Ciclo Olavo Bilac
Há uma diferença abissal entre imitar criativamente a linguagem do povão e falar nessa linguagem por incapacidade de manejar qualquer outra. Os santarrões que não percebem essa diferença, confundindo Louis-Ferdinand Céline com Costinha, fazem, ao contrário, imitação kitsch da linguagem culta, ostentando em público a sua ignorância presunçosa sem notar o que ela tem de radicalmente imoral.
"Também é só no Brasil que 'linguagem vulgar' significa 'palavrões'. Se a vulgaridade de um texto se medisse pelo número de palavrões que contém, os escritores mais vulgares do mundo seriam Rabelais, Jean Genet, Louis-Ferdinand Céline e Henry Miller, todos merecidamente reconhecidos como clássicos."
"Poética, Retórica, Dialética e Analítica são quatro tipos de discurso, de pensamento discursivo, portanto também os nomes das ciências e técnicas respectivas. 'Estética' é o estudo de um universal abstrato, o 'Belo', e não de um tipo de discurso. Trocar Poética pela Estética é apenas um desejo arbitrário que destrói a coerência lógica da classificação aristotélica. Qualquer principiante tem a obrigação de perceber isso à primeira vista."
Toda fórmula ideológica pessoal compõe-se de um amálgama de preferências e repulsas variadas, umas referentes à política, outras à moral, outras à religião, outras à vida econômica e assim por diante. Esses vários elementos não formam quase nunca uma unidade coerente, embora tendam à coerência como numa assíntota, aproximando-se dela sem jamais alcançá-la. Tal esforço de coerenciação denomina-se, precisamente, filosofia, uma atividade que, pela própria natureza, é constante e sempre inacabada.
"A tendência quase incoercível da mente humana é se refugiar na banalidade para evitar os grandes dilemas, os grandes conflitos. Quer dizer: o sujeito se fazer de pequenininho, se fazer de inocente, para fingir que não sabe o que está realmente em jogo na sua vida. Particularmente na cultura brasileira, esse é um dos elementos mais permanentes, e de maior peso, de maior impacto na mente das pessoas. [...] Isso aí é de fato o medo da responsabilidade da existência. E esse medo impede que as pessoas cheguem à maturidade -- elas ficam num perpétuo estado de puerilismo moral, intelectual, espiritual etc."
"Platão dizia que 'verdade conhecida é verdade obedecida'. Tão logo você enxergou nitidamente que certa conduta é má, tem de evitá-la por todos os meios. Até lá, tem uma certa margem de erro justificado, como exigência inerente à própria noção de aprendizado, com a condição de confessar o erro tão logo o tenha percebido como tal e de não teimar nele depois disso. Quando você descobriu o que é bom, não o largue por dinheiro nenhum deste mundo."
"Se houvesse um ensinamento voltado ao desenvolvimento da inteligência, ele teria de, antes de mais nada, acostumar o aluno a desejar a verdade em todas as circunstâncias e não fugir dela. Portanto o exercício da inteligência possui necessariamente um lado ético, moral. Platão dizia: 'Verdade conhecida é verdade obedecida.'"
O Brasil é o país do gênio prematuro, degradado em
bobalhão senil logo na primeira curva da maturidade
“Experimentai de tudo, e ficai com o que é bom”,
Experiência, tentativa e erro, constante reflexão e revisão do itinerário , são
os únicos meios pelos quais um homem pode, com a graça de Deus, adquirir
conhecimento
O jovem, é verdade, rebela-se muitas vezes contra pais e professores, mas é
porque sabe que no fundo estão do seu lado e jamais revidarão suas agressões
com força total. A luta contra os pais é um teatrinho, um jogo de cartas
marcadas no qual um dos contendores luta para vencer e o outro para ajudá-lo a
vencer.
No Brasil, cultura e inteligência são coisas para depois da aposentadoria,
quando todas as decisões estiverem tomadas, quando a massa de seus efeitos
tiver se consumado. Aí, o cidadão pensará em adquirir conhecimento, que a essa altura, só servirá para lhe informar o que deveria ter feito e não fez.
O erro em que incorre quem toma literalmente a sério expressões como “democracia econômica” ou “democracia social” vai muito mais fundo do que um mero deslize semântico. Pois a transposição da idéia democrática para outros campos além do político-jurídico, em vez de estender a esses domínios os benefícios que a democracia assegura no seu domínio próprio, resulta apenas em ampliar o domínio político-jurídico: tudo se torna objeto de lei, tudo fica ao alcance da mão da autoridade.
"Todo livro que você lê foi um dia uma vaga idéia na cabeça do autor, depois um longo trabalho de construção, destruição e reconstrução até consolidar-se em obra pronta, depois uma carreira editorial seguida de longos debates entre leitores, críticos e escritores em geral, até formar uma certa imagem relativamente estável na constelação dos fenômenos culturais e multiplicar-se em reedições e traduções."
Todo conhecimento começa com a percepção de alguma analogia. Analogia é uma mistura de semelhanças e diferenças vistas confusamente, como se formassem a unidade de uma coisa, de um fenômeno, de um processo, de uma qualidade. A analogia, uma vez verbalizada, corresponde àquilo que em lógica se chama 'síntese inicial confusa'; dito de outro modo, um símbolo não analisado. A análise descasca as várias camadas de significado embutidas no símbolo, separa alhos de bugalhos, e reconstrói a articulação dos elementos numa 'síntese final distinta'. É só então que se possui um conceito cientificamente viável daquele ser, fato ou processo.
A linguagem da propaganda e da demagogia foge da análise, como o diabo da cruz, e se contenta com a síntese inicial confusa, com o símbolo não analisado, precisamente porque não quer chegar à compreensão de coisa nenhuma, mas apenas produzir, por efeito da confusão mesma, alguma emoção tosca na mente da platéia.
"Que é remorso? Um sentimento de culpa desesperador.
O arrependimento é um sentimento de culpa acompanhado de alívio, de esperança de poder resgatar de algum modo o que foi perdido."
"Se tudo o que existe no universo é uma combinação fortuita de elementos materiais sem consciência, as palavras de quem o diz também são."
Volta e meia encontramos patifes que, por terem colocado suas vidas a serviço de uma facção política – seja por genuína convicção ou por interesses menores, pouco importa –, não são capazes de conceber motivações superiores às suas, e explicam os nossos atos como se fossem os seus próprios com sinal partidário invertido.
Vocês têm de ser a favor de uma só coisa: a favor da filosofia; entendida neste sentido: como [a busca da] unidade do conhecimento na unidade da consciência. Ou seja, a filosofia como consciência responsável – o conhecimento, a aquisição de conhecimento, a transformação desse conhecimento em consciência e dessa consciência em responsabilidade. É só a favor disso que você tem de ser.
A esquerda brasileira — toda ela — é um bando de patifes ambiciosos, amorais, maquiavélicos, mentirosos e absolutamente incapazes de responder por seus atos ante o tribunal de uma consciência que não têm.
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