Cerrado

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Estava lá eu sentado a sombra de uma arvore só e numa área de cerrado olhando pro céu cinzento de chuva esperando meu espírito deixar meu corpo e ter então a liberdade no último segundo de vida pude ver uma flor se abrindo a meu lado.

Inserida por UbervalBrujah

CERRADO CENTRAL

Te conheci menina
Andei pela sua adolescência
Vi seu lado mulher, quem diria
Hoje com 58 é senhora, é consciência
Vestida de elegância na primavera
Pelos coloridos Ipês
Pois é no quarto mês, que completa era
Suas conhecidas tesourinhas
Que fazem tontear, as asas do Eixão
É o lago Paranoá
Quem olhar do alto
Ver um avião pousar
Do chão olhando pro céu
Você enxerga o mar
Se sorte ou azar?
Morar no planalto central
Com suas adversidades culturais
Aqui tem o resumo do Brasil
Onde se concentram administração
É lá, que dá a diretriz
Coração do país.

Inserida por Negro_Vatto

frio no cerrado

De súbito este frio a intervalar
e vento soprando no cerrado
frio, frio, frio, e muito gelado
o sol lerdo, não quis alvorar

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

O amor é abochornado como o cerrado
escabroso, é chama no peito enfado
flexuoso, um perpassar aos enamorados.
Devaneio apurado, árido, sequidão aos lábios molhados
Aos corações, sulcados...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poesia e o poeta

Lento o tempo passa no cerrado
Passa numa aflição acelerada
Arremessando a alma numa cilada
Onde evoca o estro do passado

No alvo papel não tem nada
O lampejo enrugado maltrata
E o tempo na poesia, pirata
Ensaiando asas para revoada

E na lira inocente e árida rima
Vacila a desmedida emoção
Querendo virgem inspiração
Onde o verso treta e aproxima...

A poesia do poeta

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Só de ouvir as rajadas do vento, no cerrado, valeu eu vir...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano)

Inserida por LucianoSpagnol

Se o desalinho é o retrato do cerrado, preserve cada torto galho, cada árido cascalho. Só assim teremos a beleza alinhada no desgrenhado.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Passei pelo cerrado
- direi:
um por do sol versado.
Encantei

Inserida por LucianoSpagnol

Vidão

Ramerrão na estrada
De chão cascalhado
Casas na beirada
Na beira do cerrado

Passa lento a lentidão
Devagar que dá canseira
O vento sopra mansidão
No cerrado de lombeira

Pasmaceira de vidão...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

É noite no cerrado

Cai a noite no cerrado
E o silêncio floresce
Estrelas lado a lado
Da lua que se oferece

Junto vem a melancolia
Inundando o imaginário
De sonolenta monotonia
No poetar de um solitário

Já não se ouve a vereda
Comigo o breu algemado
O sono na inação enreda
Na noite que cai no cerrado

Luciano Spagnol
Fim de maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Eu sou o que fui, mais no que serei
(pelo menos tento),
Um matuto que no cerrado deixei
Na diversidade sou igual ao vento
Sem visibilidade, mas com percepção
Brisa e vigor. Se assim eu não contento
Sinto muito, sou eu: amor, letra e canção.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Cuide de quem um dia cuidou de você.
Gratidão não é clichê...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Nada é fácil no fado
Se está fácil
Tudo está errado...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Que não se tenha pressa
Mas também, não atrase a remessa

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto do inverno no cerrado

O cerrado amanhece no inverno
Dias mais frios, frio árido e tardio
A sequidão no seu ápice bravio
E as manhãs num vento galerno

Em enigmática bruma sobre o casario
Com o sol dessemelhante e alterno
E a sensação de frescor sempiterno
O cerrado se faz em mistério e fastio

O verde transfigura em cinza superno
O céu se enroupa tremulante e alvadio
E as temporãs flores finta o quaterno

As folhas hibernam num cerrado vazio
Tão ébrio, gélido e de um poetar interno
Numa canção de chuva qualquer e estio

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
01 de maio de 2016

Inserida por LucianoSpagnol

BANDEIRA NORDESTINA!

Na caatinga ou no cerrado
no sertão ou no agreste
por esse Brasil amado
cortei Sul... tracei Sudeste
levando o manto sagrado
da bandeira do nordeste.

Inserida por GVM

Adeus ao cerrado

Oxalá
Que eu volte então
Para o poetar de lá
E assim na retribuição
Só saudade sinta de cá

Oxalá
Que de lá eu só despeça
Em breves idas ali e acolá
E então volte bem depressa
Sem ter que servir de escala

Uma coisa é certa, a gratidão
O cerrado foi recompensa
E um bem ao meu coração

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Até depois se Deus assim permitir
Eu vou, pois lá é o meu lugar
Oh, cerrado! Devo ir
Te gosto mas pra beira mar vou voltar
O fado é quem determinou
Despeço de ti com gratidão
Se vim agora vou
Pois o meu poetar aqui sente solidão

Inserida por LucianoSpagnol

No fim do horizonte do cerrado se escuta o mar

Inserida por LucianoSpagnol

Passo a passo

Eu vim passo a passo errando
Parei no cerrado, hoje solitário
Chão árido, místico templário
Me vi na sorte contemplando

Então pus asas no imaginário
Em vagidos ocos, murmurando
E como peregrino venerando
Em silêncio, orei neste sacrário

E assim o meu poetar ficou perdido
Entre sonhos aos sons estradivário
Devaneando em suspiros indefinido

Já fiz o que vim fazer, involuntário
Fui nobre reverência e saio provido
A alma cheia de um amor solidário

Luciano Spagnol
Maio, 24 de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol