Coleção pessoal de areopagita

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Diga o que quiser para quem desejar, mas não espere que todos o compreendam, aceitem ou que lhe deem atenção que você tanto almeja.

A canalhada sempre diz que não há evidências para enquadrá-lo, como também sempre há uma multidão de inocentes para acreditar nesse trelelê.

Golpe sem vergonha é chamar impeachment de golpe. Um atentado contra o bom senso, um insulto contra a inteligência, um subterfúgio mequetrefe.

Poder que não reconhece limite algum, que dispensa o fardo da responsabilidade, não aspira à democracia não. É poder que anseia por tirania.

Cinquenta quatro milhões e tantos votos não autorizam um partido a descaradamente avacalhar com a cambaleante democracia brasileira.

Existem muitas dores que devoram a alma
Mas, de todas, provavelmente a mais dolorosa
É a dor de fome dum infante que, silenciosa,
Noite a dentro consome-nos em tristeza e revolta.

É triste, mas essa é a mais óbvia constatação
Que deve ser em verso e bom tom declarada:
Que os defensores mais aguerridos da educação
Não gostam de estar em sala de aula e praticá-la.

No twitter todas as palavras seguem
Lentas pela sua trilha e se despedem
Feito folhas secas caídas no caminho
A rolar rumo a um incerto destino.

Não digo que todo povo tem o governo (executivo e legislativo) que merece porque tal encrenca não é uma questão de mérito não. Na verdade, penso que todo o governo, dum modo geral, nada mais é que uma expressão do espírito público que anima a sociedade. Trocando por miúdos: cada povo tem o governo que pode ter, merecendo ou não a tranqueira que o (des)governa.

Narciso ao ver seu lindo reflexo no espelho do lago
Apaixonou-se pela sedutora imagem que agrilhoou de vez.
E querendo tocar-se, tocando-a com um lascivo afago,
Afogou-se nas plácidas águas da vaidade do seu ser.

É na solidão, no silêncio interior, que nos encontramos conosco mesmo. A aversão a primeira e a repulsa pela segunda, manifesta pelo homem contemporâneo, são claros sintomas de nosso desfibramento. De nossa degeneração.

Se somos daqueles caboclos que acreditam ser uma pessoa honrada, digna do último fio de cabelo até a raspa do calcanhar, perguntemo-nos: tudo aquilo que fazemos, distante dos olhares públicos, faríamos sem corar na frende de nossos filhos? Pois é, essa é toda a dignidade que nos resta do papel honorífico que encenamos diariamente nos palcos da hipocrisia brasileira. É tanta honra que basta um inocente nos encarar de frente para nos desmascarar.

Enquanto os inimigos da alma humana
E suas hostes bestiais e mundanas
Serram seus dentes contra a Igreja
A tolice suicida diz: não veja!
Como se fechar os olhos feito pusilânime
Diante do terrificante óbvio ululante
Fosse nos livrar no mesmo instante
Do torturante opróbrio ultrajante
Advindo de nossa insensatez covarde
E de nossa recusa em sermos vigilantes
Conforme havia nos sido orientado
Pelo Verbo divino incarnado
Para não esperarmos ser amados
Por aqueles que O haviam odiado.

Aberta para todos foi a grande porta do Céu
Pelo sim que foi por Nossa Senhora proferido
Para a vinda do Salvador, o seu filho bendito
Anunciado e saudado pelo arcanjo Gabriel.

Nada é tão desprezível
Quanto um biltre abastado
Querer parecer temível.

A ideologia marxista por sua patológica natureza
Restringe a personalidade à mais execrável vileza
Corrompe e degrada toda e qualquer inteligência
Reduzindo a consciência na mais abjeta demência.

O triste na leitura de qualquer jornal diário
É vermos estampado em seus títulos ordinários
A mesma treta de sempre na forma de noticiário.

Dar a cada um o que lhes é devido e a nós, na mesmíssima medida, eis aí a tal da justiça em toda a sua grandeza e secura. Talvez, por essa razão, Nosso Senhor exortou a todos nós para cingirmos nosso coração não por esse caminho, mas sim, pela senda da misericórdia, pois, da mesma forma que tudo será medido e pesado na conta de nossos inimigos e desafetos com a balança que escolhemos para julgar tudo em suas vidas, o mesmo ocorrerá com nossos débitos, na mesma dose que clamamos pela referida virtude para todos os demais. Enfim, seja como for, o Verbo divino sabe o quão fraco somos, por isso, o Seu fardo é suave se assim o quisermos, se aceitarmos a misericórdia como par da clava da justiça.

A casa está caindo lá em Banânia
E não tem nada mais pra esconder.
A lambança foi tal que a façanha
Jaz em todos os cantos a feder.

Na fronte da alma da brava gente
A chuva cai e lava suas feridas.
E esse mesmo povo há muito sente
Que sua paciência foi pras picas.