Coleção pessoal de HermesFernandes

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Jesus perguntou ao doutor da Lei: Que está escrito na lei? Como lês? (Lc 10:26). Repare que são duas perguntas, uma de caráter objetivo e outro subjetivo. O que está escrito revela quem Deus é, mas a leitura que fazemos revela quem nós somos.

Perda de tempo é fazer do conhecimento a munição para sobrepujar seus oponentes. Melhor fazer dele o adubo que faça florescer até em solo infértil.

No início da civilização, prevalecia que tinha a força. Depois, prevalecia quem detinha os recursos. Estamos no limiar de uma era em que prevalece quem tem informação. Mas no Reino de Deus, prevalece quem tem amor.

Devo confessar meu pecado: tenho dificuldade de tolerar intolerantes.

O amor possibilita duas vias que tornam a vida rica em significado: comunhão entre os que concordam e coexistência entre os discordantes.

Não faça de sua vida um livro de registros contábeis, com perdas e ganhos. Faça dela uma história de amor que valha a pena ser contada às próximas gerações.

Orar não é impor a Deus as nossas vontades. Nem mesmo fazer-lhe sugestões. Orar é, antes de qualquer coisa, reconhecer a soberania divina e submeter-se inteiramente a ela.

Deus não se dobra às nossas chantagens emocionais, nem às tentativas de suborná-lo com nossas ofertas ou boas obras. Ele sempre fará o que lhe apraz e que, certamente, cooperará para o bem daqueles que O amam.

Nossa relação com Deus não é sindical, mas filial. Portanto, não perca tempo reivindicando seus direitos. Aja como filho: peça. E o pai, segundo a Sua vontade, lhe atenderá.

Há dois tipos de beleza. Uma nos inspira reverência, quietude. Outra nos provoca suspiros, inquietação. A primeira mergulha em nós, nos perpassa, a ainda assim, mantem-se transcendente, inalcançável, revelando a sua sacralidade. A segunda se insinua, convidando-nos a mergulhar nela, a perpassá-la, a possuí-la, a experimentar a sua profanidade. Uma nos liberta. A outra nos torna reféns.

Enquanto cultivarmos uma espiritualidade de olhos fechados, divorciada da realidade, perderemos espetáculos extraordinários como o pôr do sol, em que a natureza esbanja beleza, revelando-nos a glória do seu Criador.

Rompa de vez com o Déjà vu. Faça de cada dia uma estreia.

A razão pela qual muitos preferem o cativeiro é que a liberdade dá vertigem.

Prefiro os riscos da liberdade à segurança do cativeiro.

As piores prisões são as de grades imaginárias.

Somos, ao mesmo tempo, prisioneiros e carcereiros. Nossas celas só se abrem por dentro.

Uma gota de evangelho diluída numa caixa d'água de ideologia não passa de placebo. Não cura nada e ainda deixa um gosto amargo na boca.

De que adianta deixarmos a porta da gaiola aberta, se cortamos as asas do pássaro? De que adianta chamá-lo à liberdade, se ele prefere o comodismo da prisão?

Não há meio termo. Ou somos cristãos subversivos, ou somos subvertidos. Ou sabotamos o sistema ou nos tornamos engrenagem dele.

Mesmo não tendo por perto quem gostaríamos, deveríamos ser gratos pelo simples fato dele existir. Compartilhamos o mesmo chão, o mesmo ar, o mesmo pulsar, o dom da contemporaneidade. Isso não incrível?