Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
Donde eu vim?
CAPÍTULO IV
Na fase das bonecas
Quando criança ainda, lá com meus 6 ou 7 anos de idade, eu não possuía nenhum brinquedo de fábrica. Todos eram confeccionados em casa, em conjunto com as amiguinhas vizinhas, com meus irmãos e às vezes minha mãe tirava um tempo e nos ensinava a fazer algumas coisas interessantes.
Fazíamos bonecas de sabugo. É, sabugo mesmo, aquela parte que sobra do milho seco depois de debulhado. Escolhíamos o maior de todos os sabugos disponíveis no paiol. Cortávamos retalhos de tecidos cedidos por minha mãe, que sempre os tinha guardados numa sacola pendurada atrás da porta de seu quarto de costura.
Escolhido os tecidos, pegávamos a parte mais grossa do sabugo, o que seria a cabeça da boneca, nele colocávamos o tecido na extremidade, como se fosse uma touca, amarrando firme com uma tirinha, para não se soltar ( porque cola nós não tínhamos). Em seguida, escolhíamos outro "paninho"e fazíamos uma saia, pregueada ou franzida, com as mãos mesmo, nada de agulha ou linha! A coleguinha ajudava a amarrar. Com um lápis preto usado ou mesmo um pedaço de carvão, desenhávamos os olhos e com semente de urucum, a boca.
Pronto! Estavam ali nossas bonecas. Lindas! Cada uma com a sua. Diferentes umas das outras, devido a escolha dos retalhos coloridos. Felizes, íamos brincar por horas a fio...
Mas um belo dia, uma priminha da cidade, veio com meus tios nos visitar, trazendo consigo uma boneca de verdade.
Fiquei encantada! Nunca havia visto uma, e tão linda. De olhos azuis e cabelo cacheado!
Daquele dia em diante minha vida mudou. Não quis mais saber de brincar com boneca de sabugo. Eu queria uma boneca de verdade! A novidade mexeu com meus sonhos, até então acessíveis.
Chorava e implorava para minha mãe. "Quem sabe no Natal", dizia ela. Pedir para meu pai, nem pensar! Para ele brinquedo era desperdício de dinheiro. Era o jeito dele ver o mundo infantil...
Posso jurar, foi o ano mais longo de minha infância: Eu queria minha boneca de verdade e ela só viria no Natal.
Chegou o Natal, como tantos outros, mas para mim seria diferente, eu teria minha boneca de verdade. O "talvez" de minha mãe eu esquecera.
Fomos com toda alegria, ver os presentes debaixo da linda árvore natalina, bem cedinho. Cada um procurando o seu, embrulhados em papel comum, mas nosso nome marcado com a letra de minha mãe.
Porém, cadê a minha boneca de verdade? Ela não veio! Ganhei sim uma sombrinha de criança, que no dia seguinte já estava quebrada.
Chorei... chorei... e ainda levei umas boas palmadas de meu pai. Ninguém me consolou!
Acontece que eu só tinha irmãos meninos ao meu redor e duas irmãs bem menores que não compreendiam a minha tristeza. Minha mãe deve ter percebido, mas como nada podia fazer, não deixou transparecer; apenas prometeu-me que daria um jeito, "talvez" na próxima ida à cidade grande, na época das compras.
Isto não me consolou. Foi sem dúvida, o Natal mais triste de minha infância!
** A boneca? Só no próximo capítulo!
mel - ((*_*))
Donde eu vim?
CAPÍTULO IV
Na fase das bonecas
Quando criança ainda, lá com meus 6 ou 7 anos de idade, eu não possuía nenhum brinquedo de fábrica. Todos eram confeccionados em casa, em conjunto com as amiguinhas vizinhas, com meus irmãos e às vezes minha mãe tirava um tempo e nos ensinava a fazer algumas coisas interessantes.
Fazíamos bonecas de sabugo. É, sabugo mesmo, aquela parte que sobra do milho seco depois de debulhado. Escolhíamos o maior de todos os sabugos disponíveis no paiol. Cortávamos retalhos de tecidos cedidos por minha mãe, que sempre os tinha guardados numa sacola pendurada atrás da porta de seu quarto de costura.
