Quando a gente mergulha para além da superfície, os corais contagiam todas as paisagens.
Os loucos de hoje serão os sensatos de amanhã.
O desrespeito por outras almas culmina no interesse por formas, sabores e cores superficiais.
Emitir uma opinião que não é verdadeira – para você – apenas porque vai agradar aos outros, é prejudicial para todo mundo; ainda que massageie um ou outro ego necessitado.
A dissimulação não está relacionada à mentira por si só, mas sim à crença na lorota pintada de opaca cor de verdade inexistente.
Fugimos de nós mesmos a cada palavra proferida sob a flâmula do fingimento.
O fingimento é método para se criar uma úlcera, que, ao se alastrar, consome todos os princípios e virtudes.
Para que uma mentira prevaleça é preciso esquecer o que mil verdades não apagam.
Quem já tem, na realidade, um sonho só precisa de uma carícia pra sentir o tempo parar.
Quando corpo e alma não se harmonizam quanto à beleza em sua acepção mais abrangente: identidade de gentio.
O remédio para aliviar a dor da alma é o amor-próprio; para todas as outras enfermidades, amor recíproco.
O vão entre o amor e a distância é preenchido pelo vazio da solidão.
Idealização é uma lente que protege a retina das cruéis e intensas cores da realidade.
Pensamentos são, a depender do pensante, instrumentos pesados ou brinquedos coloridos.
O encantamento só é possível a partir da liberdade.
Pensamentos unilaterais são carcereiros que aprisionam as ideias e as diversidades.
Ausências passageiras preparam-nos para necessários e definitivos abandonos.
É necessário mentir com imaginação para aliciar cérebros carentes.
A crença em nova política é inocência pueril que conduz a retrocessos.
Mentiras verossímeis - para leigos - geraram a era da pós-verdade.
