Coleção pessoal de Nanevs

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Vou seguindo...lutando
Perdendo...ganhando
Vou seguindo...tentando
Vou seguindo...

Amor verdadeiro

O amor não pede nada em troca
Nasce, cresce, e ama
Ser amado...nem sempre
Mas ama porque ama
Sem nada pedir
Com muito a desejar
Nos sonhos e devaneios
Nem sempre realizados

É assim o amor
Inteiro e real
Amor de verdade
Que aguarda paciente
A entrega total
Que se não acontece
Não deixa de amar
Tão pouco de sonhar
Adormece silencioso
Guardado e aguardando
O amor florecer

O amor verdadeiro
Transpassa espaços
Segue infinito
Nos espaços da vida
Sabendo esperar
A hora do reencontro
Das almas escolhidas
E por "instantes" perdidas
Simplesmente por saber
Que é amor de verdade

O amor não pede nada em troca
Nasce, cresce, e ama...

...São fotos sem fato
Verdades sem mentiras
Fotos sem fato...

Fatos&fotos

As vezes as fotos são fatos de fato
As vezes os fatos são fotos sem fato
E nesse vai e vem se misturam coisas
Numa efemeridade de fatos
Que fotos não provam os fatos
Nem fatos posam para as fotos
A subjetividade dos fatos
Também faz as fotos efêmeras
Já que a verdade de hoje
Se torna fugaz amanhã
E deixa de ser verdade
Sem nunca ter sido mentira
Apenas fotos efêmeras
De fatos que nunca foram de fato
Montagens que a vida se encarrega
De fazer e desfazer, de unir e separar
Na subjetividade efêmera
De fatos e de fotos
De fotos e de fatos
Sem fatos de fato
Montagens grosseiras
Que a vida interliga
E rasga a foto no meio
Colocando de fato
Cada um no seu lugar
São fotos sem fato
Verdades sem mentiras
Fotos sem fato...

As vezes as fotos são fatos de fato
As vezes os fatos são fotos sem fato...

Coringa real

E numa mesa de carteado
Faço paralelo da vida
Onde os sonhos são coringas
Prontos para o jogo decidir
No momento exato da batida
E dar um xeque-mate na vida
Cartas que se não bem usadas
Faz nossos sonhos se dissiparem
E os tornam pesadelos
Por seguirmos utopias
E esquecermos o plausível
Que pulsa ao nossso lado
E se esvaem aos nossos olhos
Que quando de fato se abrem
O jogo estará perdido
E o coringa desperdiçado
Dos sonhos que sonhamos
Corra atrás do que é possível
Deixe a utopia voar sem direção
Para que o jogo não seja perdido
E o seu coração vencido
Saiba usar com maestria
Os coringas da sua vida
A cartada bem colocada
Te faz vencer essa batalha
Que numa mesa de carteado
Pode ser traçada a estratégia
De uma vida sem pesadelos
Nas cartas de um jogo embaralhado...

...Saiba usar com maestria
Os coringas da sua vida...

Tatoo

Vou me tatuar
Gravar na minha pele
As marcas do que vivi
As lágrimas que derramei
Os sonhos que sonhei
As alegrias que comemorei
As dores que senti...
Gravar cada instante que eu protagonizei
Com tintas rubras do meu sangue
Que derramado sobre as feridas abertas
Por agulhas pontudas fincadas nos poros
Deixarão marcas cravadas de uma filosofia
Que lágrimas salgadas fizeram doer
Ao na tatuagem escorrer...
Vou me tatuar
E gravar em mim as minhas dores
Meus momentos de grandes amores
Meus voos solos e sem direção
Minhas quedas de cara no chão
Minhas verdades e meus mistérios
Meus desejos e desencontros
Meus sonhos e pesadelos...
Vou me tatuar
De vida e de morte
De marcas de mim
Feito rês com brasa no couro
Delimitado por seu dono obtuso
Que o prende entre quatro riscados...
Vou me tatuar
De cada momento que eu viver
E fazer da minha existência
As linhas de um livro escrito
Por meu espírito contido
Num corpo tatuado de poesias...
Vou sim... me tatuar...

Vou me tatuar
Gravar na minha pele
As marcas do que vivi
As lágrimas que derramei
Os sonhos que sonhei
As alegrias que comemorei
As dores que senti...

