Coleção pessoal de luizguglielmetti

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⁠Nunca haverá
um sentimento maior
que um mar
correspondido

⁠As palavras
só existem
por um momento
e logo caem
no esquecimento.
Talvez seja eterno
o sentimento,
que nasce no coração e,
além de aquecer
o corpo e alma,
pode se perpetuar
ao longo do tempo.

⁠Escreva ou diga o que quiser, só não faça brotar flor em pedra, nem germinar uma semente de amor, se não puder irrigá-la.

⁠Um dia saberemos mais um do outro do que de nós mesmos

⁠Jamais esqueça que podemos estar caminhando
sobre os sonhos alheios

A comunicação surge como a interação entre dois seres, através da troca de pensamentos, onde as palavras escritas ou faladas ganham corpo e vida. Quando as expressões são bem recebidas, um novo mundo se abre, duas almas se interagem, informações são compartilhadas e segredos são revelados.

Há quem me dera pudesse falar de ti,
como quem fala de um amor correspondido,
com a segurança e estabilidade de um porto,
que está sempre no mesmo lugar.

Eu posso fazer poesia
com teu nome,
combinando palavras
que expressem sentimentos.
Posso agradar teus ouvidos
e comover tua alma.
Mas você corre o risco
de se apaixonar
pelo meu jeito de te amar.

⁠Como amar se a rosa pode murchar?
Ah! Se tudo pode ser breve e o fim definitivo!
Resta acreditar, no fundo do coração e
Lá num canto da alma,
Ainda que tudo fique gravado apenas em mim.

Sonhos, medos e realidade

Pouco importa como chegamos neste mundo, se fomos ou não voluntários pra viver uma experiência, talvez tenhamos nos comprometidos em dar o melhor de nós mesmos e em fazer o bem a quem fosse possível.
Nós sequer sabíamos quais seriam as nossas crenças e se fortes o suficiente pra nos capacitar a superar os nossos desafios.
Talvez não tenhamos sidos preparados pra perder, sofrer, sermos desiludidos ou manipulados.
Mesmo com todo o otimismo e fé, nem sempre é possível transformar os nossos sonhos em realidade e, em algum momento, temos que nos conformar com a dor, a perda ou algum sofrimento.
Nem sequer sabemos se realmente temos uma missão, mas sempre haverá alguém que se espelha em nós, que nos ame e nos vê como exemplo.
Se não há uma fórmula fácil de superar os nossos problemas, temos que conviver com eles, até encontrar um meio para contorná-los.
Se a felicidade não é um destino, temos que buscá-la no meio do caminho, fazendo das lutas experiência e reconhecendo a nossa própria importância.
De alguma forma somos gratos e aos poucos vamos superando as angústias do passado ou os temores do futuro, porque o presente é o único lugar onde podemos tentar algo diferente.
Talvez as pessoas especiais tenham descoberto como amar a si mesmas, aos outros e a vida, apesar das suas incertezas e a solução seja encarar a vida sem medo dos seus desafios.

Escolha ser feliz

Nessa altura da vida suas preocupações estão muito além da aparência, o que lhe permite não ser escrava do corpo e se preocupar muito mais com o seu amor próprio.
As suas expectativas são mais realistas, sem falácias e mentiras. Isso não significa que você perdeu a sensibilidade, muito menos a sensualidade, apenas valoriza mais a intimidade, o diálogo, o carinho e o respeito.
A sua maturidade foi conquistada com perdas e sofrimentos e você sabe que não vale a pena cultivar culpas e sonhos perdidos.
E reconhece que a beleza está no pensamento, nas atitudes e não apenas na aparência, muito menos nas palavras vazias.
Descobriu que a felicidade está além da idealização, nas coisas improvisadas, dentro das suas possibilidades.
Sua superação permite esquecer o que deixou no passado, da bagagem descartada que não valia mais a pena carregar.
O que te ilumina é a expressão do teu rosto e não as roupas, os adereços ou qualquer coisa que possa pertencer a outra pessoa.
Com toda a sua experiência de vida, quando a maturidade lhe permite sentir mais segura de si, mais inteira e livre pra decidir, a escolha óbvia é ser feliz.

O elogio à beleza feminina

Uma mulher não deveria ser elogiada apenas pela sua aparência, na beleza do seu rosto ou pelas curvas do seu corpo, mas pela sua existência, na expressão do seu pensamento, pelas suas convicções, sua forma de agir e pensar.
Para falar da sua exuberância exterior, basta-lhe a imagem onde se observa o cabelo, a face, os olhos, a boca e a combinação dos seus contornos e relevos.
Qualquer um que enxerga pode ver e admirar com seus próprios olhos e não faria sentido descrevê-la, embora muitas mulheres não saibam fazê-lo sem se olharem no espelho.
Outras, em algum momento, sentindo-se inseguras, precisam que aqueles que lhe são próximos possam lembrá-las de que jamais podem passar despercebidas, pois são iluminadas e se destacam ainda mais pelo sorriso.

Se o que nos atrai é um detalhe do rosto ou do corpo, a cor dos olhos ou do cabelo ou o que a roupa mostra ou esconde, não buscamos o conteúdo, apenas valorizamos a embalagem.

Capitu deve ter sido morena, formosa na sua juventude, gostava de ser vista e admirada, pra isso, se insinuava com gestos e olhares dissimulados, mas insegura, precisava retribuir, pra confirmar que era observada. Quando a beleza resplandece naturalmente, não precisa ser acompanhada de gestos e movimentos, nem troca de olhares, só não pode deixar de ser notada, como um perfume que se inala, ainda que se desvie o olhar noutra direção ou mantenha os olhos cerrados.

