Coleção pessoal de marcellaprado

201 - 220 do total de 225 pensamentos na coleção de marcellaprado

E de que me importa a quantia gasta? Nada importa. Teu sorriso foi mais compensador que qualquer moeda.

Se você tinha que sair por 5 minutos, eu sentia saudades. Se estávamos de noite à toa eu te convidada para jogar damas – nunca ganhei uma partida de ti, se lembra?

Eu, já vermelha, disse meu nome e te retribuí um abraço de um braço só, bem tímida e sem jeito.

Chora – bebe – escreve – vomita ­– vazio – solidão – volta para o começo.

Acostumei-me com inquietação do coração.

Eu sinto como se eu tivesse um rombo gigantesco e em carne-viva na região do meu coração. Ás vezes eu esfrego, cubro, ponho um casaco pra ver se me esquento e me acalmo, mas o frio vem de dentro, começa pela parte mais baixa do meu estômago e invade minhas paredes abdominais.

A sensação dessa semana eu descreveria como: falta um pedaço

Se faço um, não faço outro. Se bebo, não estudo. Se estudo, não bebo. Nunca tenho equilíbrio. Se amo, amo demais. Amo até querer morrer. Se odeio sinto raiva, tanto ódio que quase espumo. Na minha vida não existe meio termo. Só eu que sou meia e incompleta.

Passa saudade, passa reencontro, passa solidão?

Devo amar aquela felicidade que senti ao teu lado, estou apaixonada pelo que não retorna mais, pelo ausente, pelo que foi e não mais será.

Acho que na verdade estou ainda amando o amor, aquele que senti contigo, que está morto e que insisto em ressuscitar – por prazer, por tortura, por fraqueza.

Pelo visto não sei mais quem você é. Não nos sabemos mais

Ainda me recordo do cheiro, do toque e dos teus paladares.

Vivemos em mundos tão diferentes que não é mais possível pensar em ‘nós’. Agora sou ‘eu’ e ‘você’, ‘eu’ e ‘aquele lá’, ‘eu’ e aquele-que-não-deve-ser-lembrado’

Ainda consigo me lembrar porque te amei. Você se lembra também? Te amei primeiro pelo sorriso, pela capacidade de resolver tudo tão facilmente, pelo teu jeito de correr, pela tua maneira de untar a forma, pela expressão caída, pelo andar maroto, pela tua felicidade transparente.

Sei que um dia o tempo se encarregará de tirá-lo de mim.

Ás vezes prefiro não dizer o nome dele por aí. Prefiro deixá-lo aconchegado no meu silêncio.

As memórias me traem e lembram a todo instante que o amor imortal é perecível, vencível.

O tempo ri da minha cara entristecida e o leva para longe.

Sinto saudades dos detalhes. Sinto falta do cheiro amendoado, da fragrância do perfume, que misturado à tua química tornava-se único, diferente.