Charlie Chaplin Dor
No trauma, somos prisioneiros de nossa própria experiência que anseia por um significado, um todo vivido, uma vivência que deveria ter sido completada, com sentido, mesmo que dolorosa, porém libertadora.
Dói quando perdermos o nosso amor ainda com vida
Dói quando perdermos a expectativa de estar com a minha amada
Dói muito quando lembro dos nossos momentos juntos e de não poder acontecer mais
Dói muito quando penso que vou dormir sem ouvir a tua bela voz novamente
Mas o que mais me dói, é de achar que não fui importante para você
Sou Tudo e o Nada. O Perfeito e o Imperfeito. O Contraste e a Contradição. Sou a Complexidade do Universo.
"Aquele dia em que você quer ir embora, mas não sabe o destino.
Aquele dia em que você quer pensar e tenta pensar em qualquer coisa menos na palavra 'desistir’.
Mas esquece que pensar demais cansa, desgasta, não te deixa dormir.
E se isso vira rotina… o dia nublado começa.
Aquele dia em que levantar da cama é doloroso.
E o teto parece ser tão atrativo de se olhar..."
Um dia tu me disseste que jamais me deixaria
Um dia prometeste que pra sempre me amaria
Um dia me ganhaste, com tua doce melodia
Um dia eu acreditei, então me enganei
Quando enfim reparei, o que sempre duvidei
Por dias me questionei, aonde eu errei?
Eu gritei, eu mostrei, eu te indiquei
Você ignorou, duvidou, e me acalmou
Para que tudo isso? Se um dia abandonaria
Para que tanto esforço? Se um dia me destruiria
E no fim mudou, quem é este? Quem é você?
Não há mais melodia, não há mais sintonia
Meu coração escurecido então se esfria
Meu coração já não dirigia as rédeas da minha vida
Então retornei
Para aquilo que sempre acreditei
Ser meu guia nesta intensa poesia
Apenas dei adeus, quisera eu querer voltar
Mas como posso eu voltar?
A quem não sabe me amar?
A quem diz tentar me amar?
A quem sem dó me tratou como pó?
Como posso eu voltar?
A quem prometeu me proteger, do meu pior pesadelo?
Como posso eu voltar?
A quem se tornou o meu próprio pesadelo?
Oh doce perdão, aonde foste quando te procurei?
Oh doce amor, o que te fiz para me machucar?
Oh doce amor, me perdoe por duvidar
Da pureza do teu ser
Da doçura do teu viver
Oh doce amor, me perdoe por duvidar
Mas meu coração não pode mais aceitar
Usarem você
Como uma amar para me matar
Sabe quando a gente puxa o ar dos pulmões antes de mergulhar na água? É assim que eu me sinto quando passo por sua rua…Puxando toda e qualquer informação visual possível na tentativa de guardar até ver de novo. E antes disso, meus olhos correm de um lado para o outro na esperança de te ver. Na inútil esperança de te ver. No fundo, eu sei que você não tá por lá …
Eu preciso respirar de novo, não posso ter medo da água, tenho que passar por ela e respirar.
Você esta cravada na minha alma, eu nunca vou conseguir, poder ou se quer tentar te esquecer. Nunca mais, não vou te esquecer, porque te amar e a única coisa que me traz esta coisa boa do amor, que me traz esta felicidade, que me traz esta vontade de sorrir e de chorar, esta vontade de sentir e de amar de novo.
O fardo de saber como e a vida adulta antes da hora, e como pensar que acordamos todos os dias sabendo que um dia não vamos acordar de novo.
Alguém que entenda meu coração de poeta?
Que chora tantas dores, vive tantos amores e na solidão, as vezes faz festa
Que sofre calado
Bate alarmado
Transbordando esperança
Quando nada mais resta.
Sabe o bolo?!
Ele acabou...e... eu tenho medo...
acreditava no Final Feliz de histórias encantadas, mas às vezes, o fim não é quando acaba, mas sim quando não se sente.
A vida acaba quando não é sentida.
A felicidade tem um fim quando não é sentida.
Trauma é uma vivência subjetiva onde ocorreu um impacto psicológico significativo e que causou uma ruptura na estrutura psíquica em que o indivíduo necessita de um processo de readaptação para que esta mesma estrutura sobreviva de maneira funcional.
O assunto “perdão” é um tanto complexo...
Já me perguntaram como pode alguém perdoar e não querer mais conviver com a pessoa que perdoou; pois “o perdão é esquecer o que passou, retomar a confiança e recomeçar”. Mas, será mesmo? Será que isso funciona na prática, como parece ser tão simples assim na teoria?
Pode ser que funcione, dependendo das pessoas envolvidas, do que aconteceu, no que resultou e na forma que se deu (ou que se pretende dar) a reconciliação.
Tanto o perdão, como a confiança e as relações humanas são coisas muito sagradas para serem conduzidas de forma tão banal e superficial, como geralmente acontece quando isso tudo não é verdadeiramente sincero e levado a sério.
