Coleção pessoal de marialu_t_snishimura

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A reencarnação na flor

Matizes e nuanças em luz e esperança
em cada florescer da semente nascida
ainda que há as flores que não se lança,
outras evocam imperando cor definida!

Tantas quantas químicas e descobertas
que imita, que reproduz tenra e vigorosa,
os matizes na fibra tingida das mantas
tão bonitas quanto a flor mais charmosa!

Se fosse assim eu também reproduzida,
queria ser pintura de mim ainda criança
ou ainda aquela alma sem ser nascida...

Possivelmente ainda na fila a reencarnar
aos quantos poderia ser uma planta vinda
e estariam na flor pelo reencarne a esperar!

Instinto selvagem

Cuido de mim que sou onça selvagem;
O meu rugido estronda floresta afora,
passos velozes deixo sobre a aragem
e sobre as árvores fico pra por a mira...

Pois, da justa forma que me caçam, caço,
a generosidade é somente da natureza,
pelo instinto que fez livre sem duro laço
na selva sem mestrado da cruel certeza!

Em que no tudo se foca a padronização
do quanto mais se pode, mais se explora,
amansa, amassa e no dito, a regra, a lição!

No mais cuido de minha vida de onça
dos outros animais, cuidam a criação...
Entre uns, se extinguem nalguma lança!

Ponto de partida

Ao novo ano, no tsuru pedidos escrevi,
em suas asas escrevendo lembrei de ti,
desejei pra ti que gosta da poesia daqui
muita saúde, paz, prosperidade e parti...

Fui pra bem longe e deixei - me voar,
no meu vôo, o vento e a tempestade,
o bem e também sem querer magoar,
alguns resquícios de pura maldade!

Dos olhos caíram algumas lágrimas...
Nos meus lábios também sorrisos vi,
houvera ternura e talvez duros dramas!

De tudo guardarei grato aprendizado;
Não quero ser mais, que meus poemas,
no mais agradeço a todos que tem lido!

Velho Ano Novo

Quão novo é o velho Ano Novo?
O que te reservas a nova posse?
Se de repente ludibriando o povo
a inevitável politicalha acontece!

Abrigada a negociata no ministério
sem liberdade, poder, nem mando,
se ao povo não esconde o mistério,
a velha ditadura de firme comando!

Presumimos o novo velho tempo,
em que de novo o engano aborrece
e nem tudo na virada passa limpo!

Depois do brinde em tom de agrado
a nova liderança acenta no campo
e também nova grama e novo gado?

Cego estigma

Barragem explodida de lama impura,
desce o morro derrubando meu tudo,
me fere, mata, destrói e ver, me apura,
embora, sobrevivente deste absurdo!

O que ignora lama enfurecida de vício?
Se sou pessoa, sou criança, sou a cria;
sou planta, sou animal, menos seu cio!
A tua soberba gananciosa é vil autoria,

desta lama desastrosa que me vitima,
me faz órfão desta miséria do mundo,
onde tua ganância, a ambição estima!

Na minha inocência te mostro a língua,
a esta escorrida lama de cego estigma,
em que o poder aumenta e não míngua!

A ladra da divisória

Escola ladra de baixa diretoria,
diz que o seu cargo é superior,
humilham e expõe a acessoria,
do faxineiro, até ao professor!

Acordo dali e acordo de lá, dá,
é cabresto de quando precisar!
Filtra com diligência o é pra já,
paciência é pra poder enganar!

Pra derrubar a máscara da cara,
a intervenção vem do supervisor,
se o humilhado esclarece, declara!

Por fim ficou confirmado a ladra
da divisória que não era tão cara...
Levou pra casa dela ou à quadra?

II

A curiosidade logo se espalhou,
a diretora ladra teria defesa?
Devolveria a divisória que furtou,
ou seria ela condenada e presa?

A história teve pano pra manga,
pois a escola sendo ela pública
tudo foi parar no Palácio Ipiranga
por estância de auditoria jurídica!

Por o país estar no trilho da justiça
a diretora não pode sair dessa ilesa,
e não saiu! - É agora Brasil de raça!

Pois, divisória ou não, roubo é roubo,
foi - se o tempo da opressão de graça.
Chega de furto, de roubo e de rombo!

A fuga

Ficar passivo, pacífico, aceitar tudo
e somente agradecer é ser vegetal.
Não ajuda, não interfere e é absurdo
este fingimento parecer ser natural!

Somos seres divino cheios de dons:
- Enxergamos, pensamos, criticamos,
amamos, entre tantos outros dons!
Ser imparcial, neutro, sem ânimos

é ser consciente egoísta e orgulhoso,
aquele ser desequilibrado e desatual,
que foge do mundo social perigoso!

Porque está tão preocupado consigo
que molda uma realidade perfeita
para garantir a imagem do seu ego!

II

Pessoas assim temem o "escândalo",
(ser mal visto, vão pensar mal de mim)
e vivem desviando de fato e estímulo
com medo de errar fogem e dizem sim!

Inseguros e extremamente racionais
se orgulham e se acham superiores,
pensam e se iludem ser fenomenais,
escondendo os verdadeiros temores!

Aqueles que calam a boca não falam,
mas vêem, se não forem cegos,
ouvem se não forem surdos,

mas, mesmo assim serão cegos,
mesmo assim serão surdos
pois, seu ego fala e seus atos calam!

A inteligência e a ignorância

"Onde a inteligência fala
a ignorância cala a boca"!
No ritmo desta escola,
briga a sabida e a tosca!

A ignorância toma a palavra
põe a inteligência rebaixada
e nisso o pensamento lavra
atua em defesa à condenada!

