Charles Chaplin Poemas sobre a Tristeza

Não podendo suportar o amor, a Igreja quis ao menos desinfectá-lo, e então fez o casamento.

Ninguém pode achar que falhou a sua missão neste mundo, se aliviou o fardo de outra pessoa.

O moralista é como um sinal de trânsito que indica para onde se pode ir para uma cidade, mas não vai.

O homem, em sua arrogância, pensa de si mesmo como uma grande obra, merecedora da intervenção de uma divindade.

Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.

O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar.

A gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria evocatória; as palavras ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua majestade substancial, o adjectivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso á frase.

Manejar sabiamente uma língua é praticar uma espécie de feitiçaria evocatória.

Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo.

A natureza dá a cada época e estação algumas belezas peculiares; e da manhã até a noite, como do berço ao túmulo, nada mais é que um sucessão de mudanças tão gentis e suaves que quase não conseguimos perceber os seus progressos.

Todo o homem saudável consegue ficar dois dias sem comer - sem a poesia, jamais.

Todo o segredo da arte é talvez saber ordenar as emoções desordenadas, mas ordená-las de tal modo que se faça sentir ainda melhor a desordem.

O homem, com suas nobres qualidades, ainda carrega no corpo a marca indelével de sua origem modesta.

Eu acredito que a disseminação do catolicismo é o meio mais horrível de degradação política e social deixado no mundo.

Existem duas espécies de idiotas: aqueles que não duvidam de nada e aqueles que duvidam de tudo.

As nações não têm grandes homens senão contra a vontade delas - assim como as famílias.

Que há de mais absurdo que o progresso, já que o homem, como está provado pelos fatos de todos os dias, é sempre igual e semelhante ao homem, isto é, sempre em estado selvagem.

...os homens casados, os pais de família, esses grandes aventureiros do mundo moderno.

A poesia não está nem nos pensamentos, nem nas coisas, nem nas palavras; ela não é nem filosofia, nem descrição, nem eloquência: ela é inflexão.

Há que trabalhar, ainda que não seja por gosto, ao menos por desespero, uma vez que, bem vistas as coisas, trabalhar é menos aborrecido do que divertirmo-nos.