Cidade

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Um lugar longe da cidade... muita água, muitas árvores, muito céu...
Mar ou cachoeira, fogueira e violão, pôr do sol. Uma roupa que não te aperte, pessoas legais (não precisam ser amigos, somente legais... mas amigos sem falta também).
Alguém pra se interessar, brilhar o olhar e bater forte o coração, não precisa amar, apenas aproveitar a sensação! Rir até a barriga doer... Abrir os braços para ser feliz, essa é a vida que eu sempre quis *-*

As trevas se aproximam da cidade luz, em breve existirá apenas escuridão...

REVOLTAS DE UM VELHO AMOR

Todos sabem do encantamento que tenho pela minha cidade natal e o quanto sou apaixonado por ela, por suas formas sedutoras, suas belezas extravagantes, pelo seu sorriso, pelo jeito de me olhar, afinal sou filho dela. Meu amor poderia ser natural, mas vai muito além disso, foi constuido dia-a-dia numa relação de troca desinteressada, mas natural.
A cerca de 10 anos atrás passei a ter um relacionamento também com a capital mineira, era só um relacionamento comercial, mas o ambiente era de muita alegria, chopp gelado, muita gente bonita que meu verdadeiro amor não entendeu, agourou tanto que o negócio não prosperou.
Desde 2007 tenho passado a semana santa, todos os anos, na casa de um generoso e elegante casal de amigos, próximo a Salvador.
Meu velho amor, nos anos anteriores, demonstrou por diversas formas seu inconformismo, é até compreensivel uma vez que muitos dos atributos da região de Salvador são muito semelhantes aos atributos do meu grande amor. Acontece que este ano meu velho amor jogou pesado, temendo que meu coração fique muito dividido, não me deixou dormir, um minuto sequer na noite de dia 4 pra dia 5, exatamente o dia do meu retorno.
Quando voltei saudoso no dia de ontem, o avião exatamente na hora de tocar o solo de meu grande amor, arremeteu de forma inesperada como quem por raiva ou ciumes não permitisse que eu entrasse de novo em casa, na sua enciumada loucura tentou me jogar nos seios de quem fleitei 10 anos atrás, que até me recebeu, me serviu um copo dágua, me deixou tomar um pouco de ar numa demonstração madura de respeito e amizade, mas não me deu abrigo, me enviando de volta a cidade maravilhosa.
Nada pior do que um coração magoado, me recebeu daquele jeito, abriu o portão mas da varanda não me deixou passar, não fez nada pra me agradar, me deixou perambulando até as 3 da manhã na varanda ( Aeroporto do Galeão ) sem me deixar entrar.
Depois me recebeu, aos prantos,
E até agora não parou de chorar.

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2010. ( data em que fortes chuvas castigaram a cidade )

A CIDADE DO SOL - Khaled Hosseini
(frases marcantes)


"Mariam se sentia digna das belezas e das coisas boas que a vida tinha para oferecer." (Pág. 11)

Assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher à sua frente." (Pág. 12)

"As palavras de Deus nunca vão traí-la, minha menina." (Pág. 21)

"Morria de vontade de pôr uma régua numa página em branco e traçar, ali, aquelas linhas que pareciam tão importantes." (Pág. 22)

"Então, o que posso fazer? Deus, em sua sabedoria, deu a cada um de nós algumas fraquezas, e, entre as tantas que possuo, está a incapacidade de recusar algo a você." (Pág. 22)

"Para cada tribulação e cada sofrimento que Deus nos faz enfrentar, Ele tem um motivo." (Pág. 39)

“O que a primeira neve da estação tinha de tão especial?”, pensou Mariam, “o que a tornava tão fascinante? Seria a possibilidade de ver algo ainda puro, ainda intocado? Capturar a graça efêmera de uma nova estação, um adorável começo, antes que tudo aquilo fosse pisoteado e estragado?” (Pág. 80)

“– Vou ser mãe – disse ela, em voz alta. E começou a rir sozinha, repetindo aquela frase, saboreando aquelas palavras. Quando pensava no bebê, seu coração crescia no peito. Crescia e crescia até que todas as tristezas, as dores, a solidão e o sentimento de inferioridade que haviam povoado a sua vida desapareciam por completo. Foi para isso que Deus a trouxe até aqui, fazendo-a atravessar o país de um lado a outro. Agora sabia disso.“ (Pág. 82)

“O tempo podia esticar ou encolher, dependendo da presença ou da ausência de Tariq.” (Pág. 99)