Escolhido os tecidos, pegávamos a parte mais grossa do sabugo, o que seria a cabeça da boneca, nele colocávamos o tecido na extremidade, como se fosse uma touca, amarrando firme com uma tirinha, para não se soltar ( porque cola nós não tínhamos). Em seguida, escolhíamos outro "paninho"e fazíamos uma saia, pregueada ou franzida, com as mãos mesmo, nada de agulha ou linha! A coleguinha ajudava a amarrar. Com um lápis preto usado ou mesmo um pedaço de carvão, desenhávamos os olhos e com semente de urucum, a boca.
Pronto! Estavam ali nossas bonecas. Lindas! Cada uma com a sua. Diferentes umas das outras, devido a escolha dos retalhos coloridos. Felizes, íamos brincar por horas a fio...
Mas um belo dia, uma priminha da cidade, veio com meus tios nos visitar, trazendo consigo uma boneca de verdade.
Fiquei encantada! Nunca havia visto uma, e tão linda. De olhos azuis e cabelo cacheado!
Daquele dia em diante minha vida mudou. Não quis mais saber de brincar com boneca de sabugo. Eu queria uma boneca de verdade! A novidade mexeu com meus sonhos, até então acessíveis.
Chorava e implorava para minha mãe. "Quem sabe no Natal", dizia ela. Pedir para meu pai, nem pensar! Para ele brinquedo era desperdício de dinheiro. Era o jeito dele ver o mundo infantil...
Posso jurar, foi o ano mais longo de minha infância: Eu queria minha boneca de verdade e ela só viria no Natal.
Chegou o Natal, como tantos outros, mas para mim seria diferente, eu teria minha boneca de verdade. O "talvez" de minha mãe eu esquecera.
Fomos com toda alegria, ver os presentes debaixo da linda árvore natalina, bem cedinho. Cada um procurando o seu, embrulhados em papel comum, mas nosso nome marcado com a letra de minha mãe.
Porém, cadê a minha boneca de verdade? Ela não veio! Ganhei sim uma sombrinha de criança, que no dia seguinte já estava quebrada.
Chorei... chorei... e ainda levei umas boas palmadas de meu pai. Ninguém me consolou!
Acontece que eu só tinha irmãos meninos ao meu redor e duas irmãs bem menores que não compreendiam a minha tristeza. Minha mãe deve ter percebido, mas como nada podia fazer, não deixou transparecer; apenas prometeu-me que daria um jeito, "talvez" na próxima ida à cidade grande, na época das compras.
Isto não me consolou. Foi sem dúvida, o Natal mais triste de minha infância!
** A boneca? Só no próximo capítulo!
mel - ((*_*))
Sem pressa...
Eu quero, tocar minha harpa
sobre o palco das estações da vida
e receber os aplausos das flores
que dançam, balançadas pelo vento.
Estou na espera de uma brisa amena
para suavemente, empurrar o som
até encontrar a saudade
que sem pressa,
caminha devagarinho
na direção do meu coração.
By/erotildes vittoria
pensamento de um louco apaixonado
se eu pudesse largaria de respira só para escuta tua respiração.
se eu pudesse arrançaria do meu peito meu coração para te da para demostra o quanto eu te amo.
se eu pudesse eu deixaria de pensa em coisas banais deste mundo só para pensa em vc .
se eu pudesse arrancaria a minha alma para colar a tua alma para que eu não ficasse um estante longe de te.
se eu pudesse não morreria nunca só para vive a eternidade com vc.
se eu pudesse deixaria de ser consciente e passaria a ser louco para vive a loucura deste amor.
Perguntaram-me: Se eu acho o dinheiro importante...
Sim, é... Mas desde que você saiba o que fazer com ele.
Pois, se for somente pra gastar e ostentar, não tem muito valor
As coisas e relacionamentos por si só perder o valor.
E deixam de serem conquistadas e sim compradas.
E se for pra ficar acumulando em cofres ou bancos, o torna um ser mesquinho
E você torna-se uma pessoa sem valor... Valdir Venturi
Quando eu digo....
Já viu beija-flor abandonar o ofício?
E as flores seguem a estapear-se...
O que será que se passa na mente do beija-flor?
O que deseja? Onde se esconde? O que faz?
Às vezes penso que o vejo, que o escuto...
Mas logo penso que nada vi ou ouvi.
Às vezes penso que o que penso não passa de pensamento.
Sina de flor...
(Fabi Braga, 28 abr 2011)
Há coisas que eu amaria ouvir, enquanto detestaria ler...
Em quem está o teu coração?
Ouvir, olhar...interessante.
Ler...às vezes entediante.
Isso parece-me uma parede de vidro, sabe?