Não há desafio maior que enfrentar uma mulher triste, nem haverá prazer maior que contemplá-la, quando satisfeita.

Somos todos frutos das nossas próprias inquietudes e sequer sabemos onde elas desaguam. Somos almas desgarradas, como meteoros fora de órbita que, em algum momento, poderiam ter se chocado e se tornado um só.

O recomeço do fim

Não temos o luxo de nos darmos por satisfeitos ao término de um relacionamento. Claro, que não dá para insistir em algo que não vem dando certo, mas além de encerrarmos um ciclo, temos que reconhecer a falência de algo em que, ainda que por um momento, acreditamos ser a realização de um sonho e de um encontro de almas.
Mais do que encerrar uma etapa, reconhecemos que não nos empenhamos o suficiente, não demos tudo o que estava ao nosso alcance, não nos esforçamos o necessário, assim como, também, não fomos totalmente correspondidos.
Reconhecemos o fracasso, sucumbimos ao egoísmo, ao individualismo e não fomos humildes o suficiente para cedermos, para descermos de um falso pedestal que nos coloca acima do outro, quando somos exatamente iguais, todos sujeitos aos mesmos erros e paixões.
Não deve haver satisfação alguma no fim, nem mesmo pela possibilidade de um novo recomeço. O fim é algo lamentável, como a morte de um sonho, e não deve haver orgulho em colecionarmos esqueletos, dentro ou fora do armário.

Afeto desperdiçado

Nós poderíamos ter esperado mais,
ter compartilhado mais e brigado menos,
ter descoberto mais o que agradava
e muito menos o que nos afastava.

Nós teríamos sido mais amigos,
fazendo mais planos e mais ideias,
com mais afeto e gentilezas.

Ter tido muito mais carinho,
sem tanto tempo para discutir,
falar e retrucar até ofender.

Teríamos sido mais íntimos,
sem tantas cobranças e comparações,
sem querer ser o que não somos.

Ter falado menos
e colaborado mais,
sem dar espaço
a um vazio tão grande.

Não nos distanciaríamos tanto,
cultivando sentimentos tristes,
com tantas angustias e solidão,
se permitíssemos mais carinho.

Sem tantas comparações e reclamações,
teríamos tido mais tempo
para abraçar e beijar,
e para amar muito mais.

Amor e desejo

O desejo é uma chama que arde,
uma paixão que alimenta os sonhos,
acelera os batimentos num ritmo incessante,
e impulsiona uma aventura inconsciente.

O desejo, como chama, se consome rapidamente,
só o amor pode ser alimentado continuamente.
O amor, ao contrário da paixão, não perece,
embora se fadigue e canse, apenas adormece.

O amor é brando como um sereno sentimento,
que se mantém vivo com o relacionamento,
e desperta com atenção, carinho e delicadeza,
com algo simples, surpreendente ou inesperado.

O amor não é ferida, nem dor ou desatino,
não é estar preso a alguém ou descontente,
não é andar solitário, nem ganhar ou perder,
é o prazer da companhia e do bem-querer.

Mulher não tem receita

Mulher há de ser uma expressão de delicadeza,
muito mais pra flor do que para aspereza humana.
É um encanto que combina força e beleza,
pouco importa se coberta de rosa ou azul.

Ainda que tudo seja breve, se veste de graça,
se reveste de brilho que vem da própria alma,
e desabrocha na cobiça dos homens,
onde o olhar não é assédio, mas admiração,
e necessário, caso contrário, seríamos cegos.

Mulher é muito mais que um corpo em movimento,
é uma mistura das inquietações humanas,
um coisa tão serena e calma,
quanto um vulcão adormecido.

Mulher é como uma borboleta que pousa,
fica um pouco e parte e se quiser, pode voltar.
É como uma nuvem que cobre e arrefece o calor,
ou labareda que aquece e faz derreter o coração.

Mulher é um templo onde os olhos são as portas,
e tem por dentro um mundo próprio e infinito.
Mulher é acordo, discórdia, contradição,
é um porto, um mar, um lugar,
onde não há acordo, nem rendição.

É maldade inocente, astúcia, malícia,
interesse, cobiça, esperteza,
carícia e até manipulação.

Mulher é um universo,
um encanto, um desencontro,
e até um bosque ou um parque,
com lugares que dão até medo,
e outros que são pura diversão.

Mulher pode ser rude, áspera,
inquieta e até desajeitada,
mas não é insensível,
nem resiste à carícia e ao elogio.

Mulher é uma planície tão calma,
quanto a escalada de um desafio.
É um monte, um cume, um precipício,
um lugar de sonho pra jamais acordar.

Mulher é zelo, é cuidado, é mãe,
mulher é um ser misto,
metade anjo, metade humano,
talvez metade homem,
por erro de algum cromossomo.

Mulher, enfim é mistério,
não poderia haver receita,
não tem como ter bula,
nem manual de instrução,
se tiver sorte de ter uma,
terá que descobrir sozinho o caminho,
para extinguir os resquícios do homem,
e ter a sorte de sobrar um anjo.

Mulher é o princípio, o meio e o fim,
é a razão do homem existir.
Não é um destino, é um caminho,
um abismo ou um precipício.
É um poço ou um fosso,
onde um homem pode se lançar,
sem medo de se afogar.

Mulher é um perfume que embriaga,
com angustias, sorrisos e encantos,
como a perfeição da criação.

É uma fera solúvel em água,
que dá à vida um certo ar de graça,
e que me perdoem os homens,
mas a mulher é fundamental.

(Paródia à ‘Receita de mulher’, de Vinicius de Morais).