Coleção pessoal de Poliana16

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A justificação pela fé somente estaria clara para nós? Estaríamos livres de qualquer tendência para voltar às obras? Há em nós alguma partícula que esteja confiando em qualquer coisa que tenhamos feito ou pensado ou dito ou experimentado? Porque, se estivermos baseando o fato de que somos aceitos por Deus na mínima extensão que seja em qualquer dessas coisas, já escorregamos de volta.

Cristo é o fim da lei no sentido de que Ele a cumpriu por aqueles que crêem nEle. Ele é o fim da lei no sentido de que Ele executou os ditames da lei perfeitamente, em todos os aspectos. Tudo quanto a lei requer, em função da justiça perante Deus, Cristo realizou.

Se a nossa idéia de salvação não for em termos da satisfação da lei de Deus, é errônea.

O nosso combate sempre deve ser travado de maneira espiritual. Toda a armadura de Deus é providenciada para nós. Assim, asseguremo-nos de que estamos revestidos de toda a armadura de Deus, a qual é, em última análise, o entendimento e a aplicação da verdade do Evangelho.

No momento em que você começa a enfrentar o inimigo argumentando com a sua própria razão e com seu próprio entendimento, você já está derrotado. Ele o vencerá todas as vezes.

Se tentarmos combater o diabo e estes poderes unicamente em termos da nossa sabedoria e do nosso entendimento, inevitalmente seremos derrotados.

Embora pareçamos muito fortes, embora tenhamos crescido maravilhosamente na graça e tenhamos obtido grandes vitórias, jamais devemos descansar nisso, jamais devemos supor que estamos fora do alcance do inimigo. (...) Ainda que nos sintamos vibrar de poder, sejamos cautelosos! Ele sempre sabe do calcanhar de Aquiles, sabe qual é o nosso ponto fraco.

Quando você se julga forte, e provavelmente invencível, quando você acaba de ter uma grande vitória, corre o perigo de achar que nada mais é necessário, que você se tornou um cristão de tal maneira forte que imagina que pode resistir facilmente. Você se esquece da exortação que diz: "Aquele que cuida estar de pé, olhe, não caia."

Após alguma experiência particularmente alta e exaltada, muitas vezes vem um período de grande perigo. Vocês poderão ver isso na história de Davi, rei de Israel, depois que ele venceu todos os seus inimigos e se encheu de alegria e de orgulho por suas extraordinárias vitórias. Foi justamente quando o diabo o tentou a contar os filhos de Israel; e isso levou o seu povo a grande dificuldade e a grande sofrimento.

Sejam vigilantes, sejam sóbrios, por causa do caráter e da natureza do seu inimigo. Noutras palavras, vigiem a primeira abordagem dele; ataquem-no e resistam a ele de imediato, sem nenhuma hesitação. Se vocês uma vez começarem a dar ouvidos ao diabo, ele já os capturou. Não lhe dêem ouvidos, não recebam dele nem uma só expressão; à primeira investida, repliquem imediatamente, como fez o nosso Senhor na Tentação, e o derribarão. Mas se vocês começarem a aceitar algumas das suas sugestões, se uma vez começarem a arrazoar ou argumentar, ele já os derrotou. O que quer que ele diga, fogo nele imediatamente! Ele dirá que vem como amigo, ele quer fazer propostas, ele tem uma sugestão...Não lhe dêem ouvidos. Fogo! Ele é sempre o inimigo, ele é sempre um mentiroso, ele é sempre o "pai da mentira", ele é "mentiroso desde o princípio". Não dêem a mínima atenção a ele, em nenhum aspecto. Sejam vigilantes, sejam sóbrios, estejam sempre prontos, sempre vivos, sempre alerta, sempre despertos, e sempre vigiando em todas as direções. Não se entreguem ao cansaço, não fiquem pensando na longa duração da batalha, não se ponham a dizer: " Isso não vai ter fim?" A resposta é: de pé! Em frente! "Avante, cristãos! A luta enfrentai!"

Ser sóbrio significa ser equilibrado, não ficar desnorteado, mental ou espiritualmente, não ser "levado em roda por todo o vento de doutrina" (Efésios 4:14), não se transtornar quando ouvir algo que nunca tinha ouvido. É saber controlar-se, é ter domínio próprio em todas as circunstâncias.

Veja que você é filho de Deus, e que o mundo, a carne e o diabo estão contra você. Tenha isso claro em sua mente, e então você se preparará para a tarefa e para o dever.

Como cristãos, não devemos ficar apavorados, jamais.

Sempre que nos virmos inclinados ao desânimo, e a reclamar e murmurar que parece que o Senhor não está cumprindo as Suas promessas a nós, nesse preciso momento temos que dar ouvidos a esta exortação a "Ficar firmes". "Junte forças!" "Encha-se de coragem!" Não devemos dar lugar aos pensamentos de autopiedade que vêm juntar-se em nossa mente e coração. Como cristãos, nunca devemos lamentar por nós mesmos. Não importa qual seja a nossa situação, ou o que nos esteja acontecendo, nunca devemos lamentar por nós mesmos. No momento em que o fizermos, perderemos a nossa energia, perderemos a nossa vontade de lutar e a vontade de viver, ficaremos paralisados. Por mais forte que você seja, assim que você der lugar a esse sentimento, já estará perdendo algo da sua energia vital.

Se você passar muito do tempo de que você dispõe numa atmosfera mundana, verá que o fio da sua vida espiritual ficará embotado. Não há nada de errado, inerentemente, em ver televisão ou ouvir rádio, mas se passar muito tempo fazendo isso, é certo que não será capaz de orar muito bem, e que perderá o gosto pelas Escrituras.

Quando as suas mãos estão ociosas, quando você não está fazendo nada, satanás está sempre pronto a tirar vantagem da situação e vem seduzi-lo. É perigoso ficar nessa condição. Por isso o cristão é exortado em muitas partes das Escrituras a manter-se ativo na obra do Senhor. Naturalmente, da maneira certa! Não estou defendendo um mero e tolo ativismo, uma agitação em atividade sem sabermos o que estamos fazendo. Estou falando da vida cristã normal. Pessoas há que pensam que ser ativo significa fazer algo fora de nós, por assim dizer, ao passo que a principal atividade a que sempre somos exortados nas Escrituras é viver a vida cristã propriamente dita.

Quaisquer que sejam as razões de Deus para escolher um homem, certamente não é por causa de nenhuma coisa boa neste homem!

Abasteça o coração com uma compreensão do amor de Deus em Cristo, e do amor dEle ao derramá-lo; aprenda a apreciar os privilégios que temos por isso - nossa adoção, justificação e aceitação por Deus; encha seu coração com pensamentos da beleza da morte dEle e você terá, em sua caminhada com Deus, uma grande paz e segurança quanto à perturbação das tentações.

Visto que temos tão pouco poder sobre nosso coração quando ele se encontra com provocações certas, devemos mantê-los separados, como um homem mantêm separados o fogo e aquilo que é inflamável na casa em que vive.

Seja qual for a sua tentação, seja para o pecado, para temer ou duvidar por causa de pecado, ou sobre seu estado e condição, ela não consegue permanecer diante da fé que levanta o estandarte da cruz.