Cerveja
Eu sei que estou no meu quarto copo de cerveja e que o nosso amor não é pra essa vida, mas deixa eu acreditar, só um pouquinho, que estamos reservados para algo além do que somos.
Te vejo sendo tão infinito e isso não é normal. Quase sempre me pergunto por que você brilha tanto, me perdendo em meio a teorias ensaiadas. Eu tenho um jeito brega de metaforizar as tuas características mais comuns.
Quinto copo. E a memória senta ao meu lado na mesa, me parecendo uma segunda pessoa.
Você me sorriu pela última vez, como se posasse para uma fotografia. Eu aperto firmemente os olhos, arquivando-a em meus pensamentos. Ela ocupará o seu lugar.
Repartimos a conta. Repartimos a vida e até mesmo o céu estrelado. Deveria existir uma constelação que abrigasse todas as estrelas que já nos observaram sorrir, despreocupados, achando que aquela madrugada de sábado duraria para sempre.
Em você eu vejo a passagem de fuga da realidade que não gosto. Arrisco-me ao dizer que consegue desafiar a lógica quando me instiga a ter receio do nosso oitavo fim, tipo aqueles fins que necessariamente nunca se acabam.
Pois, no meu mundo, não há verdades absolutas. Você sempre será a minha controvérsia.
Mais cerveja. E eu alucino. Te encaro, devoro. Não ligo se a multidão dos teus desafetos me pisotear.
Mergulho nas águas do apego e quase me afogo com todas as palavras que nunca te disse.
Não me assusto. Nunca fui de me vestir com os erros dos outros, com os seus não seria diferente.
Fui sincera na mesma intensidade em que pensava em planos infalíveis, sempre saindo da história como a vilã que enlouquece no último capítulo.
Você recua um passo quando eu exijo nada menos que um final feliz.
Mas ainda estou no bar. Eu e a minha memória. Eu, minha memória e o copo de cerveja.
Então percebo que você percorreu os meus labirintos, encontrou os pontos fracos e, como quem tem todos os mapas, descobriu sentimentos em mim.
Sentimentos são cidades fundadas dentro do peito. Inabitadas, cercadas de concreto e flores. Sentimentos são frágeis; saiba preservar. Cuidado com os escombros. Tente reflorescer.
Mais um copo. E ainda tenho muitos tijolos para recolher.
Você me atingiu em cheio, trazendo nos olhos fundos a artimanha de me fazer pensar em qual ponto do caminho falhei por nós. Você! Com essa sua indiferença que carrega na lábia a espontaneidade de quem nunca tem nada a perder. Que enfia os pés pelas mãos com a sutileza de quem sente prazer em correr riscos.
Qualquer palavra etérea sai da sua boca em tom de você-diz-isso-para-todas. Solto um sorriso amarelo; sei que é verdade. Bem, honestamente, você já provou todos os gostos. E eu aqui. Tão cerveja. Tão memória. Tão louca. Acreditando que é conspiração quando você entra na minha vida de qualquer jeito, mesmo que não queira fazer parte dela.
Talvez, bem lá no fundo, você precise de alguém que tope entrar em coma emocional pelas tuas loucuras. Talvez você precise do meu lado fraco, dos suspiros e da minha insensatez. Precisa do meu caos e da destruição em massa que ocorre dentro das minhas cidades. Precisa sentir o abalo e as trepidações enquanto sussurra no meu ouvido frases nada inéditas.
É. Mais um gole com gosto de ausência. Mais um céu sem estrelas.
Mais um amor que não é pra essa vida.
Quase divino
O nascer do filho provoca o sorriso,
A rodada de cerveja está garantida.
Os filhos são bênçãos de Deus,
Para todos os homens da terra.
Na infância o Pai é o nosso herói,
Na adolescência já está quadrado,
Na juventude acerta alguma coisa,
Na maturidade sabia de quase tudo...
Quando nada parecer dar certo,
Quando a noite se tornar longa,
Apesar da maior idade, ele está perto!
