Cerveja
Após algumas cervejas
Só restava-nos visitar as paredes riscadas
Daquele banheiro de bar
Cada frase nela escrita era uma lição
Poetas anônimos e embriagados
Sempre possuem caneta na mão
E eu bêbada franzindo a testa
Cerrando os olhos para entender
O que significavam
Aquelas frases soltas e misturadas
Te ouvir
Toca
Mexe comigo
Bagunça Juízo
Fantasia
Lua e cor
Sorvete
Pipoca
Cerveja
Mel
Pedaços do céu
Doces de amor
Lambuza
Gira
Roda
Pirueta
Lua
Tom
Tardes
Café com leite
Poesia
Livre, leve...
Melodia
Som !
Se pra me amar você não serve
Pra beber deixa que eu me sirvo
Cerveja quente e mulher que não ferve
Não indico pra nenhum ser vivo.
No meu copo quero espuma
Loira suada, gelada a zero grau
Porque se não a cobra fuma
Eu faço um fusuê no carnaval.
Seja no copo, na latinha ou no gargalo
A cerveja vai pro ralo
A boca beija, eu deito e rolo
Na quarta feira
Depois do cantar do galo
Aí é que eu quero colo.
O copo vazio de cerveja e o cinzeiro com cinzas não fazem jus a uma cabeça cheia de pensamentos e devaneios.
Quem sabe um dia, a gente se encontra em algum lugar, toma umas cervejas e lembramos daqueles dias em que passamos juntos principalmente daquele dia em que você brincou e me perdeu.
Sou testemunha da sua grosseria
O ruim disso é que você não é minha
Me refresque como uma cerveja fria
Deixa eu provar da sua sorveteria
Paquera comigo é assim: chamo logo pra tomarmos uma cerveja ou, quem sabe um sorvete. Não dá pra ficar perdendo tempo tentando ser diferente.
Sabe qual é a pior dor do vazio ? é quando a garrafa da cerveja está vazia e sua carteira tá pura...
Houve uma época em que os homens só sabiam ler jornal, fornicar de beber cerveja, hoje fazem as mesmas coisas, só retiram o jornal da lista..
CONFIDENCIAS
I
Partiu o coração e chorei
Depois de dois copos de cerveja
Seria três
Mas não deu
Eu não estava bem
Talvez por pensar que o mundo
Fosse feito de flores
Ciente que os espinhos que nela existe
Seja a proteção para as suas pétalas
Eu ainda não resisto em lhe chamar de meu amor.
II
Mesmo que eu não tenha chorado
E não tenha pensado nessa flor
Que morre para nascer outras flores
Prefiro me agasalhar nas flores de seu corpo.
III
Mas não a cheiros
Nem o seu gosto flor
Não existe você flor.
IV
Percebo muitas flores nascendo pelo caminho
Com os seus espinhos bem trançados.
V
Vejo você nascendo flor
Em pele brasa
Desejosa de outros carinhos
Eu abro os meus braços e te solto
Eu te abençoo flor
Vá em paz minha flor
Eu te amo flor
Siga o vento em seu coração
Seja.
-
Jamil Cioffi Siqueira
08 de dezembro de 2013.
Me beije enquanto a nossa cerveja esquenta. Ame comigo enquanto o café que te levarei à cama, esfria. Me aprume com seu esquadro, enquanto redecora meu coração em pedaços. Porque os seus beijos têm sabor de futuro próximo. A textura macia dos seus lençóis brancos me envolvem ao seu corpo quente e aos seus olhos castanhos feito o fogo, como nuvens no cume de um vulcão.
Arquitete comigo espaços invisíveis, cenários de uma paixão tão visível que todos em volta se inspirem com a nossa conexão.
Dance comigo músicas inaudíveis, mas que as suas notas soem tão alto que vibrem as janelas dos prédios ao redor, sendo abafadas apenas pelas nossas risadas e suspiros de prazer.
Veja comigo o que ninguém mais vê, olhe através dos meus olhos... que eu sentirei através do seu peito o que a sua timidez cala, mas o encaixe dos nossos dedos revela.
Leia nas minhas páginas em branco o que nenhuma outra foi capaz de ler, que eu escreverei na sua pele arrepios. E nos seus dias, lindas histórias nunca antes contadas.
