Cartas de Despedida de Clarice Lispector
Vivemos em um mundo desumano onde tolos seguem tolos, onde hipócritas pensam ser os reis de tudo, onde ninguém mais pensa em ser importante, pensam em só viver, só isso, não se cria mais rebeliões humanitárias para ajudar coisas ou pessoas.
Ninguém mais pensa em pegar uma mala, entrar em um carro e seguir um caminho onde nos leva simplesmente a lugar nenhum, sem rumo, sem parada, sem medo de onde vai parar e quem vai encontrar no caminho.
Estamos esquecendo como se vive, sentir o que há de melhor aqui, não trabalhamos mais pra viver e sim vivemos para trabalhar. O que está acontecendo?
Drogas, bebidas, não lealdade, racismo, enfim bobeiras aparecem em qualquer lugar, pega qualquer pessoa, te "consome" até você ficar dependente dela.
Isso não está certo; não é subjugação, é o real.
O tempo é uma das maiores incógnitas da vida.
Sua velocidade é dada de acordo com quem vai vive-lo
Pros que tem medo ele é rápido como um raio que se choca com a terra.
Pros que lamentam ele é longo como a extensa raiz de uma árvore procurando seu alimento.
Pros que festejam ele é curto e rápido como uma chuva de verão.
Mais para os que amam o tempo é eterno.
Para os que amam o tempo nunca se acaba.
Os que amam podem ser medrosos, que é difícil, pois para amar é preciso coragem para arriscar !
Podemos ser daqueles que só lamentam, apesar que quem ama não tem o que lamentar.
Podemos ser festeiros, porém quem ama tem todo seu direito de festejar, pra quem ama todo dia é festa.
O amor é o único meio que você pode ser todas essas coisas e seu tempo ser eterno.
Ame..
Ame a vida.
Ame quem te ama.
Ame seu próximo.
Ame principalmente a sí mesmo.
Ame e viva pra sempre!
Eu fico aqui procurando o sentido da vida e me guardo na incerteza de que a vida é exatamente o não fazer sentido
Procurar explicações nos embaça a visão de enxergar o que passa diante de nossas retinas
Perdemos tempo buscando explicações das quais, acho, que nunca a teremos.
O que é fazer sentido? Talvez nunca saibamos ou até mesmo fazer sentido é exatamente à procura incansável de fazê-lo
Tempo
[Egocentrismo Social]
Durante nossa vida passamos por certos momentos inevitáveis...Alguns bons, outros ruins, mas todos com o mesmo propósito: aprender algo. Durante nossa vida conhecemos vários tipos de pessoas: as boas, as más, as que nos fazem sofrer, as que nos trazem alegria, as que você não pode confiar, as que você ama, infinitos tipos de pessoas.
Às vezes a vida nos faz passar por momentos tão estranhos! Às vezes temos que ouvir palavras que não merecemos...às vezes as pessoas de quem a gente gosta nos fazem sofrer...e isso é tão incompreensível!
Se todos medissem as palavras ditas, viveríamos em um mundo mais cheio de paz e respeito, um mundo em que não existiria dor, raiva, injustiça, traição e preconceito. E não adianta sonhar com um mundo melhor, pois a realidade está estampada em nosso rosto.
Nem sempre a prioridade que damos as pessoas é a mesma que nos é dada, não se pode pedir isso...tem que ser concedido com o tempo, tem que vir do coração, e caso não venha, significa que não é o momento exato...momento esse de perfeição.
[Mais do mesmo]
Todavia, sentar e chorar não resolverá os problemas. É preciso tempo. Muito tempo! E paciência. Quem está com raiva tem o direito de estar com raiva. No entanto, não tem o direito de ser cruel. Infelizmente "os homens ofendem mais ao que amam do que ao que temem". A verdade é: quando precisamos de defesa, sempre vem alguém e nos ataca.
Devemos nos colocar em primeiro lugar, não por sermos egoístas, mas por amor-próprio. Às vezes mudanças são necessárias. Conforme vivemos, crescemos e nossas idéias mudam, nossa vida deve mudar. Enfim, pode-se mudar ou continuar o mesmo. Pode-se fazer o melhor ou o pior. Tente sempre fazer o melhor. Cada escolha, uma conseqüência. E a nossa força cresce da nossa fraqueza.
