Coleção pessoal de DavidFrancisco

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O homem é o ponto máximo na criação do universo. Nós somos o verdadeiro e extraordinário milagre divino. E somos o grande milagre porque todas as outras criaturas já nascem com um destino traçado, já nascem destinadas a serem o que são e não podem ser outra coisa.

A amizade é uma virtude.

Cada um tem em si próprio dez punições: a ignorância, a tristeza, a inconstância, a avareza, a injustiça, a luxúria, a inveja, a traição, a raiva e a malícia.

Segundo Pedro Pomponazzi, os antigos filósofos fizeram bem em colocar o homem entre as coisas eternas e as temporais, pois ele não é nem eterno nem puramente temporal. O homem participa das duas naturezas e está metade numa e metade noutra, assim sendo ele pode viver na natureza que desejar. Alguns homens parecem dominar o seu lado vegetativo e sensitivo e tendem a se tornar quase totalmente racionais. Outros mergulham nos sentidos e parecem animais. Outros ainda assumem o verdadeiro sentido da palavra homem e vivem segundo a virtude, sem entregar-se totalmente ao intelecto nem aos prazeres do corpo.

(da filosofia de Pedro Pomponazzi)

Todos os fenômenos têm causas naturais, mesmo os que parecem sobrenaturais e extraordinários, mesmo os que as pessoas consideram milagre, somente porque não tem a capacidade de encontrar a causa. Se Deus criou o universo colocando nele leis físicas, exatas e imutáveis, seria paradoxal que esse mesmo Deus criasse eventos sobrenaturais, como os milagres, que fossem contra essas leis.

As religiões começam frágeis, depois se tornam fortes quando estão no ápice e enfraquecem quando estão se encaminhando para o fim. Um dos índices que indica o estágio em que está a religião são a quantidade e a qualidade dos milagres.

É ridículo abandonarmos as coisas evidentes para buscarmos explicações em coisas que não são evidentes.
É inútil aceitar a hipótese de que existem demônios e espíritos para que possamos explicar fatos que não são habituais ou frequentes.

Ter um bom comportamento por causa do castigo que a alma terá após a morte é servilismo; e servilismo é contrário à virtude.

O castigo do vicio é o próprio vício.

Nenhuma virtude ficará sem prêmio e nenhum vício permanecerá impune.

A virtude e o vício têm a sua recompensa e o seus castigos em si próprios.

A "DOUTA IGNORÂNCIA"

Para alcançarmos a verdade de alguma coisa, o caminho mais utilizado é relacionarmos algo que temos por verdadeiro com algo que temos incerto de ser verdadeiro. Esse método funciona para as coisas finitas que podem ser de fácil ou difícil entendimento.

Mesmo se alguma coisa finita é de difícil compreensão, é possível conhecê-la, ainda que não no presente, mas no futuro. O mesmo não acontece com algo que for infinito, pois do infinito não temos como fazermos relações, não temos como conhecer sua dimensão.

Não pode haver simetria entre o finito e o infinito. A mente humana é finita e ignora o conhecimento do infinito. Reconhecer essa incapacidade é a Douta Ignorância.

(sobre a filosofia de Nicolau de Cusa)

A douta ignorância não fundamenta somente o conhecimento de Deus eterno e do infinito, fundamenta também todo o restante que o homem ainda pode conhecer.

Reconhecer os limites do nosso conhecimento é o ponto de partida para o nosso conhecimento da verdade.

Saber que não podemos conhecer Deus é por onde começamos a conhecê-lo.

A mente humana é semelhante à mente divina. A mente humana através do se reconhecer limitada pode descobrir a verdadeira face de Deus. Se olharmos Deus com amor veremos que ele nos olha amorosamente, se olharmos Deus com ira veremos que ele também nos olha irado, se olharmos alegremente para Deus ele também nos mostrará seu rosto alegre. A nossa mente é uma lente que dá cor às coisas que observamos.

O homem é um mundo perfeito e é parte de um mundo maior.

A razão é a voz da inteligência e nela se espelha como uma imagem.

Deus está em toda a parte e em nenhum lugar.

Petrarca busca um mundo ideal que é diferente da sua realidade concreta. Ele discorda dos filósofos de sua época e procura nos antigos uma perfeição intelectual que ele não encontra no mundo que o rodeia. Sobre a possível oposição entre o humanismo e o cristianismo ele afirma que os filósofos antigos não tinham a fé cristã, mas tinham a virtude e na virtude o pensamento antigo e o cristão se encontram e não estão em contradição.

(sobre a filosofia de Petrarca)