Coleção pessoal de marinhoguzman

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Por mais idiota que eu possa parecer tem dia que eu me supero.

Por mais idiota que eu possa parecer tem dia que eu me supero.

Nenhuma pesquisa está absolutamente certa, nem totalmente errada.
Nenhuma opinião vale mais do que a outra quando o assunto depende exclusivamente da sorte e antes que o resultado seja conhecido.
Não há garantia de que uma opção seja a melhor, quando duas ou mais forem possíveis.
Noventa e nove por cento pode ser pouco e um por cento pode ser muito mais.
De tanto ver triunfar as nulidades, a gente fica com vontade de ser burro, desonesto e preguiçoso.
Quando você aprende de fato como é a vida já não é mais tempo de mudar.

Chega uma hora que a gente cansa de se decepcionar e porque não, de decepcionar os outros e a saída é se afastar.

Nem sempre escolhemos o que serve e deixamos de lado o que não serve.

Erramos ao avaliar o que é melhor para nós, optando pelo interessante e deixando de lado o mais importante.
Além das opções ruins e erradas que todos nós tomamos, dá para perceber que errando e perdendo tempo, grande parte de nós não alcançou plenamente seus objetivos, exatamente como eu.
E de que adianta estar consciente agora dessas ações e omissões, quando a gente sabe que não adianta chorar o leite derramado?
A resposta é nada! Não adianta saber que erramos, onde e porquê erramos.
Adianta saber que o tempo não volta jamais e que nunca há tempo a perder.

Honrar um compromisso.

Tem gente que falta a um compromisso e não se sente na obrigação de desmarcar, justificar ou pedir desculpas.
Isso significa que as pessoas não merecem respeito ou que o compromisso significava pouco.
Em qualquer caso, aplica-se a regra de que quem bate esquece, logo, quem apanha pode não esquecer nunca.
Quando você for assumir um compromisso, certifique-se de que é isso o que você quer, tenha noção de que a outra pessoa empenhou seu tempo para você e que quem não respeita, não merece ser respeitado.

Mais um texto fadado ao insucesso!

Deveríamos encarar a morte por uma perspectiva natural pois é isto que ela é, faz parte da vida.
Você nasceu, cresceu, se tornou adulto e teve que descobrir como viver, com quem casar, quantos filhos ter, como educá-los, como envelhecer.
Mas já parou para se perguntar sobre como lidar com a morte, seja ela prematura ou na velhice?
Todos sabemos viver e que hábitos saudáveis podem nos dar mais uns anos de vida.
Para quê? Com que finalidade você quer viver mais, se com oitenta ou noventa anos não poderá fazer nem uma fração do que foi capaz enquanto jovem ou adulto e em muitos casos terá que ser ajudado por um cuidador ou cuidadora?
Muitos preferem evitar o assunto morte. Esquecem que a violência está à nossa porta ou que podemos morrer vítimas de um acidente a qualquer momento.
E por falar nisso, o que é morrer de velhice? Ter uma morte saudável?
A morte faz parte da vida. Se não morrermos agora em decorrência de uma fatalidade, morreremos mais tarde em decorrência de alguma doença que já pode estar crescendo dentro de nós ou que aparecerá daqui a uma década, ou mais, dependendo de sua idade.
Não importa em que entidade divina você acredite, o que come ou deixa de comer, quem você ama ou por quem é amado ela virá, pode ser hoje, pode ser daqui a muito tempo.
Você acha que será melhor ser surpreendido do que estar preparado?
Muitas vezes sou recriminado por escrever o que penso sobre a morte.
Eu não perderia esse rico assunto, um dos melhores para observar e refletir sobre a vida.
Como podem ver, estou falando de vida!

Começo meio e fim.

Ninguém começa ou deveria começar alguma coisa sem vontade e clareza no objetivo final.
Ter ou não competência é importante mas não é fundamental e a gente vê gente que se aprimora fazendo.
Não deveria haver dúvida que depois de um tempo a gente corrige erros e passa a fazer quase tudo melhor.
Mas viver atualmente não é tão simples. A gente vai crescendo e as convenções e as obrigações atropelam as vocações.
Não há muito espaço para que os jovens com pouco dinheiro possam ser grandes cientistas, grandes escritores, grandes diplomatas, grandes qualquer coisa. A maioria é medíocre já que no dicionário isso quer dizer “de qualidade média, comum; mediano, meão, modesto, pequeno”
Hoje quem tem mais de cinquenta anos está pressionado a cuidar de três gerações. Os filhos têm dificuldade em conseguir bons empregos, os pais que recebem aposentadoria que não supre as necessidades e os netos que requerem cuidados que seus pais não lhes podem dar.
Já passamos pelo começo e pelo meio e estamos a caminho do fim.
Fim que algumas hipócritas teimam em colorir com muito pó vermelho na cara, batom que extravasa o limite dos lábios, cabelos ralos azuis ou avermelhados e os hipócritas com implantes, perucas e sabe-se lá o que mais mostram ou escondem….
Ninguém começa ou deveria começar alguma coisa sem vontade e clareza no objetivo final. Sei lá onde vamos parar...

Reluto em começar o texto com a palavra sonhei.

Teria sido um sonho ou um quase pesadelo que a porta do elevador não se abrisse de imediato me deixando preso por um momento?
Tudo numa fração de segundo, o acordar assustado trouxe ao consciente lembranças novas e antigas de pesadelos resolvidos, sonhos realizados, e uma expectativa pelo futuro, que outrora se resolveria com uma consulta aos búzios, uma cartomante ou um estelionatário qualquer com uma bola de cristal.
Devemos mesmo viver um dia de cada vez deixando de lado os pensamentos de um futuro longo e quiça sombrio?
Festeja-se a longevidade como inegáveis avanços da medicina e conquistas da vida moderna.
Pesquisas apontam e milhares de experts nos fazem crer, na tentativa de nos vender alguma coisa, que viver até os cem anos é digno de menção honrosa.