As únicas pessoas normais são aquelas que não conhecemos muito bem. Tente entendê-las antes de julgá-las. Prioridade é prioridade. Opção é opção! É inevitável ser magoado mais de uma vez, mas lembre-se que “A dor é inevitável. O sofrimento, opcional”. Quem ama não faz chorar, e se for será de alegria. Quem se importa estará sempre lá. Quem não se importa sempre encontrará alguma desculpa.
Depois de errar muito aprendemos a dar valor naqueles que valem a pena, naqueles que devem permanecer na nossa vida pra sempre e naqueles que nunca deveriam ter entrado nela. Com o passar do tempo entendemos o significado de “amor verdadeiro é incondicional”. Aprendemos que os opostos não se atraem. Começamos a defender os poucos. A ignorar os tolos. Ficar do lado de quem precisa. E gostar de quem sente o mesmo por nós. Só é preciso dar tempo ao tempo. Ser paciente. Saber esperar.
[Egocentrismo Social]
Mais do que nunca é preciso acreditar! Acreditar que a vida pode melhorar. Acreditar que os sonhos podem se tornar realidade. Acreditar que um dia o sofrimento será substituído pelo amor. Acreditar que o silêncio será o suficiente. Acreditar que nada é para sempre. Acreditar que quem lhe ofende um dia pedirá desculpas. Acreditar que aprenderemos com todos os erros. Acreditar que o tempo cura tudo.
“O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa”. (Bella - Lua Nova)
"Deseja saber se um povo é mais propenso à indústria ou ao comércio? Não procure a resposta em seus portos, ou examinando a qualidade da madeira de suas florestas, ou tampouco o produto de seu solo. O espírito mercantil supera todas estas considerações e, sem ele, os outros ingredientes serão inúteis. Procure ver se as leis desse povo incutem nos homens coragem para lutar pela prosperidade, liberdade para buscá-la e sensibilidade e hábitos para encontrá-la, para, por fim, terem a certeza de poder desfrutá-la."
Aléxis de Tocqueville.
APEGO
Amar-te é um tempo de ódio
Odiar-te é meu profundo amor
Estar nos teus braços é uma vitória rara
Afastar de você é ir de encontro ao fim,
Enterrei-me nos teus pequenos olhos
Infiltrei-me no teu sorriso
Corri para quem me abraçar
Menti para vontade do sofrer,
Cansaço, vazio e exploração!
Porcaria de vida, rica destruição;
Índios inventando nome de gente
Gente que jamais chegou a ser índio.
Priorize quem te prioriza.
Valorize quem te valoriza.
Seja bobo.
Porque o amor é meio bobo.
Só não seja boboca.
Seja cordial.
Seja educado.
Trate o outro como você gostaria de ser tratado.
Viva em paz.
Cercado de quem você gosta e de quem gosta de você.
O amor atrai.
O ódio repele.
A indiferença só te faz deixar de viver coisas incríveis.
Você só tem esta vida pra viver.
E o que você leva da vida?
A vida que se leva.
No fim, estamos indo de volta pra casa.
Todos nós.
1 As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram;
2 E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
(Os Lusíadas canto primeiro - 1 e 2)
Ironia
Como é irônica a vida
Como é entranho viver
Tive que novamente amar
Para um antigo amor esquecer
Busquei refugio em outro alguém
E depois de você
Já não vejo mais ninguém...
Você surgiu e me encantou
Seu sorriso doce e angelical
Em pouco tempo me enfeitiçou
Seu jeito irreverente e meio moleque
Fez de você alguém especial
De quem ninguém nunca se esquece
Você me fez sentir um amor sincero e puro
Ao seu lado, sinto que o mundo é um lugar seguro.
Você é minha fortaleza
Seu amor é minha maior riqueza
Você é real, você é meu amado.
Por voe senti um amor inesperado
Não posso mais negar
Não tem como deixar de ser
Jamais poderei viver
Sem ao meu lado ter você
Ninguém me Habita
Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
Os Dois
Eu sou dois seres.
O primeiro fruto do amor de João e Alice.
O segundo é letral:
É fruto de uma natureza que pensa por imagens,
Como diria Paul Valèry.
O primeiro está aqui de unha, roupa, chapéu e vaidade.
O segundo está aqui em letras, sílabas, vaidades e frases.
E aceitamos que você empregue o seu amor em nós.
Abelhas na Barriga
Meu estômago não tem borboletas,
são apenas flores.
Cheias cheias de abelhas.
Agulhas que me causam dores.
