Coleção pessoal de ninhozargolin

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⁠Tínhamos máquinas de escrever. Agora, temos máquinas que escrevem. Mas, sem o sentido e a intenção humanas, nem ouro seria jóia.

⁠As tecnologias são como vilãs de novelas: despojadas, incompreendidas e volúveis. Para domá-las, é preciso dinheiro ou esperteza.

⁠Gostar do lápis ou da calculadora não resolve problemas; assim como se apaixonar por qualquer IA.

⁠O sabor do hype pode ser só um bom brigadeiro branco, envolvendo uma fruta com caramelo tão antigo quanto doce: eis o morango do amor.

⁠Cheiro de flor, sem jardim por perto, pode ser a memória chorando por olfato e afeto — e o mistério, entre a ciência que explica e a alma que pressente, segue intacto.

⁠Tem coisa que a gente só conta quando o outro consegue amar o que doeu na gente.

⁠De repente, uma colher de pequenas cordas, aterrissa em meio ao caos, criando um universo inteiro feito de sorvete e quarcks.

⁠Há, nos rincões da sociedade, segredos sigilosos secretos guardados a cadeados mudos e singelos.

⁠Há quem confie em IA como um taumaturgo do século XXI; mas, antes de uma apocatástase linguística, busco a palingenesia na simbiose da escrita.

⁠Se o luzir de um olhar pode ser forjado, entregar-se será sempre um risco indubitável.

⁠O entendimento enfrenta barreiras, desvios e ruídos das linguagens.

⁠Em certos momentos, a inspiração surge de um suspiro que aspira ser eterno.

⁠Situações improváveis beijam os sonhos e dançam com o tempo.

⁠Urutau cantando em uma madrugada fria desvela a beleza aterradora da noite.

⁠Silêncio em noite escura, com lua tímida entre gélidas nuvens, pode ser presságio do dia mais solar e vibrante de todos os tempos.

⁠Vivências enriquecidas exigem uma dobra do tempo, um sismógrafo emocional e existencial calibrado para registrar o quase invisível.

⁠A palavra escrita, uma vez compreendida, não repousa: ela coloniza o ser, germina nele e cria vínculos invisíveis entre pensamento, corpo e mundo.

⁠Para cada palavra que se lança, há três alvos memoráveis: a arte da curva; o risco do entrelinha; e a beleza do impensável.

⁠Ser direto, certeiro e reto é preciso, mas não poético.

⁠Há vezes. Ora somos caminho, ora pedra. Um momento porta, noutro pedágio. Ser fronteira aberta não implica em ser visitado.