Sem fundo.
Terra à vista.
Tijolos à vista.
Criamos prazos.
Jeová?
A Semana Santa,
Não combina com carne,
Apesar do sangue nas mãos.
Arco?
E, finalmente,
O cupido e sua flecha,
Te circunflexa.
De banda?
Cidades pequenas
Têm coração grande,
No coreto da praça.
Autópsia?
Corpo quente,
Maca ainda fria,
E a pia não pia.
Pirose?
Hora do almoço em jejum,
E uma fome de sol,
Queimando.
Morto-vivo?
Vamos todos morrer?
Não fale besteira...
Só os que estão vivos.
Entra e saia.
Entra dia, sai noite,
Entra de noite, sai de dia,
Antes que seja tarde.
Guarida.
Nos dias nublados,
Vou bater à sua porta,
Buscando guarda-chuva.
Estrela?
Vestida de pele,
Coberta pela lua,
Tu és o meu sol.
Olé!
- Olha o picolé!
E voava pátio afora,
Dando olés.
Eixo?
O mundo dá voltas,
A cada dia uma completa,
Mesmo que tortas.
Lei da atração?
Sou o teu satélite,
Fragmento do passado,
Preso na gravidade.
Troféu?
Meu Deus!
De todas as medalhas,
Guardei só a de Nossa Senhora.
Que fria...
Queixo batendo,
Vísceras quentes,
Fumaça nos dentes.
Destru...imos?
Sempre fecho portas entreabertas,
Com medo da invasão de fantasmas,
De monstros escondidos, os meus.
Queda de Berlim.
Livros amontoados,
Formando um muro;
Vou pegar uns tijolos.
Queda de Berlim?
Livros amontoados,
Formando um muro;
Vou roubar uns tijolos.
Nós em nós.
Desde sempre somos eternos,
Noé e dinossauros estão em nós,
Primordialmente em nossos nós.
Deus é bom demais para mim.
Quando bato em Sua face, Ele dá a outra.
Como um verdadeiro Pai, Ele me perdoa.
Exatamente porque e até quando, não sei.