O nosso pai nunca nos abandonam...
Em agosto, o segundo domingo.
É um dia para não ser esquecido!
Por mais bronco que seja o indivíduo,
Sendo Pai é quase um ser divino.
Não desmereça o seu Pai.
Aproveita enquanto o tem por perto!
Quem já perdeu sabe o quanto é ruim,
Viver sem esse afeto!
Minha inspiração hoje está mais aguçada !
Na mão um copo de cerveja
No coração,
O dono dos meus sonhos...
Ao som de Alexandre Pires
"...Nem que leve a vida inteira eu quero ter você..."
Meu querer é assim, meu desejo é assim.
Nunca fui de ficar de mão em mão
Meus amores conto nos dedos !
“Beber cerveja é fácil. Destruir seu quarto de hotel é fácil, mas ser um cristão é uma escolha difícil. Isso é rebelião.”
Hoje é sexta feira
A cerveja com cara de fim de semana
Dia de leveza, falar bobeira
Ver as horas de forma insana
Vestir a alma de anseio, de baladeira
Porque hoje é sexta feira...
Que não tem nada de santa
Pois agiganta a vontade rueira
Os goles zoeira na garganta
E os convites companheiros
É sexta feira! Somos brasileiros...
Bom final de semana!
Instante mágico
Sentados na calçada, abrimos a última cerveja. A mágica noite ia ficando na eternidade. Não havia mais nada a ser dito. O silêncio continha todos os sentimentos do mundo.
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cerveja
Vem ser, me veja
Que eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de cachaça
Graça acha
Se eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Há uma garrafa
E um copo de uísque
Me Leminski
Eu quero lhe amar
Se em suas mãos
Restou o vazio
O coração frio
O escuro calado
Que nem o silêncio fala
É nessa hora, que eu vou
Lhe amar.
Gabriela Oliveira
insta: @sejaamodaantiga
Uma coisa que me irrita nos dias atuais é a comparação (de baixo nível intelectual, com cerveja), em tirinhas, de pessoas que cultuam o corpo e o intelecto. Deixem os marombas serem marombas, deixem os estudiosos serem estudiosos, seus falsos recalcados.
Estava indo esquecer você. No caminho parei para tomar uma cerveja e esqueci o que ia fazer. Sempre que vou esquecer você acontece alguma coisa pra eu esquecer o que vou fazer. É assim mesmo... confuso.
"Ele gosta de cerveja e pizza...
Eu gosto de queijo e vinho...
E de nós dois, ninguém sabe da missa o terço...
Mas, nosso amor é tão bonito!
☆ Haredita Angel
Depois da pesquisa feita com a cerveja, onde ela é mais eficaz contra dores do que paracetamol, vou beber menos, pois estou com medo de ficar anestesiado.
Eu me desafiava
Toda vez que comprava um fardo
De cervejas
Geralmente eu conseguia beber duas
Em dois minutos
Até chegar em casa
E no fim, sempre era eu
Competindo comigo mesmo
Competições estúpidas
E arrumando desculpas
Pra não enfrentar o que eu tinha que enfrentar
A maioria acha que sou um personagem
Que não sente dor
E não se magoa
Ou que só amou uma vez
Gastou poemas
E não ama mais
Ontem tive uma boa foda
E hoje eu não tenho assunto
Com nenhuma pessoa
Tudo parece pela metade
Mas
Ainda há os comentaristas de poemas
E os bêbados amadores
De sábado
As mesmas pessoas
Os mesmos roteiros
E o mesmo sorriso idiota na cara
Carregando
Debaixo do braço
Um pote de merda
Que fede perfume caro
Mas ainda é um pote de merda
Ainda
No caminho de volta, com as cervejas
Uma criança e sua mãe
Vinham ao meu encontro
Atravessei a rua, porque devia
Mas sabia que sempre assusto as pessoas
Eles deram meia volta
Foram as pessoas mais inteligentes
Que encontrei hoje
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