Coleção pessoal de giuliocesare
O mal não pode vencer o bem. O bandido não pode vencer o mocinho, assim como Tom nunca pode derrotar Jerry. Ao olhar ao redor, vemos, ouvimos e sentimos uma desesperança que tenta nos confinar — mas este é o momento de reagir e jamais aceitar.
Na origem da vida, é o coração o primeiro órgão a funcionar, enquanto o cérebro chega depois. Talvez resida aí um recado da natureza: para pensar e decidir com sabedoria, é preciso não esquecer qual deve ser a prioridade.
Nos dias de hoje, ler boas notícias está se tornando uma verdadeira utopia; mais raro ainda é poder vê-las ou ouvi-las nos meios de comunicação. A narrativa predominante parece sempre alimentar o medo, o conflito e o desencanto, relegando ao silêncio as pequenas conquistas e os gestos que poderiam inspirar esperança. Nesse cenário, a ausência de boas notícias não significa que elas inexistam, mas sim que deixaram de ocupar o espaço que merecem na vida coletiva.
Um cara que tem de ser respeitado é o tal do Sentir. Sobre ele não temos controle: é atemporal, doido, desaforado e vive nos extremos — ou odiamos, ou amamos, sem meio-termo. Não se explica nem se entende. Agora, convenhamos: não dá pra viver sem ele.
A distância, aliada ao silêncio, jamais terá êxito no esquecimento, se a conexão for patrocinada pelo coração.
Um dos piores momentos é quando alguém se perde de si mesmo. Bem-aventurados aqueles que promovem o reencontro.
De repente escuta uma música que abre uma caixinha supostamente trancada: a da saudade. Advém uma dor no peito, de um sonho que partiu, virou passado, mas ficou. Dos olhos caem lágrimas — uma homenagem sincera, digna e silenciosa do coração.
Cuidado: a solidão perene vai calcificando coisas importantes dentro de nós e, quando efetivamente nos damos conta, virou pedra - sem volta, sem tratamento, apenas lembranças.
Um alienígena solitário, cuja meta de vida é acordar no dia seguinte e pagar seus boletos, tem apenas um sonho: ser abduzido por um disco voador vindo de um planeta azul.
Para psiquiatras, psicólogos, pais de santo, benzedeiras e afins: quando o sentido já não faz sentido, quando o amanhecer é apenas mais um dia, e quando o nada se torna o seu tudo, sorria como uma hiena e torça para encontrar o leão faminto logo na próxima esquina.
Quantas vezes morremos e ressuscitamos sem saber ou nos darmos conta, no curso de nossa jornada — pois o coração faz e não explica.
Recordando: Só a expectativa de ir ao baile já era uma emoção - e maior ainda quando, no baile, um belo rosto correspondia ao olhar. Imperava a emoção. Requisitava a coragem, ao encontro partia, as mãos se tocavam, perfume suave, dois corpos em um, no compasso da musica romântica, até o ápice com um beijo apaixonado disparando o coração. Bons tempos que dificilmente voltarão.
Ventos do sul me levam numa bonança, cheio de esperança por uma nova vida, às margens de um rio chamado Ivaí. Sem medo do vento virar tempestade, na confiança e perseverança de ser feliz.
Vamos que vamos: andando, tocando e acontecendo no hoje, na crença da vida e sempre firmes na convicção de realizar no amanhã.
Chegar à plenitude da maturidade ou da terceira idade, ou ainda à idade dos veteranos, deveria exigir um curso de admissão, com propósito de reconhecer e administrar a inevitável fadiga do material mas, também, jamais admitir a obsolescência.
Tchau, arrivederci, bye bye ou até logo são expressões designam despedida, sem definirem retorno ou reencontro, ficando perdidas no tempo e no espaço, apenas, para muitos, como palavras elegantes de dizer adeus.
O amor que existiu, que depois acabou e partiu, que no tempo submergiu, mas a lembrança ficou e insistiu, não pela curiosidade, mas pelo carinho de um telefonema que o caso permitiu, por tudo que ficou, mesmo quando o coração desistiu.
Há um ditado ou adágio popular que diz: “Cada maluco com as suas manias”. O problema é quando o maluco de plantão acha legal te jogar num precipício e, pior, com um bando de outros malucos seguidores batendo palmas.
Da convicção absoluta da dúvida; do translado da importância e notoriedade à inexpressividade; navegado na opulência da fartura, da beleza e da sensatez, naufragado na realidade do tempo; hoje, à espera de ninguém, e partir amanhã para o nada.
Infeliz de quem vê, acima de tudo, até na relação amorosa, registros contábeis de receitas e despesas. Se for deficitária, o estorno é inevitável. E o amor? Amor? Que amor?