Coleção pessoal de ninhozargolin

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A paz é, sim, promulgada pelo ódio aos ideais alheios.

Não fazer nada também é uma alternativa – algumas vezes, a mais prudente.

A crise entra no cenário político como a luva que vai na mão de um mímico, que sem cor e sem som, faz drama e faz rir num semáforo.

Só o bobo sabe viver bem. Ele prefere não ver ou ouvir certas coisas, faz de conta que não existe maldade e vive. Intensamente!

Os espertos não conseguem sorrir, porque passam a vida cometendo espertezas, tecendo tramas, julgando e criticando tudo e todos e se esquecem do que realmente importa: viver.

Empatia é linda na teoria. Na prática, é lida como falsidade.

É TEMPORÁRIO

A efemeridade da vida
sempre nos chama,
traz inquietude e convida
a nos confrontarmos com um drama:

tudo passa, o tempo voa,
a mudança é permanente
e todo evento ruim
pode trazer experiência boa.

Não é imaturidade pueril
nem traço de esperança,
é raciocínio maduro e coração de criança.

Sem controle de itinerário,
sigamos a viagem isolados,
com a certeza de que é temporário.

Imaginação é a cura para toda melancolia.

Política é uma engrenagem social tão podre quanto necessária.

Precisa-se de apenas um motivo para esquecer um bilhão de problemas: entretenimento.

Para quem vive de trevas, qualquer incandescência de virtude vinda de outrem é ofuscante.

Politizar caso de pandemia ou é sintoma de extremismo ou de ingenuidade.

Ainda que o isolamento social seja desagradabilíssimo, evitar a transmissão de um vírus pode ser crucial para salvar vidas.

Contrair coronavírus durante uma viagem para a Europa é meritocracia ou esse termo só vale para desqualificar cotistas?

A falência da sociedade capitalista diante de um pequeno vírus exprime a desigualdade e suas consequências.

A Covid-19 não é uma doença redentora, que, para alguns românticos, transmite cura, reflexão e harmonia com a natureza; mas sim a ceifadora de vidas, planos e sonhos.

Memes, vírus e fakenews: a propagação de views, likes e contaminações nos novos anos vinte.

Estar enclausurados por bom senso e respeito à saúde é como os cidadãos conscientes podem se tornar heróis contra o coronavírus.

FADAS SENSATAS

Para dizer o óbvio, as fadas são seres mitológicos. Talvez possam existir em um outro plano, outra dimensão, algo nessa seara. Mas vamos aos fatos: na nossa existência terrena, não convivemos com figuras mágicas.
No imaginário infanto-juvenil, é possível sonhar com fadas, bruxas, gnomos e seus pares. Às crianças estão reservadas a criação e a crença nesses seres, incluindo características físicas e psicológicas que lhes possam ser atribuídas.
Alguns adultos, na ânsia de nutrir o pensamento fantástico dos infantes, também podem compor histórias mágicas, repletas de pó de pirlimpimpim, varinhas de condão, caldeirões e todo aparato imaginável.
Contudo, é estritamente necessário que não haja a tentativa de atribuir aos seres humanos as mesmas qualidades dispensadas às fadas, haja vista que somos imperfeitos por definição empírica, por acepção filosófica, por revelações religiosas e por convicção científica.
Assim sendo, a sensatez até pode ser uma virtude que alguns homens e mulheres detêm e que outros, vez ou outra, utilizam; mas aplicada a humanos travestidos de fadas é uma aberração.
As pessoas são falhas. Vive-se a vida buscando superar as fragilidades e desenvolver os potenciais. Essa é a síntese da existência humana. Qualquer canonização ou fadificação são incongruentes com o que nos torna humanos: os erros.

Homem que precisa retocar a masculinidade o tempo todo tem a mentira estampada na sexualidade.