E de lados opostos dessa parede, é como se corpos exaustos se esforçassem em mímicas insanas, para dizer o que nem sempre é compreendido.
Para você, quem está de cada lado?
Decifra, se fores capaz.
Decifra-me!
(Fabi Braga, 21 abr 2011. Editado.)
Quando eu era uma criança, e depois adolescente, torcia pra crescer logo. Sim.
Queria mesmo ficar mais velha...
Queria ser levada a sério logo, porque a sensação que tinha era a de que ninguém me ouvia.
Queria ter amigos bons e verdadeiros porque, até ali, só se aproximavam os de qualidade duvidosa..
Era arredia, recebia críticas, tinha baixa-estima e por vezes me sentia só.
Queria trabalhar logo, porque "viver" de uma mesada escassa não me parecia coisa digna ou boa.
Queria ter uma conta bancária logo, porque achava que isso atestaria minha maturidade..
Queria ser logo adulta, para ver - daquela fase - o que de bom a vida me traria.
E sonhava, porque pensava que o melhor da vida só aconteceria lá: no depois.
Hoje sou adulta.
Já se passaram três décadas e mais "alguma coisa". Amadureci.
Acho que estou na melhor fase de minha vida.
Hoje consigo ver tudo de maneira mais clara. A vida me parece mais clara.
Tenho bons amigos, aos quais amo. Consegui superar velhas mágoas. Amo mais a minha família. Aprendi a amar a Deus!
Ah, também tenho conta bancária (lembro que fiz uma festa quando isso aconteceu!!); um bom emprego; um salário digno.
Com o tempo, naturalmente, pude compreender melhor o significado das palavras: fé, amor, família e amizade.
Hoje consigo amar, mesmo sem esperar pela recíproca..
É bem verdade que toda moeda tem dois lados..
Hoje tenho preocupações, responsabilidades, contas a pagar, cobranças, um caráter a ser aperfeiçoado e mantido no mais alto nível...
A certeza da morte é algo que também me parece mais "palpável". Às vezes isso parece assustador, de tão real que é!
Quando eu era apenas uma criança, ou mesmo adolescente, não "tinha" que me preocupar com essas coisas.
Lá, tudo parecia um sonho perfeito e suave. Dormia sempre um sono despreocupado.
Meu corpo quase nunca se queixava de dores e tinha uma disposição e vitalidade preciosíssimos!
Há muito tempo, ouvi dizer que a vida é passageira. Só agora entendo isso de maneira mais profunda.
Pode parecer paradoxo, mas às vezes sinto saudades daquela época. Às vezes queria voltar no tempo. Mas sei que não dá...
Finalmente cheguei a uma conclusão, após meditar nessas coisas; e que chega a ter o peso de decisão:
Ultimamente estou procurando investir meu tempo, não em uma correria estressante e desnecessária, após coisas fúteis e que pouco me acrescentariam nessa breve vida, mas numa ocupação que fará bem à minha alma nos meus dias: amar a Deus cada vez mais, e ao meu próximo como a mim mesma.
Quanto mais me reparto, compartilhando o melhor de mim entre as pessoas, mais me sinto completa e feliz.
(Fabi Braga, 15/05/2014)
Eu enjoei
Enjoei dessas coisas que já não me fazem bem.
Enjoei dessas coisas que, agora percebo, são dispensáveis para a minha vida.
Como aquele que se põe a comer algum doce, o qual inicialmente lhe proporciona a mais saborosa impressão, mas que agora - pelo exagero do ato, talvez - apenas impulsiona o “degustador” a vomitá-lo, recusando-se o tal a sequer olhar para o pote.
Tenho medo de que isso possa me trazer alguma sensação parecida com a culpa lá adiante, sobretudo se – pelo esforço – eu vier a esquecer de tudo isso.
Será que sinto pena? Seria um remorso antecipado? Medo da perda?
Será que ouvirei queixas? Será que suportarei acusações ou incompreensões?
Eu não o sei, mas conheço Alguém que o sabe bem, O qual certamente compreenderá que estou a ponto de sequer suportar o cheiro exalado por esse doce, que tanto mal me veio causar.
Tudo porque a “indigestão” que a tal iguaria me trouxe foi absolutamente traumatizante e também paralisante.
Será que estou certa? Será que exagero? Será maldade de minha parte?
O doce permanece ali, mudo desde muito tempo...
