Coleção pessoal de andresaut

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Os relacionamentos estão tão voláteis que logo os compromissos de amor e carinho feitos ao pé do ouvido serão substituídos por um "cartão fidelidade" e um contrato de "participação".

O que nos diferencia dos primatas é a plaquinha “não de comida aos animais” virada pra o nosso lado.

O amor tem asas.
Mas sempre foi
livre para amar,
livre pra ficar,
livre para partir,
livre para voltar.

O amor não precisa ser perfeito. Pra mim, basta que seja verdadeiro.

Queria acordar num mundo de faz de conta, onde quem conta acredita e quem ouve nunca se espanta.

saudade é um amor orfão.

Você precisa acordar para viver teus sonhos.

De repente entre um instante e outro descobri feliz que estou vivendo dezenas de eternidades. Pois a eternidade que encontrei é o pedacinho de tempo que guardamos pra sempre quando ganhamos um sorriso do irmão, um abraço do amigo, um beijo meu amor, um oi do vizinho, um olhar carinhoso, uma música linda do cantor de rua, um doce na padaria, uma pipoca no cinema, um por de sol na beira do rio, um latido de bem-vindo do cachorro, um picolé gelado, um cobertor quentinho, um conselho do pai, um vai com Deus da mãe, um estou te esperando e outro que estou chegando. Eternidade é isto, um conjunto de vidas vivenciadas em segundos que duram para sempre.

Grandes amizades as vezes nascem de pequenos desencontros, classifico-ás como pérolas da vida.

Num dia ou noite destas, uma bruxa bem pequeninha que falava mas não dizia, que ouvia mas não escutava e andava montada em uma perereca saltitante, resolveu invadir, com seus exércitos de más intenções, três estados, que num livro de ciências, descobriu que existiam. Primeiro tentou invadir o estado líquido e, por pouco não se afogou numa jarra de água. Molhou até as enormes calcinhas brancas de bolinhas rosas. Não conformada, invadiu o estado gasoso numa saúna e quase morreu sufocada no meio de um monte de gente peladona. Mas foi na invasão do estado sólido que bateu de nariz na porta do refrigerador e, pasmem dizem que foi ali que vendo a cor que ficou o narigão inchado, ela inventou o roxo, mas conseguiu um gelinho para aliviar a dor. Alguns dizem que é verdade que esta história é de mentira, outros dizem que é mentira que esta história é de verdade. Eu, só estou contando o que não ouvi.

Quando ando ao teu lado, teu sorriso me deixa mais bonito.

Será que o céu não é só o pano do universo escondendo uma luz enorme atras e que de tão velho está cheio de furinhos que a gente chama de estrelas?

A lua surgiu tão grande que não coube na janela, então coloquei a janela na lua. Olhando agora, deu para imaginar a terra. Azulzinho aqui, marronzinho ali, aqueles foguetes daquele lado estão comemorando alguma coisa, aqueles maiores do outro lado, certamente não. Aquelas nuvens branquinhas planando suavemente pelos céus bem diferentes daquelas cinzas meias sujinhas espalhadas por todos os lados. Os gelinhos nas pontas estão menores? O que é aquilo vermelho boiando no mar, uma baleia? mas não eram desta cor? E aquele buraco enorme, que eu lembro ali era bem verdinho. Vou fechar esta janela e só abrir quando o sol voltar a brilhar na manhã da consciência, no despertar da iniciativa.

As vezes esqueço que o roteirista da minha vida sou eu e acabo não escrevendo um belo dia para viver.

A verdade tem 4 versões: A minha, a tua, a nossa e a deles.

Flores são os sorrisos dos campos.

Escrevi este texto em 1977 quando estava na 7ª série, foi publicado em 2001.

Todo dia, quando ia para a escola, passava na casa de uma colega para irmos juntos.
Ela tinha os olhos grandes e tristes.
Até que um dia, notei que os olhos dela estavam mais tristes que normalmente.
Então pensei: Se eu der um beijo nela, será que ela ficará mais feliz?
Não hesitei; beijei-a no rosto!
Deu um clarão e eu nunca mais a vi.
Até que num dia chuvoso, quando passava por uma poça d’água, vi uma sapinha de calça jeans e tênis.
Dei dois passos e parei. Sapo não usa calça jeans. Muito menos tênis...
Voltei e olhei. Eram aqueles mesmos olhos grandes e tristes.
Pensei então: Será que é como um conto de Fadas?
De novo, não hesitei, me abaixei, peguei ela na mão para beijá-la...
Mas ela beijou primeiro.
E depois do clarão. te digo uma coisa: Aqueles olhos não são mais tristes
e acho o maior barato ficar coachando na beira das poças.
Mas não me acostumo a ficar pulando de lá pra cá e daqui pra lá o dia inteiro.

Amanhã, entre um minuto e outro, entre uma hora e a próxima, entre um momento e uns instantes, não esqueça de deixar espaços vagos. Espaço na gaveta para uma meia nova, espaço na prateleira para aquele livro que sempre quis ler, espaço no dia para um café com amigos, espaço na agenda para um compromisso não agendado, espaço na noite para um sonho inesperado, espaço nas entrelinhas para observações malucas e não tão importantes mas sinceras, espaço no espaço para viajar numa ideia. E um espaço para algo especial que não precisa ter tamanho porque ele se acomoda, se contrai, se expande: aquele espaço para amar que sempre está do ladinho do espaço que a gente esquece de deixar na vida, o espaço para viver.

Tem gente que "se acha" e outros que nem "se procuram".

Transformaram o beijo em remédio quando descobriram que amar dói.