Mas se ficar o bicho come!

Sonhei com uma feijoada.

Não qualquer uma mas com a do Bolinha de São Paulo.
Se você nunca comeu uma feijoada do Restaurante do Bolinha em São Paulo, por favor pare de ler agora. Não tenho tempo nem saco para explicar a tradição de mais de oitenta anos, como é montada e quem frequentou aquele ridículo templo pagão da gastronomia paulistana na Avenida Cidade Jardim no.53.
Não sei se a feijoada foi atriz, se o restaurante foi o palco, sei que o lugar lembrava muito a premiação do Oscar, já que além de nós simples mortais, centenas de celebridades iam se refestelar com restos de porco servidos em cumbucas de barro, substituídas tantas vezes quantas você pedisse.
Não sei como anda hoje mas o maior sucesso da feijoada era a fila que se formava na porta nos anos oitenta. Os mais ricos e famosos, as mais lindas e cobiçadas mulheres, os carros mais caros, as maiores motos paravam em fila dupla, tripla e no bolsão de estacionamento que se formava naquele entroncamento em frente ao finado Pandoro.
Nunca fui fã de feijoada e confesso, ia e pagava caro porque já estava bêbado de caipirinha e inebriado com o pandemônio festivo que era aquele circo.
Depois de começar a escrever fui dar uma olhada nas críticas atuais do restaurante e não recomendo nem o restaurante, nem que você leia as críticas, pois uma coisa sou eu falando e outra é você constatando que a fama de muitas pessoas e muitos lugares foram criados por falsas ideias do que representa a vida e o sucesso.
Chego à conclusão de que o sonho não foi com a feijoada do Bolinha mas com o que representou para mim e para tantos ideia de felicidade e sucesso naquela época.
Sem nenhuma cerimônia, nem tristeza, deixo de lado o sonho e a feijoada do Bolinha, lavo a cara na pia do banheiro, dou uma olhada furtiva no espelho e corro para o meu pão com manteiga, iogurte de frutas vermelhas e uma fatia de bolo com café expresso da dolce gusto, presente como todo mundo já sabe, da querida Amanda Palma.

" A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo.
Para ser popular é indispensável ser medíocre."
Oscar Wilde.

Todos queremos causar a melhor impressão possível, todos gostamos de ser populares entre os amigos.
Jamais seremos unanimidade nas relações interpessoais de um grupo, especialmente se esse grupo for heterogêneo.
Quanto mais brilhante você for mais inimigos terá!
E isso ainda é muito bom, uma vez que a alternativa é ser medíocre."

As religiões e seus ministros mais confundem que explicam.

Cada dia tem mais gente discutindo a fé e menos gente acreditando em Deus.
Quando o prêmio é o paraíso e o castigo é o inferno, alguns preferem jogar na Mega Sena.
Quando só uma religião está certa todas as outras estão erradas?
Você é dos que pedem ou dos que agradecem a Deus pela vida que tem?
Nos dois casos isso pode parecer um negócio.

O virtuoso é um pecador com poucas opções e raras oportunidades.

A verdade que nunca passa é que tudo passará.
Para alguns saber que tudo passa pode ser alento de que dias melhores virão.
Isso se chama esperança.
Para muitos, saber que tudo passa pode significar que um dia desses passaremos.
Isso se chama certeza.

Saudosistas têm lembranças seletivas.
Isso por si só não é ruim, o que não se deve é dar um colorido muito forte para o passado, para não imaginar um presente pálido e um futuro esmaecido.

Pouco tempo para viver.

Há quem confunda qualidade de vida com a disponibilidade dos bens e da tecnologia, que despertam em nós o espírito consumista que pode nos transformar em acumuladores e escravos dos nossos desejos.
A mola propulsora da economia é sem dúvida a produção e o consumo.
Ocorre que se você sucumbir ou for atropelado pelo desejo, tão logo ele seja realizado você perde o interesse ou ele se transforma em obrigação.
A transformação da simplicidade da vida num objetivo difícil de ser atingido e com satisfação pouco duradora que não justifica tanto esforço, pode tomar da gente tanto tempo com o trabalho para gerar recursos, que sobra menos tempo do que seria desejável para atividades mais prazerosas.
As classes menos favorecidas não têm sequer a opção de escolha. Há quem use três horas diárias para ir e vir do trabalho, oito horas para trabalhar e oito horas para o descanso, essa pessoa terá cinco horas ou menos por dia para outras atividades e isso é um sexto do dia, o que a grosso modo significará onze anos num lapso de setenta.
Pouco tempo para viver.

Dizer ou não dizer a verdade...eis a questão.

De educado a politicamente correto engordo engolindo sapos, com um sorriso amarelo e vermelho de raiva.

A rotina pode ser boa ou ruim dependendo da rota.

Algumas pessoas não percebem de imediato o mal que causam para os outros e ignoram que nunca poderão receber o bem praticando o mal.

Quando eu partir.

Partirei triste se deixar saudades.
Quisera deixar poucas lembranças, só as alegres e que nenhuma lágrima fosse derramada, porque gostaria de não fazer muita falta já que eu odiaria que viesse a faltar alguma coisa aos que amo.
Que ninguém pense que a minha vida foi vazia, triste ou que tivesse me negado algo, muito pelo contrário.
Mas fadado ao inexorável fim da existência terrena e da convivência tão boa meus queridos, seria egoismo partir e levar comigo a alegria que lhes pertence e que precisam para sobreviver.

Mulher mostra mas não é amostra.