Cerrado

Cerca de 4502 frases e pensamentos: Cerrado

flerte

olhava o céu
nuvem inerte
alvas como papel
cá do cerrado

calado, meu coração
dispensava qualquer termo
numa espera sem ação
um olhar perdido, ermo
pensando só em você

e neste glacê de emoção
o meu sentimento voa
até ti, buscando razão
desta distância atoa
que ao amor maltrata

é dor chata, que dá solidão
aquelas que não cabem
no peito, de tanta aflição
e só os que sentem sabem
como é contramão sentir...

então, venha logo! Não fique por vir!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 14 de outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

vai um cafezinho?

há no cerrado um gretado
ali ressequido, árido chão

no verão ele é molhado
no inverno devastação

sem a cor do encantado
mas encanta a fascinação

ele tão pálido, incendiado
insiste em renovação

aguerrido nosso cerrado
dedicado o nosso sertão

hoje todo cafeinado…
põe açúcar ou não?

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
quarta 16/10/2019
Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

AMANHECER (soneto)

O sol do cerrado, hoje nasceu no cantinho
da página do horizonte, e o vento friorento
opaco, a chiar na fresta, com olhar sedento
abraçando o dia e, brindado com remoinho

E no cantinho da pauta do céu, momento
dum novo alvorecer, engrunhado, mansinho
encimando o inverno no sertão torvelinho
num ritmo trêmulo, mas cheio de elemento

E o coração na janela d'alma observando
suspenso nos pensamentos, devaneando
enquanto o tempo tingia o olhar de magia

Neste amanhecer da vida de sol brando
que nasce ali no cantinho, dia formando
meus sonhos vão sonhando em romaria...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2017, junho – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Amanhece o cerrado goiano

Ah! Aurora no cerrado em sonata
Põe-se a sonorizar o amanhecer
Em doce tilintar em ouro e prata
Num delíquio de ventura e prazer

Bendito és este despertar de cores
Vai-se os devaneios nesta explosão
Mil "bravos “ressoam nos arredores
Em trínula volata pela pasma visão

Amanhece o cerrado goiano. Esplêndida canção!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 05'42" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Incertezas no cerrado

Primavera, verão, outono, inverno
Qual estação no cerrado é decisão
Ficar ou partir neste desejo interno
Em ebulição no meu mesmo coração
Saudade? Tristeza? Encanto? Dorido?
Aqui debruçado na vida, em suma
Como sabê-lo? Se o incerto está partido
E os trilhos da razão dão em parte alguma.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/03/2016, 05'55" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Cerrado goiano

Canta o vento na folha seca
Dos galhos ásperos e tortuosos
A flora chora por uma trégua
Craquelado em uivos dolorosos
É o arqueado doce seco cerrado
De campos densos e preciosos
Chão goiano irregular e sulcado
Povo alado, de serena alma a trovar
Este cerrado abarroado, elevado
Que o desencanto encanta o poetar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/03/2016, 18'50" – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O silêncio é o exato momento do nada no lamento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/12/2015, 09’20” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Apanhador do cerrado

Uso o meu olhar para apanhar o cerrado
As palavras tortas compõem o mato crivado
De cascas grossas, cascalhos e céu estrelado
O chão na temporada de sequia, é maltratado
Os jatobás fatigados tão firmes como as perobas
Rodeiam os pequizeiros, tão "bãos" como as guarirobas
Cheiro forte sabor da terra, como as doces gabirobas
Entendo bem o sotaque é o povo deste chão
Sou daqui, tenho respeito a toda esta tradição
Povo das sucupiras, flores rasteiras e abelhas arapuá
Tudo aqui tem força, tem suor, é aqui, é acolá
Assim como a magia do canto da seriema e do sabia
Deste cerrado místico, torto, certo e errado, sempre a brotar
Que o tal desencanto encanta o poeta no poetar
Este quintal que é o maior do mundo, que faz sonhar
Me faz ser apanhador do cerrado, no meu versar.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/03/2016, 22'22" – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Declaração

Tal como no cerrado
O pôr do sol é belo
Tal como ser ousado
O bom é ser singelo
Querido e arrebatado
Tal como noite de luar
Afeto tem de ser enleado
Assim também é aceitar
Sem tê-lo nada se tem
Pra ser tem que incidir
Não se é nada além
Sem alguém no existir
Para se amar, também!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Outono no cerrado

Cerrado. Ao horizonte escancarado. Escancaro o olhar
Sob o céu acinzentado, admirado chão de cascalho calçado
O vento rodopiando, a poeira empoeirando a anuviar
O minguado frio sequioso outono dos planos do cerrado

As folhas bailam, rodam, caiem em seu leito ressequido
A chuva se esconde, onde o céu não pode chegar
Os sulcados arranham e ondulam o ar emurchecido
Do desconforto calado entre os cipós e galhos a uivar

