Coleção pessoal de marcellaprado

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A verdade é que ando me cansando dessa posição de viver – a – vida – olhando – da – janelinha – pra – escrever – depois. Parece já um compromisso de tristeza com a sociedade, é como se eu tivesse assinado um contrato invisível, irreversível.

É doido amar sem retorno. Mais doído ainda é ter coragem de assumir para o universo que amo e não sou amada.

Normalmente não tenho resposta, fico em silêncio. Sinto muita vergonha vez ou outra de assumir pra quem escrevo.

Te procuro em todos os cantos, em todas as minhas meias furadas. Você me dói dentro de cada garrafa, em cada gole, em cada esquina, em cada rombo. Te sinto nos fios de cabelo, nos póros, nos dedos, na ressaca e na dor.

Você me dói dentro de cada garrafa, em cada gole, em cada esquina, em cada rombo. Te sinto nos fios de cabelo, nos póros, nos dedos, na ressaca e na dor. Diga que vai me salvar, diga que vem antes que eu me jogue da torre.

Te preciso como nunca antes. Ando com saudades. Ando querendo que o mundo se foda. Que só reste nós dois, nós e o resto do resto. Nós e o resto do nosso resto.

Vão em frente e me chamem de recalcada, seus merdas.

Nada escuto a não ser as batidas do meu coração, o ritmo da minha respiração e o cansaço da vida. Tem fungo por toda parte.

Já não sei dizer o que sinto. Não penso em nada. Não escrevo há dias. O ser humano me cansa. Você me cansa. Estou alheia. Não é tristeza, é profundidade de pensamento.

Eu devo ser uma incapacitada, cada vez mais por fora. Não faço parte dessa patota inútil de gente filósofa que gosta de plagiar frases para aparentar um perfil culto.

Posso ser o que você quiser, apenas me diga o que espera. Apenas me diga se ainda espera. Espero muito, imensamente, incansavelmente.

Veja-me ainda como daquela primeira vez, de cabelo esvoaçante, completamente feliz e esperançosa. Ainda posso ser assim. Posso ser o que você quiser, apenas me diga o que espera. Apenas me diga se ainda espera. Espero muito, imensamente, incansavelmente.

Ainda acredito na tua volta. Creio que existe uma fé inabalável que pulsa involuntariamente dentro do meu coração destroçado. É a única parte intacta, inteira, inabalável.

Já não sei se te amo ou se amo a idéia de te amar.

Não esqueça de por meu coração no seu bolso de vez em quando. Vê se ainda sente ele bater. Do teu ainda lembro o ritmo.

Te escrevo para que você se lembre que ainda existo.

Mas sabe amado, hoje é sábado e vou caçar o que fazer, vou arrumar um jeito de te esquecer, de não pensar em passado nem em nós.

Sem tua mão confortável e quente pra esquentar a minha, sem teu sorriso pra me despertar nas manhãs, sem tua respiração mansa pra me fazer dormir.

Minha alma berra pra que eu volte, pra que eu seja humana mais uma vez.

Cada dia te perdi sem perceber e percebendo.