecnologias. Mas infelizmente os cursos profissionais sobretudo acadêmicos universitários se julgam indevidamente superiores mas na realidade bem distantes dos oficios verdadeiramente profissionais que são operados na pratica nos mercados correspondentes. E pior ainda, quando, digo por mim, fui, buscar por meio de generosidade de conhecimento reverter a caótica e artificial situação, entre o estudo teórico acadêmico e a realidade pratica, como um profissional que sou atuante a algumas décadas no mercado. Por uma ignorante vaidade acadêmica fui repelido de forma grotesca, algumas vezes ofensiva e sem qualquer boa vontade receptora. Dito isto, creio que infelizmente seja a razão que os profissionais não comparecem de forma alguma aos meios acadêmicos. Enfim, pelo visto ainda teremos muitos anos de distanciamento entre o que a faculdade teoricamente ensina e o que e como o mercado profissional, pratica, e com isto toda a cultura nacional perde.E perde muito.

Quando estou entre os jovens busco semear opções novas de procura. Afinal não existe modelo algum igual nenhum para cada qual se encontrar e ser feliz como tanta gente diz.Na maioria das vezes, acabo percebendo que fico falando sozinho como se eu estivesse pagando na mesma moeda, tudo que não escutei, da mesma maneira quando eu era tão jovem. A sede de viver, de experimentar, ousar e transgredir os velhos caminhos, ensurdece e é próprio da aceleração do jovem que engole a vida, de polis besteiras sem ao menos saborear como se a fome de vazio estivesse incomodada e atrasada de tanto, tantas vezes em esperar. O tempo certo e lugar adequado é e são medidas da maturidade durante a juventude todo momento é o frenético movimento certo de tudo viver, sem pensar mesmo sofrendo e se machucar.

A indiferença e o silencio perante o obvio revela silenciosamente a incompetência.

Eu não acredito em maldade com boa intenção.

Promessas de candidatos e promessas de ano novo são iguais. São ditas bem alto durante as festas mas para não serem cumpridas.

Deveria ser Lei a obrigatoriedade de distribuição de cestas básicas mensais para os profissionais que fizeram parte da historia da programação, pelos grandes grupos de comunicação, televisão abertas e fechadas, das festas, do áudio-visual e do entretenimento no Brasil via os sindicatos correspondentes para atender a justa e digna demanda de abandono e esquecimento dos artistas velhos e portadores de doenças graves.

A Lei de Direito Autorais do Brasil vigente é uma das melhores do mundo mas acredito ainda em novos desdobramentos na sua aplicabilidade e contemplação. A exemplo disto creio que deve estar o direito de personagem, interpretação, reapresentação, reprise e re-montagem, uma forma digna de creditar recursos para o artista, ator e interprete velho e portadores de doenças graves. O que é injusto são casos que tem ocorrido frequentemente dentro do meio artístico nacional, personalidades de nossa melhor cultura, esquecidas, abandonadas, vivendo na miséria de favores humilhantes e morrendo precocemente por falta de medicamentos, acompanhamento medico em leitos de unidades publicas sem os devidos recursos. Cabe aos Ministérios da Justiça, do Trabalho e da Cultura brasileiros impor urgentemente estas adequações pois os nossos grandes decanos da cultura nacional brasileira estão morrendo de forma indigna e esquecidos na própria sorte. Por isto peço providencias imediatas para o nosso rico patrimônio vivo da arte e da cultura nacional.