Eu não posso te prometer a imortalidade, seu peso em ouro, ou que todos os dias o céu esteja limpo e a luz das estrelas brilhem sobre o seu sorriso. Mas posso prometer toda criatividade de um coração inundado de sentimentos. E que, comigo, os seus dias nunca mais serão iguais.
Haverão dias nublados e haverão noites chuvosas, mas eu sempre serei o abrigo contra o frio, que você mesma projetou.
Tudo isso de uma vez, agora, nessa fração de hora que separa o Instante do Eterno. Tudo isso enquanto o seu café esfria. E nossos corações se esquentam.
- Demetrius Suirtemed (cineasta)
...tenho agora vivido dias sem café, sem cigarro, sem cerveja agora se juntaram aos meus outros dias em que estava sem ver a família de perto, sem abraços amigos, sem uma caminhadas pelas ruas da cidade, uma feirinha com cheiro de pastel frito...
Tem sido assim os últimos 337 dias pandêmicos de isolamento social que iniciei em 16 de março de 2020.
Mas eu tenho lembranças guardadas pela casa e tenho passeado com elas pela imaginação.
Os meus objetos remanescentes estão me ajudando a superar os dias. Cada um deles remetem-me à consciência como foram abordados em suas origens.
Fico mais tranquilo ainda por ter em cada lembrança a consciência tranquila em ter feito o meu melhor pelos outros e recebo esse carinho de volta com mensagens diárias.
Acordo diariamente, preparo o meu lanche e refeições, cuido da casa e faço contatos, escrevo, leio, escrevo, reflito, revejo fotografias, faço postagens em redes sociais, interajo com amigos por meio de ligações com imagem e som, participo de festas virtuais, sarais de poesia e música, enfim, descobri uma forma de movimentar a mente, igualmente...
E sigo sereno, apreensivo com a situação do vírus lá fora, sempre alerta com os meus amigos e familiares que precisam de algum reforço em seus orçamentos familiares, olhando para os lados para ver se alguém precisa de um remédio ou alimento.
Tenho me surpreendido como os bons ficaram mais sensíveis ao seu semelhante e como os maus estão cada vez mais ásperos e insensíveis. Não consigo ver se é uma força do tempo, que evidencia em maiores proporções o campo de visão ou se isso realmente é um excesso.
Às vezes, me assusta também as sorridentes fotografias de pessoas comuns em espaços públicos diante do caos público que assola o planeta. Que tipo de mensagem essas pessoas pensam que estão emanando? E os banquetes mostrados em redes sociais enquanto pessoas passam extrema necessidade....?
Essas mesmas pessoas, algumas vezes, criticam a falta de compaixão do Governo, quando elas poderiam ser mais empáticas, evitando a ostentação. E não é porque eu ajudo "silenciosamente" que eu tenho uma autorização moral para atos fúteis diante do caos mundial que se instalou, principalmente no meio dos mais carentes e necessitados.
Além da situação econômico financeira das pessoas, há pessoas em profunda depressão e outras agonizam em suas casas e hospitais por conta deste terrível vírus que invadiu o ar do nosso planeta.
Hoje cedo li: "Como alguns podem ficar alegres se outros estão tristes?" referindo-se ao termo africano "ubuntu". Isso é um termo cultural com significado fantástico para a humanidade. É possível até arriscar que para chegar ao "ubuntu" devemos utilizar a empatia como ingrediente, não esquecendo de acrescentar a fraternidade, a caridade, o amor, a resiliência, o perdão e tantos outros atributos que possam nos permitir criar pontes entre os seres humanos.
Estes meus dias de sequelas por infecção de covid que me deixaram sem paladar para degustar um cafezinho matinal se tornam tão fúteis diante de tantas outras prioridades necessárias ao meu redor, sendo que a maior delas é o pulsar da vida e do contato humano.
Ubuntu para você e ubuntu para toda a humanidade....
Deixa que eu te levo em casa hoje
Toma comigo um café ou uma cerveja,
o que menos te lembrar desse dia ruim
Me fala das suas ideias descabidas sobre os universos
que eu juro não vou rir
É sério
Como foi mesmo aquela vez
que tu viu extraterrestres cor de rosa?
Gosto de te assistir desconcertar
Depois que você ri e cora
me curo de todos os males
Me aceita no seu mundo, vai
Deixa eu experimentar o seu planeta
não é você que adora um alienígena?
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