Cartas de Amor para Namorados em Crise
A ideia da alma gêmea habita os sonhos humanos desde a Antiguidade. Platão já a descrevia como a metade perdida que um dia foi separada pela vontade dos deuses. Buscar a alma gêmea é, portanto, mais do que buscar alguém que nos complete: é uma tentativa de reencontro com uma parte esquecida de nós mesmos.
Mas o que define uma alma gêmea? Não é apenas afinidade, nem apenas amor. É o silêncio que conforta, o olhar que compreende sem esforço, a sensação de que a vida, ao lado daquela pessoa, encontra coerência. A alma gêmea não precisa ser perfeita apenas profundamente verdadeira.
Encontrá-la é como voltar para casa sem jamais tê-la conhecido. E, nesse instante, percebemos que não estamos mais sozinhos no mundo.
I. a parte em que ninguém percebe
há dias em que o mundo continua ~
mas eu não.
eu me arrasto dentro da roupa.
cumpro compromissos como quem finge
ainda habitar o próprio nome.
me sento onde sempre me sentei,
mas algo em mim não chega.
o corpo levanta,
mas não comparece.
•
há horários que evito.
nomes que pulo.
itens na gaveta que não toco há meses.
não é superstição.
é autodefesa.
ninguém entende.
porque continuo funcionando.
mas já não pertenço à máquina.
•
II. a parte que só eu escuto
há um som que só eu ouço.
não é voz,
não é memória,
não é aviso.
é uma frequência baixa
que vibra quando tudo está em silêncio.
uma presença que não se mostra,
mas me atravessa.
me obriga a manter as janelas fechadas,
a não reorganizar os móveis,
a conservar os espaços como estavam
no dia anterior ao que nunca mais passou.
•
não estou esperando nada.
mas também não fui.
é isso que ninguém entende:
o não ir.
o continuar por engano.
o viver como quem segura a respiração
no fundo da piscina
sem saber se ainda é possível subir.
•
III. a parte em que eu entendo
as coisas não melhoram.
elas se adaptam.
e chamam isso de cura.
eu aprendi a conversar sem falar.
a sorrir sem acionar músculo.
a dormir com a sensação
de que algo ainda respira ao lado.
talvez seja eu.
talvez não.
mas sigo deitada.
olhando pro teto
como quem espera uma explicação
que não chega.
•
e então amanhece.
como se nada tivesse acontecido.
como se meu corpo não estivesse carregando
o peso exato
do que ninguém ousa perguntar.
e eu levanto.
porque a vida, ao contrário da morte,
não precisa pedir permissão pra continuar.
Juliana Umbelino • O Luto Sou Eu
#LeitoraVoraz #Luto #Sentimentos #Lar #LiteraturaBrasileira
Outro dia ouvi alguém dizendo que estar só é um caminho, um chamado para voltar para si. Acho que é isso, sabe? Não precisa ser sofrimento, nem castigo, nem fracasso amoroso. Solidão também é território fértil. É quando, sem testemunhas, você aprende a cuidar de si com a mesma ternura que tantas vezes reservou para os outros.
A gente passa tanto tempo buscando por companhia que esquece o quanto pode transbordar sozinho. Ir ao cinema, caminhar numa praça, viajar, cozinhar para si mesmo, fazer um café forte e tomar de olhos fechados, celebrando cada cicatriz, cada tombo, cada queda que fez a gente voar. A gente esquece que é possível ser e existir para além da pressa de ter um amor.
Talvez a solidão assuste mais quem ainda não aprendeu a se olhar no espelho com ternura. Porque voltar para si é difícil. Dá medo. Não é fácil se despir das distrações. Mas quem não aprende a se fazer companhia corre o risco de aceitar qualquer presença pela simples angústia de não saber estar só. E ninguém merece ser metade de si apenas para não ser inteiro sozinho. A carência demanda uma urgência que traz sérias consequências.
Por isso, que você aprenda, enfim, a se habitar. Que ocupe os seus espaços sem vergonha, que sinta orgulho das suas escolhas, que descubra o que te move, o que te paralisa, o que te faz vibrar. Que você tenha paz.
Epaciência. Que a sua solidão seja um reencontro, uma liberdade.
E quando (e se) alguém chegar, que chegue para caminhar ao seu lado, não para tapar buracos ou preencher vazios. Você só precisa aprender a se bastar, para que, quando escolher pousar em um ninho, seja através das asas do amor, e não pelas correntes da carência. Edgard Abbehusen l
Ninguém vai segurar a sua mão o tempo todo. Ninguém vai te lembrar, todos os dias, do seu valor. E é por isso que você precisa ser essa pessoa para si mesmo, sabe?