Olho o céu purpúreo desenhar o frio chegando ao porto
Os arbustos rodeados de cascalhos num único flanco
Rangendo o outono no amarelado e árido cerrado torto
Num verdadeiro espetáculo de pluralidade saltimbanco

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/04/2016, 14'25" – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CERRADO (soneto 2)

O cerrado é como um soneto
arbustivo, tortuoso, melódico
chora a sua aridez, é talódico
diversos como verso irrequieto

Fala do diferente, do exótico
contrastante e muito concreto
vai além de apenas indiscreto
exuberante e também retórico

É prosa narrada é céu sem teto
o cerrado é um insano imódico
e a sua melancolia vira adjeto

É tão sequioso no teu periódico
ádvenas flores, frutos, de ti objeto
d'amor que te quero, és rapsódico

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de julho, 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Enquanto o homem ainda luta para se adaptar às intempéries da vida, a fauna do cerrado se adaptou com facilidade às intempéries climáticas.

Inserida por NinoCarneiro

Lágrima e um verso

Quando no cerrado o silêncio vozeou
De uma solidão, gemendo, todo faceiro
Dentro do coração a dor assim zombou
E ofegou o bafejo do suspiro primeiro

E a sofrença sentiu os olhos rasos d’água
A boca sequiosa, cheia de fel e ardume
Ali brotou a flor da aflição e da mágoa
E no peito, a tristura em alto volume

E no árido chão, por onde ele passava
A desventura espalhava feito sementes
E na terra, o padecer então empoeirava
E germinava com as lágrimas ardentes

Foi então que ali me vi na via dolorosa
Tão chorosa a poesia triste de saudade
Com espinhos e perfume, como a rosa
Num cortejo, fúnebre, sem a felicidade

Enfadando na alma os gritos e soluços
Ia a noite assombrada e não dormida
E os sonhos esfalfantes e de bruços
Avivado, e a tecer a insônia ali na lida

E assim se fez o oráculo sem encanto
E num canto o destino algoz e largado
Entre lamentos e um poetar em pranto
Lágrima e um verso, penoso e chorado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 de novembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Precisava de um abraço,Uns amassos poderia estar cercado,Estou preso no cerrado por trepadeiras estou cercado,Gostaria de me desprender daquilo que alimenta o passado,O restante é passado , presente passa, e o futuro repassa.

Tomo mais um trago
Desse rum amargo
Conhaque cerrado,
Whisky ralo.

De todo amargor tomado
É bem mais degustado
Que um amor envenenado..

Inserida por MatheusHoracio

Uma rosa é uma rosa,
de uma beleza caprichosa...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
do poema "Uma Rosa"

Inserida por LucianoSpagnol

Sou assim...
Do mato, cerrado, da mata, do brejo.
Gosto do cheiro, do pé descalço,
Do vento na cara
Até do sol queimando a pele.

Gosto de olhar, de sentir...
Assim me conecto com o criador
É na natureza que Deus está
Na beleza de tudo que Ele me permite admirar!

Não sou poeta, nem sei escrever direito.
Mas com o coração puro tudo se torna perfeito.
Obrigado Senhor por eu ser desse jeito!

Inserida por helmer2013

A RUA

Não era itinerário nem outra nova direção
Suspiros! Calor no cerrado. Lembrança
Aqui havia uma rua, casa em demolição
O tempo era maior. A nostalgia uma lança
Tantos são os mortos na minha indagação
O tempo roendo a recordação, em dança!
E nas casas, impregnada de tenra poesia
A saudade, e não mais havia vizinhança
Tudo em ruína, mais nada dizia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, dezembro
Cerrado mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Eu sou da caatinga do sertão do nordeste, sou da garoa do sudeste, sou do cerrado do centro oeste, sou dos pampas do sul, sou da selva do norte, eu sou BRASILEIRO

Inserida por Araujo2013

160 anos Planaltina DF
Entre o cerrado extenso,
Tem um prazer imenso
de vos apresentar,
é que eu não nasci aqui,
mas eu aprendi,
essa cidade amar,
aqui temos muitos lugares
grande hortas e pomares , ovos e galinha,
Aqui tem arte, gente criativa,
Que sexta feira Santa ativa,
No morro da capelinha,
Vem vem gente do mundo inteiro
prestigiar o roteiro.
que a paixão de Cristo inspira,
E não esqueça do lazer
Planaltina tem a oferecer,
O parque ecológico sucupira,
Eu sei tem muito mais,
mas não sou capaz,
de descrever tudo ai,
Precisaria ano inteiro,
para escrever um roteiro
Do muito que tem aqui,
As felicitações pelos 160 anos
Deixei para mensagem final,
Parabéns Planaltina,
satélite mais antiga do distrito federal.

🌹 Rosa de Oliveira
#rojuanewally @rojuanewally

Inserida por rojuanewally

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