Mas se ainda me demoro a pensar se eu deveria ou não sorver o restinho do que sobrou naquele pote, levada por mero receio de um eventual desperdício ou mesmo por dó, me dou conta de que ainda permanecerei, sabe Deus por quanto tempo, sob o efeito desta paralisia que castiga, aleija, corrói e quiçá, pode até ser letal.
Resolvo-me por abandonar o que restou de tudo aquilo.
Decido-me pela vida; por uma inteira vida.
Vai lá! Não vou lançar o pote ao lixo! Mas estou dando as costas para o que, agora, ficará para trás!
Sem mágoas, sem culpas, sem peso.
Ou isto, ou tornar ao que ainda poderá me provocar males ainda maiores.
Já me bastam todos estes cacos; já me bastam os lamentos.
É já a hora de se levantar em meio às cinzas e contemplar o brilho de um sol que anuncia coisas novas!
Vou em busca de uma nova vida, porque agora consigo enxergar que Aquele que a todas as coisas criou, ainda reserva - para o futuro - as melhores surpresas.
Esteja aí, doce! És doce e sempre o serás. Mas se tu não mudas, permitirei que a mudança ocorra em mim. E já o é!
(Fabi Braga, 12/06/2014)
"Quando eu estou sem você o dia me olha sem eu ter nada para fazer.
Cansei do óbvio. Estou tão sua cara. Me sinto tão você. Então lá estou eu de copo cheio e coração cheio. Me vejo em mesas que não terão nada para depois. Detesto quando a carência e a solidão das pessoas olham pra mim. Ai você chega e vira a vertigem que treme minhas mãos. Eu me viro quase involuntariamente e quase num salto, lá estou eu com você. A alegria com você vai se encaixando em todos os cantos. A felicidade chega magicamente. Somos o papo vai, papo vem e o amor que vem depois. Alguns dias com você foram uma vida inteira..."(...)
Você é Tudo
Eu te amo porque você é tudo.
Você é o mundo numa só pessoa.
A força que dá movimento as coisas.
Se você não existisse,
Duvido que o sol nasceria com esse brilho,
Que as flores tivessem essa cor
E que houvesse sorriso sincero no dia a dia.
Sem você o mar secaria num segundo.
Esse nosso imenso mundo diminuiria
E tudo seria muito feio.
Sem você no mundo
Seria bem melhor para o mundo
Que ele não existisse.
Retumbante
Me dê 100 Reais. Eu vou sair e comprar R$90 de cerveja pra mim. Na volta, pensando em você, gasto R$4,50 com uma caixinha de Doril pra dor de cabeça que eu mesmo vou te causar, mais R$1,60 comprando um chá de Camomila e R$1,50 com um pacote de Clube Social. Aí você usa o Doril pra dor de cabeça quando souber que gastei a maior parte comigo,
depois bebe o chá pra se acalmar e come com satisfação o Clube Social. Então eu te dou o troco dos dez reais que gastei com você. No final você ainda me agradece, esquecendo completamente que os 100 reais deveriam ser gastos totalmente com você. Nunca vi uma maneira tão simples de explicar a forma como o governo e algumas igrejas controlam o seu dinheiro.
O coração
Eu seguirei o meu, onde ele me manda, pois quando deixei de o seguir, morri, vivi morto, fui um zombie no percurso da vida.
Renasci dos mortos, despertei de novo para a vida, agora sigo o coração.
Obrigado, a quem me ressuscitou, espero em breve receber o abraço da vida.
Sigo o meu coração, segui-lo-ei até á morte.
UM SONHO
Eu tenho um sonho
De amar e ser amado
Amar na plenitude
Amar sem limites, sem pudor
Amar os teus lábios
Amar o teu sorriso
Amar as tuas mãos
Amar o teu corpo
Amar a tua alma
Ser amado por ti
Como já fui Amado
Amar-te como sempre te Amei
Pois nunca deixei de te Amar
Amar-te é o melhor da minha vida
Amar-te é o sal da minha vida
Amar-te é o tempero dos meus cozinhados
Amar-te é a arte que me transcende
Amo-te desde o cruzar dos nossos olhos
Amo-te desde o nosso primeiro beijo
Continuo a Amar-te, desde o nosso ultimo beijo
Amar-te é um sonho, um desejo
Amar-te é a minha vida
Amar-te é o meu respirar
Amar-te é a minha paz
Amar-te é o meu sonho
Beija flor...
Que lábios gostosos de beijar;
Saboreando o teu doce néctar eu fico,
Sentindo o perfume de suas pétalas me embriago,
Amo-te tanto flor que para te beijar eu paro no ar...