Claro que o talento conta. A experiência também. Mas nada disso adianta se, no fundo, você não acredita que é capaz de fazer o que precisa ser feito. E não só quando as coisas estão fáceis. Você precisa acreditar quando tudo parecer impossível, quando estiver difícil, quando olhar à sua volta e não enxergar solução, quando a vida te der mais dúvidas do que respostas, quando tudo parecer em vão.
É nessa hora que você precisa acreditar em si mesmo, no que escolheu para sonhar. No sonho que escolheu você.
E vai ter dias em que ninguém enxergará o seu potencial. Ninguém vai bater no seu ombro e dizer que você está no caminho certo. E, ainda assim, você precisa continuar. Mesmo sem aplausos. Mesmo sem garantias. Mesmo sem ter certeza de nada.
O que te leva adiante não é a certeza do resultado, é a coragem de continuar tentando. Sob o sol quente, dia após dia, com noites de sono comprometidas pela ansiedade de querer entender se está no caminho certo. Em todas as escolhas que precisa fazer para seguir adiante. Muitas delas difíceis.
E então, um dia, quando olharem para sua trajetória e perguntarem qual foi o segredo do seu sucesso, você vai poder dizer: eu não desisti de mim. Essa sempre será a resposta certa. Edgard Abbehusen
Você sabe o que sente quando conhece a pessoa certa? Será que vai sentir aquela certeza, quase sagrada, de que a vida colocou bem na sua frente quem você sempre procurou... e que, de alguma forma, também sempre esteve procurando por você?
E aí, vamos reavaliar os planos, recalcular rotas, redefinir prioridades. De repente, o que parecia distante ou improvável passa a ser simples: construir, dividir, crescer. E, no meio dessa simplicidade, a grandeza de perceber que, sim, você está diante de quem pode ser mãe ou pai dos seus filhos, parceiro ou parceira de todos os domingos, cúmplice de todas as memórias.
Aquele conforto de estar na própria pele quando está do lado dela. Aquele encontro de olhos que silencia qualquer dúvida. E pode ser que dure uma vida inteira, ou apenas um recorte de tempo... mas o suficiente para mudar tudo. Para deixar marcas que, mesmo que um dia a vida se encarregue de seguir por outros caminhos, jamais serão esquecidas.
Porque, quando o amor se cumpre, quando aquilo que você via acontecer nos filmes acontece com você... não tem como negar: você simplesmente sabe. Sabe que o nome dela já estava escrito ao lado do seu, muito antes de vocês se encontrarem. Edgard Abbehusen
Passarinhar
No céu aberto voam, leves, pássaros,
De galho em galho, em dança sem razão.
Trazendo à mente alívios tão escassos,
Silenciam o ruído da tensão.
A ciência diz: faz bem contemplar
O voo calmo, o trino sem pesar.
Jesus já disse, ao mundo a escutar:
“Por que, ansiosos, vivem a penar?”
Ali, na rama, habita a paz divina,
O instante puro, o tempo que se inclina
Ao simples ser, sem ter, nem pretensão.
Se queres cura, basta te entregar:
Vai para o campo, aprende a passarinhar
—Com alma leve e livre da aflição.
Edson Luiz ELO
São Paulo, 24 de Maio de 2025
Você chegou como aquela brisa suave da manhã em um domingo tranquilo;
Trazendo consigo tudo o que há de mais belo na vida, me apresentou um lado do mundo que eu ainda não conhecia.
Mostrou-me poemas, livros — daqueles que cativam e trazem paz à alma.
Trouxe Maria Bethânia, com suas letras apaixonantes, cheias de desejo e euforia;
Chico Buarque, com seu amor lírico e suas críticas tão eloquentes.
Me apresentou à cultura, ao amor — e ao quanto ele pode ser belo.
E, junto com tudo isso, trouxe você: feito de música, poesia, textos e sentimentos.
Entrou no meu coração aos poucos, como quem não quer nada…
E, de repente, se foi.
Deixando para trás apenas tudo de bom que pôde me entregar.
Um dia
Um dia vai abrir os olhos e perceber o que deixou para trás.
Um dia vai se perguntar se realmente tomou a decisão correta.
Um dia vai trazer à balança os pesos e analisar se jugou com os apropriados critérios.
Um dia, quando a paixão acabar, o conforto incomodar e nada mais encherem os olhos, vai se lembrar de algo que te bastaria, de um amor que esqueceu no deserto.
Um dia, quando os dias se tornarem monótonos, vai imaginar o que teria acontecido se tivesse aceitado o desafio.
