Coleção pessoal de AmandaMartucelli

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É no nosso encontro, cara a cara, olho a olho, que as coisas vão se definir.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.

Eu não sei se é medo, timidez, pessimismo, conformismo, só sei que falta algo e muito me impede.

Há algo na sua essência que me agrada, me acalma, e diverte!

Pintor: "Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes." Amelie: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros." Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?"

Sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava.

Meu único problema é estar sóbrio.

Há tanta suavidade em nada dizer e tudo entender...

Quanto mais diferente de mim alguém é, mais real me parece, porque menos depende da minha subjetividade.

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Pois aquilo que realmente é nosso, nunca se vai para sempre!

Me sinto bem em não participar de nada. Me alegra não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gosto de me sentir estranho a tudo...

Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.

Já nem sei mais em que acreditar e é incrível como tudo tem o dom de me causar uma tremenda desconfiança.

Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o.

Quer saber o que está realmente me matando ? não estou suportando essa existência vazia que os outros chamam ironicamente de vida.

Menos drama, mais sorrisos, menos exibições, mais momentos de reflexão e introspeção, menos álcool, mais água, menos balada, mais teatro, menos rua, mais casa, menos trabalho, mais meu filho, menos computador, mais livro, menos cigarro, mais yoga, menos bagunça, mais cabeça no lugar, menos quem quero ser, mais quem eu sou mesmo.

Desapego é como desintoxicação. È lento as vezes provoca até dor muscular, falta ou excesso de apetite, mau humor repentino, saudades, ira, arrependimento, insônia.

Ando sentindo uma enorme necessidade de iniciar um novo processo de desapego as pessoas. Sinto que grande parte delas ou na realidade as que me cercam nesse momento, definitivamente não servem para mim. Não mais. Me tornei uma pessoa com a mente extremamente tumultuada, garota que questiona infinidades. Sei viver bem na solidão, me acostumei a essa nova rotina. Não gosto de tumulto, de conversas em grupo, multidão. Me sinto confortável na companhia do silêncio, me expresso pelo olhar e pelas palavras. Às vezes penso que um dia com apenas vinte e quatro horas não são o suficiente para mim. Preciso de mais tempo para pensar, ou para pelo menos tentar buscar respostas para os meus tantos questionamentos.