Coleção pessoal de HermesFernandes

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Pode-se despir o corpo de alguém com os olhos, mas só se pode despir sua alma com os ouvidos.

O jejum praticado em nossos dias não passa de uma tentativa vã de manipular Deus. É um jejum hedonista, em que faz-se um sacrifício momentâneo em troca de um favor divino.

Um simples gesto de amor talvez não faça tanta diferença no seu mundo, mas pode fazer uma grande diferença na vida daquele a quem você abençoar.

O que as palavras não ousam revelar, o olhar entrega.

As mãos gelam, as pernas tremem, a voz embarga, a respiração ofega, o corpo inteiro reage em reverência àquilo que os olhos vislumbram.

Digno de pena é aquele que jamais viveu um grande amor. Não por faltar-lhe oportunidade, mas pela ausência de coragem.

Por que comemoro o Natal? Simples! Jesus nos ensinou a orar que a vontade de Deus fosse feita "assim na terra, como no céu". Logo, se o céu celebrou o natal com direito a coral de anjos e tudo, por que a terra não o comemoraria?

O mundo acaba todos os dias pra quem perde a esperança e recomeça pra quem volta a acreditar no futuro.

Não creio em fim do mundo, mas na conclusão da história. O problema é que cada nova criança que nasce parece trazer escrito na testa: a seguir, cenas do próximo capítulo.

Cada casal que se apaixona e cada criança que chega ao mundo são sinais de que Deus não desistiu do mundo.

A intuição pode nos levar a lugares jamais sonhados pelo conhecimento.

Simeão profetizou que o menino seria alvo de contradições para que as motivações do coração dos homens fossem expostas. O mesmo Cristo que seria pedra angular para alguns, seria pedra de tropeço para outros. O que não se pode é ficar indiferente a Ele. Quer morra ou até mate por Ele, quer aprenda a amar com Ele ou simplesmente justifique sua ganância em Seus ensinos. O fato é que Jesus nasceu e nunca mais o mundo foi como antes.

O que mais me impressiona não é o fato de Aquele que nem o céu é capaz de conter ter cabido numa manjedoura, e sim o fato de Ele fixar residência no coração humano.

A vocação primordial do ser humano é o cuidado. Nascemos para cuidar e sermos cuidados. Isso confere propósito à nossa existência.

A maior expressão do amor não é o sacrifício, mas o cuidado.

Se as pessoas decifrassem os códigos da alma, não se contentariam com superficialidades, pois por trás de todo olhar há uma complexidade de sentimentos nos convidando a mergulhar.

Há um depósito de bondade na essência humana que o pecado não conseguiu apagar. Trata-se de um traço que nos restou da imagem e semelhança do Criador, abaixo de todas as camadas tectônicas do ser. Basta que haja uma tragédia para que ela, como um vulcão, seja despertada.

A maioria das pessoas se contenta com relacionamentos que sequer arranham a superfície do ser. Intimidade tem mais a ver com a alma do que com a pele.

Qualquer mudança que fazemos em nossa aparência nada mais é do que uma tentativa de revelar o avesso do nosso ser. Pena que quase ninguém presta atenção nas entrelinhas.

As pessoas observam se emagrecemos ou engordamos, se mudamos a cor do cabelo ou o penteado, mas não reparam no que isso enseja revelar. Observam os sinais, mas não os decifram.