Um dia, a sucessão dos dias vai te fazer perceber o quanto era especial aquele sentimento.
Um dia, terás apenas as lembranças daquela árvore criança que o medo sufocou.
Um dia esbanjarás o que reteve até o momento na tua indiferença que não ouvia o meu lamento.
Um dia quando olhares para trás e não mais encontrar... se dará conta do que jogou ao vento.
Porque não somos perfeitos, mas nos tornamos indispensáveis.
Ass: Teu Amor
Meu diário público 25/05/2025
Me chamo Aline Caira, costumo usar o pseudônimo de Kayra, enfim... carrego em mim a história de uma infância moldada pela hostilidade e crueldade. Um lar que, ao invés de ser um refúgio, foi palco de violência física, mental e psicológica, tecendo uma teia de sofrimento em meu ser. Cresci em silêncio, aprendendo a suportar a dor, pois, aos olhos de meus algozes, eu era um ser desprezível, culpada até mesmo pelas travessuras e pequenas artes inerentes à infância. A cumplicidade de minha própria irmã, que, ao invés de ser amiga, me apelidava de "bruxa", "Olivia Palito" e me atacava com palavras cruéis sobre minha magreza, feiúra e suposta burrice, só aprofundava a ferida. A fachada de felicidade em passeios e eventos logo se desfazia ao cruzar a porta de casa, onde o terrorismo psicológico se instalava. Era o inferno particular, a solidão em meio àqueles que deveriam me amar.
As palavras, como navalhas, cortavam minha alma, somadas às agressões físicas que marcaram meu corpo: chutes, pontapés, puxões de cabelo, socos no rosto, tapas ensurdecedores. Unhas que rasgavam minha pele, beliscões que me feriam profundamente. A violência escalou ao ponto de um afogamento simulado por minha própria mãe em um tanque d'água, um ato que ecoa em meus pesadelos até hoje. Fui atirada da escada, humilhada e exposta a situações vexatórias, com meu pai me xingando e espancando em público, na rua, na escola, até mesmo diante da diretora. A vergonha e o medo se tornaram meus companheiros constantes.
O que torna tudo ainda mais lamentável é a conivência silenciosa dos familiares, testemunhas passivas do meu sofrimento. O motivo? Permanece um mistério doloroso. É incompreensível a existência de seres humanos capazes de presenciar o sofrimento de uma criança e permanecer inertes.
Na vida adulta, carrego comigo essa criança ferida, sedenta por amor e pela segurança que nunca encontrou nos braços de seus pais. A busca por esse afeto perdido se manifesta em padrões de comportamento, em relacionamentos que, muitas vezes, repetem a dinâmica dolorosa do passado.
Minha vida adulta é permeada por tristezas, dores e sofrimentos. A depressão se tornou uma sombra constante, uma batalha diária que me consome. Há dias em que a exaustão me impede de sequer levantar da cama. No entanto, o olhar doce e amoroso de minha filha me impulsiona a seguir em frente. Por ela, por seu bem-estar, não posso me render às minhas próprias dores. Ela é a luz que me guia, a força que me mantém de pé, a razão para lutar contra a escuridão que me assola. E é por ela que busco a cura, a libertação das amarras do passado, para que ela possa ter a mãe que eu nunca tive.
Daniel Goleman ensina: "Perceber o que as pessoas sentem sem que elas o digam constitui a essência da empatia"
Apreço aos valores humanos - valores próprios de quem é capaz, e sabe da importância, de causar bons sentimentos nas suas relações: profissionais, sociais... Fatores importantes para o bem-estar - proprio e coletivo - à satisfaça e qualidade de vida. O que resulta em mais sucesso - em todas as áreas.
Diário público de Aline Caira
Tenho muitas falhas, contudo, em meio a elas, busquei incessantemente acertar, atenuar minhas dores e sofrimentos. Não sou a imagem distorcida que criaram de mim, nem a representação das palavras maldosas proferidas. Não sou essa criatura monstruosa que engendraram contra mim e minha filha. Fomos filmadas e gravadas com o intuito de nos intimidar, fragilizar e incutir temor.
Eu, Aline Caira, repudio essa caricatura grotesca. Longe de ser esse monstro, quem me conhece testemunha minha sensibilidade, a facilidade com que me comovo às lágrimas, a compulsão em auxiliar o próximo, mesmo em detrimento das minhas próprias necessidades. Sou uma humilde sofredora que, por vezes, veste-se com a armadura da supermulher para ocultar minhas fragilidades. No entanto, sou apenas uma mulher-menina que anseia por um mundo cor-de-rosa com aroma de baunilha.