“De todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar.” (Pág. 114)

“Ninguém discute a sua existência; todos curtem a sua luz, mas ninguém a encara de frente.” (Pág. 120)

“Tem coisas que se podem aprender nos livros, mas tem outras que só mesmo vendo e sentindo.” (Pág. 132)

“– E o riso dela? (...) Era algo absolutamente dominador. Ninguém tinha a menor chance diante dele.” (Pág. 132)

“Pode contar seus segredos ao vento, mas, depois, não vá culpa-lo por contar tudo às árvores.” (Pág. 149)

“O tempo porém é o mais inclemente dos incêndios.” (Pág. 161)

"Começou a achar cada vez mais exaustivas essas tentativas de evocar, de desenterrar, de ressuscitar mais uma vez o que há muito tinha morrido." (Pág. 165)

"O amor era um erro nocivo, e sua cúmplice, a esperança, uma ilusão treiçoeira. E, onde quer que brotassem essas duas flores venenosas, Mariam as arrancava. Arrancava e jogava fora, antes que criassem raízez." (Pág. 226)

"Por mais absurdo que fosse, tinha a sensação de que valera a pena aguentar tudo o que tinham aguentado, só para viver aquele momento." (Pág. 264)

"Até mesmo quem está passando pelas maiores dificuldades consegue dormir, mas quem tem fome, não." (Pág. 270)

"(..) ela tinha dito a respeito de fraturas e colisões fortíssimas que conteciam bem lá no fundo, mas que, às vezes, nós só percebíamos como um ligeiro tremor na superfície." (Pág. 288)

"Bastava-lhe estar ali, ao lado dele. Bastava saber que ele estava ali, sentir o calor daquele corpo junto ao seu, estar deitada ao seu lado, sentir a cabeça dele roçando a sua, a mão direita dele segurando a sua esquerda." (Pág. 332)

"Se tornou algo inteiramente diferente, algo mais brando, que não machuca. Como uma espécie de lenda. Alguma coisa a ser reverenciada e não explicada." (Pág. 335)

"Em poucos anos, essa menina vai ser uma mulher que pede muito pouco da vida, que nunca incomoda ninguém, nunca deixa transparecer que ela também tem tristezas, desapontamentos, sonhos que foram menosprezados. Uma mulher que vai ser como uma rocha no leito de um rio, suportando tudo sem se queixar. Uma mulher cuja generosidade, longe de ser contaminada, foi forjada pelas turbulências que se abateram sobre ela." (Pág. 353)

"Talvez este seja um castigo justo para aqueles que não tiveram coração: só compreender isso quando não se pode mais voltar trás." (Pág. 357)

Eu estou falando sério. Vamos deixar esta porcaria de cidade agora. Você a detesta, eu a detesto. Nossos pais são uns idiotas e você tem um carro.

Ela é da cidade grande. Mas sua beleza vem do interior.

Por que a visão de uma cidade que não existe mais aperta tanto o meu coração?

Adeus, cidade! Eu vou-me embora!
Eu já vou tarde. Eu vou agora!
Choveu na roça! Felicidade!
A terra flora. Bateu saudade!

Sempre que entro numa grande cidade à noite, considero com solene gravidade que todas aquelas casas fechadas e escuras encerram seu próprio segredo, que cada aposento em cada uma delas oculta um mistério, que cada coração pulsando nessas centenas de milhares de peitos esconde algum segredo para o coração que está a seu lado!
Alguma coisa do horror, até mesmo da Morte, tem a ver com esse fato. Não mais posso virar as folhas daquele querido livro que amei e em vão pretendi ler. Não mais posso contemplar as profundezas dessas águas insondáveis nas quais, à luz fugaz dos relâmpagos, vislumbrava tesouros enterrados e outras preciosidades submersas.
Estava escrito que o livro deveria fechar-se para todo o sempre, quando eu lera apenas uma página. Estava escrito que as águas se imobilizariam sob um gelo eterno, enquanto a luz brincava em sua superfície e eu me detinha, ignorante, às suas margens.
Meu amigo está morto, meu vizinho está morto, meu amor, a eleita de minha alma, está morta; e essa é a inexorável consolidação e perpetuação do segredo que sempre existiu nessa individualidade, e que eu próprio também carregarei comigo até o fim da minha vida.
Dormirá nos cemitérios desta cidade por onde agora passo alguém mais inescrutável do que é para mim qualquer de seus habitantes vivos e ativos, ou do que sou eu próprio para eles?

