Coleção pessoal de dia_marti

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«...é como viver, nascemos, vemos os outros a viverem, pomo-nos a viver também, a imitá-los, sem sabermos porquê nem para quê»

«... e depois aconteceu aquele longo diálogo diante do espelho, árvore do conhecimento do bem e do mal, não tem nada que aprender, basta olhar, que palavras extraordinárias teriam trocado os seus reflexos».

«Se um morto se inquieta tanto, a morte não é sossego, Não há sossego no mundo, nem para os mortos nem para os vivos, Então onde está a diferença entre uns e outros, A diferença é uma só, os vivos ainda têm tempo, mas o mesmo tempo lho vai acabando, para dizerem a palavra, para fazerem o gesto, Que gesto, que palavra, Não sei, morre-se de não a ter dito, morre-se de não o ter feito, é disso que se morre».

«...ter de viver em algum lugar, compreender que não existe lugar que não seja lugar, que a vida não pode ser não vida».

«Você bem sabe que eu não tenho princípios,hoje defendo uma coisa, amanhã outra, não creio no que defendo hoje, nem amanhã terei fé no que defenderei»

"Também no interior do corpo a treva é profunda, e contudo o sangue chega ao coração, o cérebro é cego e pode ver, é surdo e ouve, não tem mãos e alcança, o homem, claro está, é o labirinto de si mesmo"

«Ó Morte, vem depressa,
Acorda, vem depressa
Acorde-me depressa»

«O meu coração desce (...)
- Melhor fora que ardesse,
Nas trevas, incendiado»

«Nem quero prosseguir (...)
Nem ficar... e morrer...
Perder-te, imagem vaga»

"Que eu, desde a partida,
Não sei onde vou"

"Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente"

"Dorme enfim sem desejo e sem saudade
Das coisas não logradas ou perdidas"

"Tenho sonhos cruéis, n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente..."

"E creio que a primeira tarefa que a vida nos oferece é essa : viver a vida, senti-la e gozá-la"

"Pareceu que a alma era escrava da paixão"

"E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)

"Armazenar sofrimento
Distribuí-lo depois
límpido"

«Porque há gente que nem compaixão
devia merecer pela sua miséria?»

"Porque se volta aos lugares da infância
como um homicida ao local do crime?"

"Sonhas isso de ser homem
e cansas-te. Sem mágoa voltas
realmente à infância."