Não merecíamos tamanha carga de sofrimento, humilhação e atentados contra nossas vidas. Qual a razão para essa crueldade? Por que fomos alvos de tamanha perversidade? Somos seres humanos, filhas de Deus. A ausência de uma família que nos proteja e zele não legitima o direito de nos ferir e desejar nossa destruição.
Essa violência jamais deveria ter ocorrido. Quase me levaram à loucura, agravaram minhas enfermidades. Sofro de depressão desde a infância, mas os tormentos intensificaram meu sofrimento. Atentaram contra nossas vidas, fomos expostas de forma humilhante e vexatória perante toda a cidade de Franca. Perdemos nosso lar, sucumbimos diante de tanta maldade. Onde está a humanidade? Onde reside o amor de Cristo?
Se não fosse a presença divina em minha vida, eu estaria morta e minha filha órfã. Imaginem minha filha abandonada nesse vale de sombras onde fui depreciada, onde o berço que me viu nascer se transformou em um mar de sofrimento e terror psicológico. Minha filha se tornaria uma delinquente sofredora em meio a narcisistas. Que Deus Pai Todo Poderoso nos proteja sempre dessas almas corrompidas.
Que possamos seguir em frente com a humildade de um recomeço. Eu, minha amada e doce filha, e nossa dog Princess Clara. Iniciaremos um novo ciclo, uma nova era, sem medos, sem sofrimentos, mais próximas de Deus e com a família que escolhemos para ser nossa. Aproveitaram-se da nossa condição de sermos apenas eu e minha filha se encorajaram para nos destruír. Mas Deus é maior, Deus não permitiu tamanha maldade.
Deus é bom o tempo todo.
Amar e Ansiar
Amar alguém — ansiar por esse calor,
Enquanto casais sorriem ao nosso redor.
Na solidão, vem a dúvida em nosso coração:
Será que há alguém no meu destino?
É cansativo
Buscar respostas onde não dá pra alcançar.
Nos filmes, nas séries, nos livros
O amor sempre vence, sempre inflama.
E nós aqui,
Sentindo o peso que o mundo imposta:
“Você já tem alguém? Vai namorar quando?”
Como se o coração tivesse hora e comando.
Mas o amor — ah, o amor — não se força,
Ele chega na hora.
Não é ausência o que há no agora,
É espaço aberto para quando for a hora
Diário público de Aline Caira
Em muitas situações, lamentavelmente, a oportunidade de apresentar sua perspectiva sobre um evento ou situação é negada. Idealmente, a obtenção de informações de todas as partes envolvidas, em um diálogo direto e respeitoso, deveria ser uma prática fundamental, pautada pela honra e pela decência.
Contudo, é frequente que indivíduos formem opiniões e julgamentos precipitados, baseados em informações parciais ou distorcidas, sem conceder à pessoa em questão a chance de se defender, esclarecer os fatos e dissipar as interpretações errôneas. Essa atitude priva a verdade de emergir e perpetua equívocos que podem gerar consequências negativas. Lamentável...
Diário público de Aline Caira
A notoriedade contemporânea parece, lamentavelmente, favorecer o conteúdo negativo, em detrimento da bondade e do altruísmo. Difamação, destruição de reputações e exposição vexatória alheia frequentemente atraem mais atenção do que atos de benevolência e amor. Essa dinâmica, infelizmente, reflete uma tendência da sociedade em valorizar o escândalo em detrimento da virtude. A velocidade com que notícias negativas se propagam, contrastando com a lentidão da disseminação de boas ações, evidencia uma preocupante carência de humanidade em nosso meio.
Muitas pessoas parecem sentir prazer em colocar outras pessoas sendo alvo de difamação, caracterizada pela disseminação de informações inverídicas. Observo uma aparente intenção de muitos o desejo de desestabilizar o bem-estar emocional de pessoas alvo.
A depressão é uma doença debilitante que pode levar a comportamentos e necessidades específicas para aliviar a dor. Em vez de criticar, devemos oferecer compreensão e apoio.
Falta ao mundo mais respeito e humanidade. Precisamos propagar o amor e a consideração pelos sentimentos alheios. Quem somos nós, seres imperfeitos e cheios de falhas, para nos arvorarmos no direito de julgar? O julgamento cabe a Deus; a nós, resta a compaixão e o respeito.
A depressão é uma doença silenciosa, porém avassaladora, que se manifesta de diversas formas e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Infelizmente, apesar de sua crescente prevalência e do avanço da ciência, a depressão ainda carrega um pesado fardo de estigma e incompreensão.