(Livro "Um Conto de Duas Cidades”)

A cidade amanheceu sorrindo, os jardins todos em flor, os passarinhos cantando e te saudando.

Paisagem urbana

Num ponto qualquer da cidade
trêfego
trôpego
sôfrego
bêbado.
Ele tem medo da sobriedade.

O tempo de Gotham chegou. Como Constantinopla ou Roma antes dela, a cidade se tornou um terreno fértil para o sofrimento e injustiça. Não é possível salvá-la e tem de ser deixada morrer. Esta é a função mais importante da Liga das Sombras. A que temos realizado durante séculos. Gotham ... deve ser destruída.

Ra's Al Ghul
Batman - O Início (2005)

Quando estou perdendo o controle, a cidade gira
Você é a única que sabe, você diminui isso

Se alguma vez ouve alguma dúvida
Meu amor, ela decai sobre mim
(...)

Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente.guarda roupa planejado.

John Green
Cidades de Papel

Vamos acender as luzes da cidade!

Vamos nos iluminar, essa noite todos nós enxergaremos.
Nada do escuro! Vamos acender todas as luzes, vamos deixar a lua e as estrelas brilharem sobre as nossas cabeças...
Vamos admirar todas essas luzes que nos permiti ver o que tanto as trevas gostaria de esconder de todos nós.

Vamos andar por ai mesmo que já seja tarde... Hoje temos todas essas luzes para nos guiar, vamos apenas seguir...
Não há nada o que temer, pois essa noite não se trata da "escuridão", mas se trata de todas as luzes que querem nos adentrar...

Ei, seja uma luz hoje... Seja uma luz sempre, seja o guia de alguém. Permita que pessoas enxerguem através de você.
Você apenas precisa se acender... Brilhe hoje!

De-me uma luz para me acompanhar... De-me uma luz para eu poder brilhar... De-me esse momento para sempre.
Vamos apenas acender todas as luzes dessa cidade hoje a noite!

Casinha no mato.

Essa é minha fortaleza
bem distante da cidade
por aqui tenho a beleza
da mais pura liberdade
pra quem luta por riqueza
prefiro a felicidade.

Uma chuva fina cai sobre a cidade. No rádio a canção de Gal Costa que fala sobre a poeira do caminho. Pois é. O pó das eras também viaja comigo; bem acomodado no meu banco.

Porteira


Por ela passam os sonhos de um caipira
Aquele que sai de sua terra
Para a cidade grande em busca da felicidade
Que trabalha de sol a sol
Esperando um dia voltar...

E na capital nascem seus filhos
Distantes da vida simples de seus pais
Assim vive o caipira
Saudoso e choroso pela lembrança de criança
Onde montava o cavalo...

Bebia água na fonte
Corria entre os pastos atrás dos vaga-lumes
Assim vivem todos aqueles que sobrevivem longe da terra natal
E só pensa em voltar...

E por sorte um dia ele volta
A alegria lhe salta os olhos
Ao ver os campos tão verdes
E frutas no pé...

Então ele passa pela porteira
Olha o mata-burro no chão
Nessa hora o caipira
Se sente feliz ao voltar a vida de peão...

Claro que deve haver alguma espécie de dignidade nisso tudo. A questão é onde, não nesta cidade escura, não neste planeta podre e pobre, dentro de mim? Ora não me venhas com autoconhecimentos-redentores, já sei tudo de mim, tomei mais de cinqüenta ácidos, fiz seis anos de análise, já pirei de clínica, lembra? Você me levava maçãs argentinas e fotonovelas italianas, Rossana Galli, Franco Andrei, Michela Roc, Sandro Moretti, eu te olhava entupida de mandrix e babava soluçando. Perdi minha alegria, anoiteci, roubaram minha esperança, enquanto você, solidário e positivo, apertava meu ombro com sua mão, apesar de tudo viril, repetindo reage, companheira, reage, a causa precisa dessa tua cabecinha privilegiada, teu potencial criativo, tua lucidez libertária, bababá bababá. As pessoas se transformavam em cadáveres decompostos à minha frente, minha pele era triste e suja, as noites não terminavam nunca, ninguém me tocava, mas eu reagi, despirei, e cadê a causa, cadê a luta, cadê o potencial criativo?

Quando derem vez ao morro, toda a cidade vai cantar.

Elis Regina

Nota: Trecho da letra da música "O morro não tem vez", composição Tom Jobim