Sortudo beija-flor;
Que vai de flor em flor, vivendo de goles do amor...
Doces e açucarados sabores,
Dançando e seduzindo seus amores...
Talvez ele só beba do néctar para cicatrizar as feridas;
Vive morrendo de saudades da gardênia amiga,
Que o enfeitiçou com seu perfume e desapareceu, sem adeus nem despedida,
E agora vive assim, acabou de chegar, mas, já esta de partida!
Mesmo amando não se apega mais a ninguém;
É melhor ser solitário do que esperar por um amor que não vem,
Muitos pensaram ter encontrado seu grande amor e hoje sofrem também,
O verdadeiro amor não da para se explicar, pois, das nossas compreensões esta muito além!
Eu vivo de flores...
De beijos doces...
De sabores...
Experimentando todos os dias novos amores...
Por Igor Barros
O que Braúlio Dadá ou B.D Treina?
R: Eu simplismente Treino:
* Jiu Jitsu Tradicional(Iniciante)
*Capoeira(Corda Verde) Instrutor
*TAEKWONDO(5°Gub)
*Hapkido(7°Gub) Ti Verde
Judô dei um Tempo Amarando Faixa Amarela 2-Kyu
Breves Saudações:
Oss;
Kian-lhe;
Ritsu-Rei;
Salve.
By-Best of Arts Marcial
Donde eu vim?
CAPÍTULO V
Minha Primeira Boneca de Verdade
Depois daquele fatídico Natal, em que não ganhei meu presente desejado, minha tristeza, felizmente, durou pouco.
Janeiro era o mês do padroeiro da cidadezinha onde frequentávamos a escola, o catecismo e as missas dominicais. São Paulo, lembro-me bem, era o santo padroeiro da capela e nome do sítio de meu pai, onde morávamos.
Todo ano os moradores se reuniam e preparavam uma bela quermesse, com direito à visita do bispo, padres de outras paróquias, fazendeiros, sitiantes e colonos de toda a redondeza para uma linda missa cantada.
Para a quermesse eram doados bezerros, sacos de café, leitoas, carneiros, frangos e artesanatos feitos pelas mulheres e moças prendadas da comunidade.
Uma rifa foi organizada, cujo dinheiro iria para a reforma da igrejinha. Um bezerro era o prêmio e de brinde, vejam só, uma linda boneca confeccionada por dona Mariquinha, mulher muito conhecida por suas habilidades na agulha.
Quando eu vi aquela boneca, fiquei deslumbrada!
Eu queria uma boneca de verdade! Esta era a minha chance!
Procurei por minha mãe, que estava na cozinha de uma das barracas, liderando outras mulheres no preparo da comida a ser servida durante a festa. Implorei que comprasse um número, porque eu queria uma boneca de verdade!
Meu pai não era dado a gastar dinheiro com estas extravagâncias, mas naquele dia ele sucumbiu ao meu apelo e cedeu. Comprou um único número. E eu dei muitos pulos de alegria...
Ao anoitecer, quase no final da festa chegou a esperada hora do sorteio.
Bingo! Meu pai ganhou o bezerro e eu ganhei a minha boneca de verdade!
Ela era deslumbrante aos meus olhos de menina. Tinha uma aparência diferente. Fora feita à mão, uma boneca de pano com jeito de moça. Vestia um vestido de renda, cujo decote mostrava o início de fartos seios. Perfeito! Minha boneca de verdade, com corpo de moça feita, seria a mãe de todas as bonequinhas de minhas coleguinhas da vizinhança.
No dia seguinte, de tardinha, minhas amigas e eu fomos brincar de boneca, numa ansiedade sem tamanho. Fizemos uma casinha dentro de um velho bambuzal, e lá ficamos por horas, nos deliciando em nossas fantasias infantis de mamãe, comadre e tias. Sim, porque toda boneca era batizada, ganhava um nome e uma madrinha.
Antes do anoitecer, minha mãe me chamou para ajudá-la nos afazeres do jantar. A brincadeira se desfez e aos poucos anoiteceu.
Acordei aos pulos na manhã seguinte. Eu havia esquecido minha boneca de verdade no bambuzal. Corri para buscá-la. Qual não foi meu espanto quando a vi: estava toda encharcada, estufada, desbotada, manchada, descolorida...quase decomposta!
Havia chovido a noite toda!!!
mel - ((*_*))
Eu quero uma mulher feia.
