Cem anos de Solidão
SOLIDÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sempre achei que o silêncio dos anos a fio
calaria este grito que já calo em mim;
este frio na espinha, esta chama na pele
que não sei abafar quando encontro teus olhos...
Presumi que teria os favores do tempo,
dos empenhos do mundo ao abrir horizontes,
ao expor tantas pontes pra todas as margens
de verdades mais fortes do que meu segredo...
Tantos anos e o sonho de ao menos um dia
reservar um instante para ser só nosso
e fazer a magia tomar corpo em nós...
O que sonho é bem pouco, somente o rascunho
do cenário e da cena que desenho a esmo
com o punho cansado desta solidão...
Aos dezessete anos, eu comecei a passar fome
Eu pensei que o amor era uma espécie de vazio
E, pelo menos, eu entendi então a fome que senti
E eu não tive que chamá-la de solidão
Eles descobriram esse cara no Maine que vivia completamente sozinho na floresta durante trinta anos. Chamavam-lhe o último verdadeiro eremita. Trinta anos sem o calor do toque humano, sem conversa. Mas o eremita se sentiu mais só quando ele estava fora, no mundo, nunca sentia na floresta o que sentia rodeado de pessoas. Se afogando na solidão, esse tipo de solidão pode te engolir inteiro..........O último verdadeiro eremita foi encontrado e arrastado para fora de seu esconderijo , para o mundo. A maioria pode achar sua existência triste, mas o ermita sabia algo que nós não sabíamos, ele sabia que, na realidade, mesmo estando com alguém ou na correria barulhenta das pessoas, é só você. Aquele com quem pode contar, em que pode apoiar-se, e de quem pode depender. Tem que ser você. E assim que perceber isso, é aí que estar sozinho torna-se um escolha.
Meu príncipe encantado, afoguei, num lindo lago azul há alguns anos enquanto fazíamos um passeio romântico de barco. O príncipe morreu, mas o lindo lago azul ainda existe. E o barco? Ainda uso de vez em quando para dar um rolê encantado, sozinha ou acompanhada
Definhar
Um punhal atravessou meu coração
e me rasgou inteira por dentro
E eu sangrei...
por anos a fio, sangrei...
Lançada num vale de escuridão e dor
A alma despedaçada,
definhando...
Foi assim viver sem teu amor,
é assim viver sem ti, Amor!
(Poema do livro "Letras do Tempo")
No começo do ano tem esperanças
mais quatro anos de um sonho,
vivemos muitos sonhos,
dentro de pesadelos temos esperanças...
dias e noites na escuridão,
o dinheiro governa o mundo
mais ninguém governa seu espirito...
que mundo seja decadente nos céus
e nossas almas pereça o com nossos desejos...
no linear dessa vida somos pequenos grão de areia
que some a cada por do sol,
no limite do que existimos vemos que vida foi boa
mesmo em meio o caos que vivemos um dia será melhor.
No final ela morre e ele fica sozinho, ainda que na verdade ele já tivesse sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura.
Em meio de tão pesado fardo que seria o desprazer de sem teu lado estar por meus anos de vida, decidi enfincado na arvore da solidão ficar, esperando pacientemente teu olhar me encontrar...
Cansado de tudo, não sei o que acontece comigo, sou um adolescente de 14 anos, não saio para festas, ninguém me convida, assim como criança, sempre solitário. Mas tudo bem, talvez um dia minha sorte mude.
Por muitos anos eu deixei de escrever, acho que velhos hábitos mudam com o tempo.
Com o passar dos anos ganharmos e perdemos, pessoas vêm e vão, algumas levam pedaços outros você inteiro. Sabe lidar com a vida não é para qualquer um, manter a sanidade mental é algo para os fortes. Viver uma vida solitária é opção.
Muitos que vivem assim entendem minha visão, ser solitário é aproveitar momentos únicos da vida. Sabe quando você está lugar lindo e sozinho? Pois é, quem já passou por isso sabe do que estou falando. Tirar um momento para você não é ser egoísta ou ser frio de coração, (“Se eu gosto de um momento pessoalmente, eu não gosto de distrações eu só quero ficar bem aqui admirando algo dedicado para mim.”
“Sean Penn”).
Jonathan Tavares.
Quantos anos se passaram em vão?
Durante quanto tempo eu dormi?
Os anos se passaram e eu finalmente descobri que nada era real, não era para ser. Tudo isso simplesmente se fora.
Todas as fotos, todas as cartas, todas as lembranças... Todas queimadas, não me sobra nada, nada do que me lembre de você.
Para mim, você não existe mais, você me fez isso. Fez isso com nós.
Os seres humanos podem suportar uma semana sem água, duas semanas sem comida, muitos anos de falta de moradia... as não conseguem suportar a solidão. É a pior de todas as agonias. E qual é o pior tipo de solidão? O tipo que você não pode escapar... quando você está desconfortável com você mesmo. A verdade é que um parceiro, ou mesmo apenas um amigo, podem adicionar lotes de beleza à sua vida, mas eles não podem preencher um vazio que existe dentro de você. Você é o único responsável pra tentar preencher esse vazio. Se você se sentir irremediavelmente solitário quando você está sozinho, isso significa que você está em má companhia. Isso significa que você precisa trabalhar o seu relacionamento com você mesmo em primeiro lugar. Beijar é bom, amar é ótimo, ter saudades de alguém não tem preço, mas nada disso tem significado se você não tiver amor-próprio.
Você entrou no meu coração
no momento em que me tirou do seu.
Vinte e três anos já se passaram,
sete anos são de saudades, dezesseis anos são de solidão,
mas tempo que se chama “hoje” ainda é de amor por você.
Vivo a esperança do dia que há por vir,
quando, quem sabe, um dia, possa eu dividi-lo com você.
Edney Valentim Araújo
13 de outubro de 2017
Depois de tantos anos só, não me contento mais com ausências sem justificativa
Com humores variáveis (demasiados)
A solidão é tão boa quanto determinadas paixões passageiras...
Reflito sobre os anos da minha vida com grande desdém. Ela é tão limitada, tão escassa, tão bela, mas às vezes, tão distorcida. Não existem palavras para definir o bem mais valioso que possuo. A vida é uma paixão e eu preciso seguir ela. Pergunto-me sobre o que eu gostaria de fazer hoje ou com quem eu gostaria de estar, pergunto-me sobre o tempo e meus sonhos, sobre o sentido dúbio das coisas: sonhar em ser escritor ou escrever de verdade, tocar uma vida ou trocar de vida, fazer valer a pena ou fingir congelar as horas. Meu tempo é algo muito precioso e por sinal, astuto. Ele rege a minha existência, embora no fim das contas eu mesmo dou as ordens. Sou o dono do meu destino, sou o tempo que escorre pela ampulheta, sou o prisioneiro da minha alma. O desdém é pasmo, mas para ele mesmo.
Mais anos na vida ou mais vida nos anos? Uns não tem nem um, nem outro! E somente alguns poucos iluminados alcançam ambos!