A inteligência foi ofendida
acusada de mentirosa e louca,
de autoritária e até de bandida!

Outras se aliaram a ignorância
soltaram sua falácia remediada
espalharam endêmica sua ânsia!

II

A inteligência ficou em silêncio
conversou com dona sabedoria,
deixando o tolo dizer de um nécio
confabular sua cômica alegoria!

Quem tem razão reivindica direito,
quem tem ignorância faz picuinha,
se vangloria e afirma não ter defeito,
mas, tudo não passa de artimanha!

Logo chegou a paciência e disse:
- Parem já com essa grosseria!
- Santa ignorância! Chega de tolice!

E assim a paz que estava longe,
chegando deu um fim à tagarelice,
depois saiu no trage de um monge!

Não de crédito à um idiota, pois serás fadado a conviver com suas idiotices!

Há pessoas que são como o vento: ora feito brisa, ora feito a tempestade, mas hoje em dia são chamadas de bipolares mesmo!

Calça, mas saia

Criaram e inventaram a calça saia
daí que numa calça que cortei,
porque na internet eu vi,
que por dentro das pernas um corte,
para dar à calça um outro norte!

A calça virou jaqueta
as pernas ficou as mangas
e na cintura o cós aparecia a etiqueta,
deixei num canto e pensei: estraguei!

Toda vez que abria o guarda- roupa
a calça com o furo que virou gola,
mas, sem coragem de usar,
rindo hoje eu vesti para dormir!

O furo bem no meio das pernas,
meu esposo malicioso suspirou
e eu com isso me veio as idéias:
- Calça de fundo aberto...
Meu esposo exclamou!
- Isso não dá certo!

Mas, daí que achei na internet
muitas calças saias sem piquete
e não bem isso que imaginei,
porque são todas calças!

Então pensei que poderia inventar
uma saia que fosse calça
porque nenhuma pude encontrar!
- Seria uma saia de pernas!

Parece engraçado, mas veja,
a saia calça seria aberta igual saia,
mas, com pernas igual calça,
seria uma opção pra gente,
que não usam calça com fecho embaixo!
Imaginem isso sem ser calça, mas saia!

Bem como não sou estilista
e nem costureira, fiz um poema
para registrar a ideia!

Cansei de viver de esperança, hoje não espero nada, me realizo com que posso e agradeço o que tenho, a vida!

Ainda não sei negar ao coração o sentimento de uma saudade!

Pela janela da minh'alma, espio o universo!

Não posso negar aos ouvidos aquilo que ouço, nem aos olhos o que vejo, mas à boca posso medir as palavras e ao pensamento vigiá - lo com a austeridade da sabedoria!

Meu tecido é delicado e o pernilongo um ávido costureiro!

Onde estás?

Você sumiu
ninguém mais
falou de ti!

Senti
e sinto
a sua falta aqui!

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

Ou será que me esqueceu
e o sorriso se perdeu?
O que foi que aconteceu?

Estás tristes?
Estás deprimido?
Por que estás sumido?

O que foi que aconteceu?
Será que fui eu?
Será que foi alguém?

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

O seu sorriso, sua alegria
é minha saudade,
é também minha vontade
de te encontrar mais uma vez!

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

Me diz porque...
eu te peço por favor
preciso saber se fui eu...
ou se foi outro alguém...

Não quero a dúvida
pois tenho certeza
da saudade...
e se isso for amor...
O que vou fazer sem você?

Onde estás?
O que fazes aí?
Ainda se lembra de mim?

O bullying

O bullying é uma perseguição
que maltrata o indivíduo
causando - lhe insatisfação!

Não faça bullying com ninguém
porque o respeito é bem melhor,
se vocês verem bullying, denunciem!

Não aceite o maltrato, o desrespeito
nem que não seja contigo.
Bullying não é certo!
Bullying não é bom!

Às vezes, é na escola...
Às vezes, é no trabalho
Às vezes, é em outro lugar!

Bullying não é certo,
Bullying não é bom
porque pode ferir um coração!

Sejam amigos e respeitem à todos:
- Não importa se são diferentes!
Todos são pessoas e sentem...

Pensem antes de ferir alguém
com palavras duras, ou gozação
isso pode ferir um coração!

Bullying não é certo!
Bullying não é bom,
não faça isso, meu irmão!

Ufa!!!

Pindorama, meu índio pescador;
Depois semeia sonhos de açúcar,
O português que aqui aportou
E o índio feito bicho se assustou!

Pajé não é mais curandeiro,
Agora o seu nome é Jesus,
A terra Ilha de Vera Cruz,
Não importa quem foi o primeiro!

Importa agora a Terra Nova,
Terras de Papagaios, renova:
- É minha Terra de Vera Cruz!

Bem melhor: Terra de Santa Cruz,
Ou, Terra de Santa Cruz do Brasil!
Não! Terra do Brasil; então: Brasil!

Ufa!!!

Carrossel gigante

Sol, gigante de luz em movimento,
Círculo que, sem parar vai girando,
A cada volta que dá leva - me junto,
Carrega-me sem piedade do mundo!

Sei lá se este universo é início ou fim,
Por certo que, tudo acabará num raio.
Queimará o fogo num rastro sem fim,
Ou tropeçarão os planetas em um fio,

Ou alinham os anéis soltos lá no céu,
Ao girarem em torno do sol a queimar...
Nesta semelhança, gira um carrossel:

Roda gigante, a gente no mundo a girar...
Somos parte do giro deste imenso anel,
No giro, vai o mundo aprendendo a amar!