Já estava cansado de tanta mulher bonita me perseguindo e vi que o meu problema, minha aflição, minha insônia tinha sido as bonitinhas. Desde minha mãe, passando pela Babá, minhas primas, e que prima, tinha uma então, que nem quero falar, pois quero me livrar deste encosto que são as mulheres bonitas. Pois é, desde pequeno só mulheres bonitas em minha vida, só tive namoradas, mulheres, esposas, ficantes, só bonitonas e muito gostosas. Mas como podem ver este excesso me faz ficar só e solitário. Quanto mais as lindas davam em cima deste mancebo. Mas eu me entediava. Fazia tudo direito e tentava, como se diz na propaganda, dar e entregar a satisfação garantida, ou, ou nada, afinal, eu sempre fiquei no meu canto e mesmo assim, era vergonhosamente assediado pelas bonitonas. Parecia um Karma, mas eu ia em frente, até que um dia li uma matéria numa destas revistas de fofocas, tão comuns nos consultórios dentários: Modelo procura homem feio para se casar.Li atentamente a matéria e antes de mais nada notei a semelhança, ela era quse, tão charmosa, bonita, culta, inteligente e modesta quanto eu e ao final da reportagem notei que ela sofria do mesmo mal que eu. Estávamos fartos daquela vida de glamour e sem sentido com as lindas e vi que eu só podeira ser feliz, caso encontrasse uma mulher que fosse feia, tipo assim Camila Pitanga, Dylan Penn, Paolla Oliveira, estas feiosas, que ajudariam muito a acabar com o meu karma e quem sabe eu poderia, pegando estas, no bom sentido claro, poderia acabar com o Karma e passar um pouco de meu charme, lindeza, cultura, inteligência e principalmente o veneno que deus me deu. Portanto à partir de agora, vocês são as úncias que preencherão meu coração e eu me doarei em eterna gratidão.
NÃO - CIDADÃO
Acorda vagabundo!
Mais uma vez ouvi,
O dono da mercearia,
Pedindo para eu sair.
Acordo e te apresento o mundo dos
sem nação,
Mendigando arroz, feijão e um prato
de atenção!
No país da extrema exclusão,
Onde tacam fogo em mendigo no
chão!
O atentado de Paris fez me por no
lugar,
Não das vítimas, mas dos
terroristas!
Me imaginei arquitetando um
atentado,
Contra jornal que só explora meu
caso!
Faz a matéria digna de prêmio,
Eu continuo na rua, sofrendo!
Os sumérios criaram escrita e
cerveja,
O Brasil criou a ditadura do capeta!
Que desmembra os não-cidadãos,
Cuspe na cara, tapa, palavrão!
As infrações no trânsito geraram 11
milhões no Ceará,
Mas, não existe via expressa para
mendigo andar!
Atropelam na rua, na calçada
Atropelam e ainda dão risada!
Do que adianta o restaurante
popular,
Se me falta moeda para ingressar!
Você que passa na rua e tem nojo de
mim,
É o mesmo que depois reclama de
uma vida ruim!
Vai no Castelão vibrar pelo time do
coração,
Eu na rua mendigando uma dose da
sua atenção!
Sou a escória esquecida da pátria de
chuteiras,
Ó pátria amada, idolatrada, de
tamanha grandeza!
Vos apresento o Brasil dos
esquecidos,
Com nome e sobrenome de
mendigo!
TODO DIA É NATAL
Ontem eu tive um sonho estranho...
Daqueles mais insanos e irreais que o ser humano pode ter. Sonhei que todo dia era natal... Mas, era um natal diferente. As pessoas se cumprimentavam nas esquinas, trocavam presentes e flores, desejavam coisas edificadoras. O trânsito corria fluentemente como nos feriados, e a cidade estava sempre colorida.
Um pouco depois notei que existia uma palavra de ordem, uma sentença espiritual e moral. As pessoas quando se congratulavam diziam "UM FELIZ TODO DIA É NATAL".
Quando acordei e observei o meu mundo cinza, imediatamente cai em prantos. Ao contrário do meu sonho, aqui até o natal é dia de ter ódio, com palavras falsas de "feliz natal", e produtos capitalizados que ditam a nossa felicidade.
Lembro do homenzinho gordo, de barba branca e roupa vermelha. Lembro do Cristo europeu, loiro de
olhos azuis. E concluo: natal é tão falso quanto os produtos da indústria que o impulsiona.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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