Um dos maiores obstáculos enfrentados por quem sofre de depressão é o julgamento alheio. Frases como "Isso é frescura", "Você só precisa se animar" ou "Tem gente passando por coisas piores" são frequentemente proferidas, minimizando a dor e invalidando a experiência de quem está lutando contra a doença. Essas atitudes, muitas vezes carregadas de ignorância e falta de empatia, podem agravar o quadro depressivo, levando ao isolamento, à culpa e à dificuldade em buscar ajuda.
É crucial entender que a depressão não é uma escolha, fraqueza de caráter ou falta de vontade. Trata-se de uma condição complexa, com causas multifatoriais que envolvem aspectos biológicos, psicológicos e sociais. A depressão afeta o funcionamento do cérebro, alterando a produção de neurotransmissores responsáveis pelo humor, sono, apetite e energia.
O julgamento das pessoas com depressão é um reflexo de uma sociedade que ainda não aprendeu a lidar com a saúde mental de forma adequada. É preciso desmistificar a doença, promover a conscientização e oferecer apoio e compreensão a quem está sofrendo. A empatia, a escuta ativa e o incentivo à busca por tratamento profissional são atitudes fundamentais para ajudar alguém que enfrenta a depressão.
Lembre-se: a depressão é uma doença que pode ser tratada. Se você ou alguém que você conhece está sofrendo, não hesite em procurar ajuda. A vida pode ser mais leve e feliz, e o primeiro passo é quebrar o silêncio e buscar o apoio necessário.
Eu Aline Caira sofro de depressão, uma doença que assola minha vida por mais de 30 anos.
Amar e brincar na lama
São brincadeiras semelhantes.
Momentos de pura emoção
gargalhada, animação.
A princípio tudo é divertido.
Limpar o estrago depois,
é que pode ser dolorido.
Porque no amor como na lama,
não adianta amarração.
Tem que estar ali para o que der e vier,
disponível, inteira.
Se não for dessa maneira
sem frescura, sem besteira,
melhor nem amor nem lama.
Perde a graça a brincadeira.
Sentimentos devaneiam como um veleiro à deriva no mar.
Palavras lúdicas ecoam dentro da mente como se recitasse um prólogo.
Atitudes eloquentes ressaltam desejos auspiciosos de um conúbio subserviente.
Sua pele branca e macia aguça o diletantismo da paixão sobeja.
Contrito por espezinhar suas emoções, protelo paulatinamente meu amor como desabrochar das flores no inverno.
Reflexos de um caminho
No espelho, o tempo escorre,
Estrada que já passou,
Lembranças que o vento leva,
Histórias que o coração guardou.
No vidro, o céu se estende,
Promessa de um novo além,
Enquanto o sol se despede,
A vida segue — e tudo vem.
Entre o que fica e o que chega,
Há um silêncio a contemplar:
Nem tudo que vai embora
Deixa de nos acompanhar.
O passado é como a curva
Que some no retrovisor,
Mas o presente acelera,
Guiado por fé e amor.
ASCENSÃO (soneto)
Não será, contudo, está melancolia
este verso plangente, este sussurro
modorra aflitiva e o pesar casmurro
há de descerrar satisfação na poesia
Hei de notar entusiasmo num urro
em cada estrofe, cheia de melodia
e rimas de felicidade num enxurro
alagando o ritmo da lúdica fantasia
Hei de atingir ao píncaro da sensação
inspirador de cálida paixão, com teor
e lá, elevado, um sentido com emoção
Em verso maior, e saciado, com ardor
e com sedução, e glória, e o coração
apaixonado, hei de ascender ao amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 maio, 2025, 19’02” – Araguari, MG
Foi tão belo e doce,
mas também tão doloroso e amargo, o que vivi.
Tão belo foi no início,
que me fez sentir amada,
me ensinou a amar,
a enfrentar meus medos,
a lidar com as adversidades
e a me proteger.
E tão doloroso foi não conseguir me proteger de você.
Você me ensinou a me proteger de todos,
menos de você.
Afinal, acho que nem você mesmo imaginou
o quão cruel poderia ser.
Um relato bíblico diz que o melhor vinho foi servido no fim da festa, graças a um milagre. Se a vida é um milagre, minha festa já passou da metade. Agora, é chegada a hora de me servir do melhor vinho: o Amor.
O amor é como um bom vinho: suave e intenso ao mesmo tempo. "Uma agradável experiência".
Como um vinho precioso, ele se revela aos poucos, amadurece com o tempo e se torna divino para quem sabe apreciá-lo.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Valdecir Val Neves - Vila Velha - ES