Ansiedade?
Talvez medo dessa ferocidade!
Essa idade suficiente para perder beleza
crescer e competir com a velha natureza.
Quando o sol raia, prefiro por dia morrer;
os casulos crescem.
Mas a noite, ah a noite! na lua quero renascer
As borboletas florescem.
Crônica para os Amigos
Meus amigos? Escolho pela pupila.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Deles, não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas, angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Louco que se acocora e espera a chegada da lua cheia. Ou que espera o fim da madrugada, só para ver o nascer do Sol.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas próprias injustiças cometidas. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro, quero também a alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade graça, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo e risada só ofereço ao acaso. Portanto, quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia vença.
Não quero amigos adultos, chatos. Quero-os metade infância, metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto. Velhos, para que nunca tenham pressa.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter cor no presente e forma no futuro.
Nota: Uma adaptação desse texto, publicado em 23 de setembro de 2003, vem sendo repassada como sendo de diversos autores, entre eles Marcos Lara Resende ou Oscar Wilde.
...MaisParis, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis
No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor
Mas ao vê-lo assim tão triste e só
Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando
Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais
Acaso
No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?
Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Complicada?
Sim, eu sou complicada em alguns aspectos, tenho minhas manias, meus puderes, meu recato, mas, se você não esta disposto a suportar minha complexidade, jamais vai conhecer meu lado magnificamente simples.
Quem não suporta os meus óbices, os meus pontos fracos, quem, enfim, não desvenda os meus mistérios não chega a conhecer o meu melhor, as minhas maiores virtudes, os meus maiores encantos.
Qualquer tipo de relacionamento é constituído de trocas, você só desvenda o melhor do outro quando cede, quando consegue ignorar o que ele não tem de “tão” bom ou, enfim, aquilo que não lhe parece “simples”.
Quando você supera aquilo que não é “fácil” você entra na vida do outro, todavia, quanto mais complicado um homem é, mais raro e belo é aquilo que sua “complicação” esconde, mas nem todos desvendam.
Sexta-feira 13 é dia de sorte para alguns, dia de azar para outros, gatos pretos e bruxas fazem parte da superstição. Mas, o que é real mesmo, é que sexta-feira é o dia da semana que antecede o sábado.
Assim, relaxa, que logo virá um lindo e abençoado fim de semana para você aproveitar na companhia de sua família.
Queria te contar o que sinto,
perguntam se amo você, digo que não e minto.
Em nossas conversas, meu coração bate mais forte,
em seus abraços mergulho meus devaneios,
você é meu sul e meu norte,
que se danem os comentários alheios!
É difícil esconder todo esse sentimento,
guardar tudo aqui dentro...
Chegou a hora de contar,
que eu sempre te amei,
me apaixonei,
sempre vou te amar!
Desde a adolescência, o meu interesse pelas coisas mais elevadas do espírito foi
recebido pelo ambiente social e familiar em torno com desprezo, chacotas e tentativas
de intimidação. Parecia que ir além do círculo do imediato, do banal e do mesquinho
era o pior dos pecados. Estímulos, só recebi negativos. Mas não posso dizer que
essa experiência tenha sido de todo prejudicial ou mesmo inútil. Com ela aprendi a
guardar meus pensamentos para mim mesmo, evitando bate-bocas dispersantes, e
graça a isso desenvolvi não só o poder de concentração, mas a capacidade de
conservar minhas idéias na memória muito tempo antes de ter a oportunidade de
escrevê-las. Posso dizer que tinha uma filosofia secreta bem antes de que alguém em
volta pudesse desconfiar da sua existência. Só comecei a falar dela em público
quando me senti seguro de que não precisava mais da aprovação ou simpatia de
quem quer que fosse. É por isso que vejo bem claro o ridiculo de toda afetação de
independência. Qualquer moleque fracote pode se vangloriar de que “pensa com os
próprios miolos”, precisamente porque não tem a menor idéia do preço da
independência genuína.
Às vezes a vida quer que caíamos na real, que paremos de supor, de sonhar, de imaginar que nós, nossos planos, sonhos e pessoas que amamos são melhores do que, de fato, são.
A vida só quer que sejamos realistas, mas, quanto mais arrogantes somos, quanto mais nos achamos superiores e “especiais”, maior é a queda e, acredite, o tal do “cair na real” pode ser extremamente dolorido. Uma queda e tanto!
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