Coleção pessoal de LeticiaDelRio1987

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Não quero mais a liquidez do amor,
Quero clichês,
Quero mãos dadas,
Alianças trocadas,
Quero o Altar,
Envelhecer,
Quero o pra sempre,
Enquanto eu viver.

Deus não mensura pecado,
Quem faz isso é seu preconceito,
Fruto das escolhas todos colhemos.

Lidar com seres humanos,
É aprender à lidar com imperfeições,
Um exercício de paciência.

Tenho necessidade de prosa, Existe um universo de criatividade em mim.

Platonizando...

Pode vir,
Mas,
Quando vier,
Que seja vestido de sorriso,
Isento de máscaras,
Que segure forte minha mão,
Nunca me solte,
Quero viver um sonho lúcido,
Quero me ver no Altar,
Deus, você e eu,
Sem medo do fim,
Cordão de três pontas não arrebenta,
Quero ser sua princesa, sua rainha,
Quero abraços apertados,
Daqueles que tiram os pés do chão,
Quero que teu peito seja meu travesseiro com exclusividade,
Quero entrega total,
Mútua,
Reciprocidade,
Não aceito dividir,
Olhar nem pensamento,
Pois,
Me entrego por inteiro,
Corpo, Alma e espírito,
Me jogo em teus braços,
Então, por favor,
Não me deixa cair de novo?
Vamos viajar pelo mundo?
Ainda que dentro de um teto,
No recitar de versos,
No calor de corpos entrelaçados,
Quando anoitecer com você é só o início do tempo de uma noite sem fim,
Envelhecer,
Com encanto,
Para depois de anos,
Numa cadeira de balanço,
Histórias pra contar,
Lindos versos,
Nossos netos,
Acordar.

Preciso.

Colo e cafuné,
Mãos dadas bem apertado,
Abraço de saudade,
Mesmo em pouco tempo sem te ver,
Não gosto de frieza,
Comigo o que vale é o calor,
Intensidade,
Gosto de grude,
Tipo chiclete no cabelo,
Longos beijos,
Noites em claro,
Entre conversas verbais e não verbais,
Quero colo,
Quero entrega,
Quero tudo,
Não sei me entregar pela metade,
Só aceito o tudo,
Se não,
Pra você é nada.

Meu passado não me condena,
O que condenaria seria escolher continuar vivendo nele.

Não aceite de ninguém menos do que você é.

Eu quero achar meu pé de sapato,
Mas, como acharei o certo?
Se pinto o par certo no pé errado?
O sapateiro que me ajude!

Minha natureza é o Amor,
Minha resposta é entrega,
Ainda que no fim,
O desamor o transforme em solidão,
Prefiro manter os bons olhos,
Acredito no bem,
E luto,
Mesmo em luto,
Acredito nas pessoas,
Porque acredito em mim,
Em verso,
Sei,
Não sou a única no universo.

Entenda, meu surtar se dá quando meu coração está querendo se agarrar...

Pareço brava, mas, gostaria ser cortejada ao som de gatinha manhosa do Tremendão ( Erasmo Carlos).

Febre psicodélica,
Com sonhos delirantes.

Sim,
Você teve a possibilidade de ser o único,
O único à chegar onde ninguém chegou,
O único à tocar onde ninguém tocou,
Era isso que eu queria,
Exclusividade,
Te dei meu tudo,
Fiquei sem chão,
E você me perdeu,
Deu à outro a oportunidade,
De ter exclusividade,
Eu era Oásis,
Você Miragem,
Findou.

Seria a arte premonição da vida ou a vida premonição da arte?

O tempo passou tão depressa,
Que mal pude perceber que já estava vivendo um novo amor,
O amor próprio.

O amor se foi,
Ficaram os versos.

Simples assim...

Jantar à luz de velas de pilha da 25 de março,
Passear ouvindo playlists contigo pela cidade,
Que nossa casa seja o mundo todo,
Ao longo de longas conversas,
Desde o sol se pôr,
Até o dia amanhecer.

Vou te contar um segredo,
Nunca ninguém viu em mim um aconchego,
Sou farta,
Cheia de idéias raras,
Fadada ao fardo do pensamento ligeiro,
Quase nunca certeiro,
Quase nunca passageiro,
Já,
Tentaram me acompanhar,
Pegaram carona,
Vestiram suas dolmas,
Tentaram sim,
Me cozinhar...
Não deu,
Enquanto me cozinhavam,
Minhas idéias os fritavam,
Sem reação,
Um à um me deixaram,
Porque se fizeram,
De boas conversas não eram,
Entenda,
Afrodisíaco pra mim,
São as idéias,
A beleza que vai além da retina,
A que por ela também já me enganei,
Agora sei o que quero,
Mais ainda o que não quero,
Não quero ser escrava de enganação,
Abro bem minha visão,
Com olhar de lupa,
Fechei a porta do meu coração,
Para que não haja mais decepção.

Solidez.

Sou o que sou,
Não danço conforme a música,
Essa é minha conduta,
Sem máscaras,
De papel machê ou porcelana,
Não me servem,
Pés descalços me apresento,
Um desnudar da Alma no relento,
Não me faço,
Cru me apresento em verdade,
Sem metades,
Só sei viver por inteiro.