Minhas palavras

São minhas as palavras que digo
E só digo quando são minhas
São minhas, só minhas, de mais ninguém...
E se erradas estiverem
Ainda assim serão minhas
As coisas que eu falar
Serão verdades minhas
Nas palavras que eu disser...
E direi convicta
O que na mente me vier
Em palavras diretas
Que poderão ser enfeitadas
Ou simplesmente secas
Mas serão minhas...as palavras...
E conterão verdades
Ainda que profanas
Ainda que abençoadas
Direi tão somente
As minhas palavras
Ditadas pela conciência
De quem mora em mim
Sem ser convidado...
Mas de tudo o que eu sei
É que virão de mim
As palavras saídas
E pela minha boca proferidas...
Então serão minhas
Apenas minhas
E de mais ninguém...

...Mas de tudo o que eu sei
É que virão de mim
As palavras saídas
E pela minha boca proferidas...

Culpas e culpados

Sentimentos conflitantes
Brigam por espaços
Sou boa e sou má
Agradecida e ingrata
Em momentos de angústias
Revoltada comigo mesma
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...

Os olhos ternos que me olhavam
Entristeceram na minha impaciência
Enquanto a minha juventude
Se perdeu na minha obrigação
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...

O verbo vocifera
Num brado incontido
Calado pelas lágrimas
Que vertem furtivas
Dos olhos que me olharam
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...

A alma sabe do errado
Mas não contém o corpo que clama
Conflitando desejos e obrigações
Liberdade e prisão
Estancando decisões
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...

E virá o tento final
Quando esses mesmos olhos
Que um dia me olharam
Tornará a me olhar
Cara a cara à me julgar
E eu terei de encarar
E a minha conta apresentar
Então, por fim saberei
Se houve culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...

...São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...

De sonho à pesadelo

Sou eu teu pesadelo
Que um dia foi teu sonho
Espectro de um passado
Que vai e volta sem parar

Sou marola teimosa
Num vai e vem sem fim
Por vezes calmaria
Por outras furacão

Sou eu quem te faz bem
Para depois te trazer o mal
No vácuo de um tempo perdido
Que não mais poderá ser encontrado

Sou um sonho desfeito
Que tu querias ter vivido
Mas que se desfez ao vento
E se perdeu no tempo

Sou prisioneira dos teus sonhos
Transformado em pesadelos
E perdida entre dois mundos
Do presente e do passado

Então me ignoras simplesmente
E me deixa prisioneira
Oras sou um sonho
Por outras...o pior dos pesadelos

...Sou marola teimosa
Num vai e vem sem fim
Por vezes calmaria
Por outras furacão...

Palavras aleatórias

Poeta...
Não se deixe levar
Não permita que sua mente
Te faça mergulhar
Em rimas sem sentidos
Em dores e amores
Que te fazem penar...

Faz da tua poesia
Palavras de alegria
Que instigam à magia
Sem falar de heresia
Ou mesmo da burguesia
Que te tiram a fantasia
E te jogam na melancolia...

Ah poeta...
Faz do teu rimar
Coisas de alegrar
Quem vem te folhear
E com a alma devorar
O teu intenso rabiscar
Sem medo de errar
Em tudo o que vai falar...

Pois que é o teu interior
Que de fato, estás a expor
À quem tem olhos de ver
E cabeça de entender
Ao resto, poeta
Pouca diferença faz
E até te fazem o favor
De não lerem ao teu expor...

Vai poeta
Rasga o teu verbo
Cria a tua história
Deixa a tua rima
Contar a tua vitória
Faz dela a tua glória
Sem palavras aleatórias...

...Vai poeta
Rasga o teu verbo
Cria a tua história
Deixa a tua rima
Contar a tua vitória
Faz dela a tua glória
Sem palavras aleatórias...

E se...

E se não mais te encanto
Praque ouvir teu canto
Que me fere os ouvidos
Invadindo minha alma
Lacerando minha carne
Que treme e vacila
Ao te ouvir cantar...

E se já não te faço falta
Praque insistir
Nessa vontade louca
De te ter e te ver
À todo instante
Te sabendo distante
E ainda pior
De mim ausente...

E se me faço vítima
Melhor levantar
Criar vergonha na cara
Abraçar outros braços
Forçar te esquecer
Seguir meu viver
Parar de sofrer
Feito mero marionete
Conduzido por você...

E se vou tentar
Melhor conseguir
E da minha vida te riscar
Sem tentar voltar
Ao precipício que o teu olhar
Tenta o tempo todo me jogar
Não permitindo eu respirar
E tão pouco me encontrar...

E se vou lutar
Saiba que eu vou ganhar
E no passado te deixar
E no passado...te enterrar...

...E se vou lutar
Saiba que eu vou ganhar
E no passado te deixar
E no passado...te enterrar...