Não é simplesmente esquecer, “colocar uma pedra em cima” ou “passar uma borracha” como muitos gostam de falar e fazer. Primeiro porque o perdão não gera amnésia. Segundo que, “colocar uma pedra em cima” é coisa de quem não quer assumir responsabilidades, tal como “passar uma borracha” é querer fingir que nada aconteceu. Não me parece algo sincero, confiável e duradouro.
O perdão sincero, que vem do coração e que a Deus não engana, é o que transforma os nossos sentimentos, desejos e atitudes. E tal transformação começa em reconhecer os erros e se arrepender.
Não existe perdão sem arrependimento, pois o ato de perdoar e ser perdoado é profundo e divino!
Para isso, é preciso encarar o processo que o feito necessita. É como curar uma ferida mal cuidada: tem que reabrir o machucado, higienizar, esterilizar, medicar, fazer o curativo e repetir o procedimento até que se feche completamente sem deixar sequelas. Não basta assoprar para aliviar a dor. É preciso mexer (e vai doer!) até cauterizar o dano. É um processo que requer tempo, paciência e persistência.
No entanto, nem todos tem a coragem e a força de passar por este processo de cura e restauração. Nem todos acreditam que isso seja necessário, muito menos querem encarar o espelho da verdade, preferindo assim o atalho da superficialidade e da falsidade.
É por essa razão que o perdão não necessariamente requer reconciliação. É possível perdoar e não mais se relacionar, uma vez que a convivência não é garantia de nada, já que tem gente que convive muito bem com a hipocrisia. Fora que a confiança, quando se desfaz, não é algo que facilmente se regenera. E quando recupera, nunca mais volta a ser como antes, nem a confiança, nem a relação.
Há pessoas más, que fingem arrependimento e amor, que são mal resolvidas e vivem um verdadeiro inferno dentro delas, levando o caos por onde passam. Parece que não vivem, se não provocarem uma intriga, uma confusão e uma maldade. É impossível viver em harmonia e em paz com pessoas desse tipo. Você nunca pode ser o que é, porque ser você é uma ofensa para essas pessoas. A relação jamais será verdadeira e sadia.
O perdão não nos obriga a conviver numa relação nociva, com pessoas que não enxergam o mal que está nelas e que ainda se fazem de vítimas tentando transferir (responsabilizar) este mal para você ou para os outros. Pessoas que não sabem viver sem ferir as outras. Se alimentam e se satisfazem da dor alheia. Como os vampiros: seduzem, dominam, sugam, enfraquecem suas vítimas e depois de conseguirem o que querem, as rejeitam.
Portanto há casos que, para perdoar, muitas vezes é necessário manter distância, não mais se relacionar. Assim sendo (e como cada um sabe das próprias dificuldades e fraquezas), o perdão se passa entre você e Deus.
Eu estou no meu limite
Enlouquecendo aos poucos
De repente tudo parou de fazer sentido
E eu queria apenas desaparecer.
Porque tudo precisa ser tão difícil?
E quem deveria estar ao seu lado é quem mais te julga.
Eu olho para fora e não vejo nada.
Nem cores nem formas.
As coisas estão escorrendo pelo ralo.
A espera, o tic tac do relógio só parecem evidenciar o meu fracasso.
E a dor passa a ser insuportável.
Ás vezes tudo oque eu queria era dormir,e acordar em uma época onde tudo já deu certo; e tenha acabado o sofrimento.
Está vendo essa rosa, moça?
Por trás dela havia uma ferida,
que latejava... doía.
Mas ela cicatrizou.
E foi sobre essa cicatriz
que eu Floresci.
Moça, não há nada muito quebrado, que Deus não possa consertar. Nem ferida tão doída, que Ele não saiba curar.
Mas Ele quer lidar com o seu coração sozinho,
Sem nada te afastando Dele.
Então você tem que deixar ir o que dói.
Para de olhar para o seu machucado.
E olha pra Ele
Ele também tem um plano separado para você e é lindo. Busque a vontade de Deus acima de tudo.
É só nEle que você florescerá.
TUDO LONGE (fado)
Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar... as tuas lembranças!
Que são lágrimas em rodopios e em danças
na minha saudade. Você está ausente!
Só o cheiro dos teus beijos nos lábios presente
Insistente: - num poema, num verso, num canto
uivando o acalanto, tanto, me jogando num canto
Nem o teu calor, o teu amor, aqui posso tocar
Você está longe... como nostálgico não ficar?
Ai está dor, este pranto, este manto, ai...ai... ai...
não me deixes tão distante, solidão... vai... vai...
A dor do amor sozinho, é tristura grande
que invade a alma, de quem é amante
Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido...
Me ponho ao vento por ti clamar:
- como é bom poder te amar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de agosto de 2019
cerrado goiano
