O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
Aviso: não confundir bobos com burros.
Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
“Às vezes dá vontade de desistir de tudo, não sair mais de casa, dormir e dormir.”
Abaixo a razão e o pensamento! O negócio é só sentir, meu irmão, só sentir. Pensar já era. Pensar acabou, não se usa mais.
Sabe, eu me sinto como se tivesse acabado. Parece que nada mais vai ser bonito outra vez.
Queria consultar búzios, runas, pai, mãe, de santo ou não, qualquer coisa que me apontasse o rumo.
Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções.
Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo.
Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você.
Há situações em que o máximo que se pode fazer é rezar.
Mamãe, você é uma rainha, e eu estou providenciando o castelo.
Como é mesmo que minha mãe dizia? Quem não é visto não é lembrado. Longe dos olhos, longe do coração. Pois é.
Faz um bom tempo que a vontade de escrever e de poetizar se resume a você.
Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido.
E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça.
Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar.
Busque o caminho, não um dedo que te aponte ele...
Porque não conseguia dormir nem comer, à espera dele.
"A verdade é que sou intensa demais e não há quem dê jeito nisso."
