Carta de Otimismo
Acreditarmos em nossas certezas, em princípio, convém às verdades que defendemos e isso pode nos levar à compreensões egoístas, às vezes insustentáveis. Em algum momento agiremos de forma ingênua ao ponto de sermos induzidos por equívocos e vivê-los como se fossem realidades que nos darão boas experiências, neste sentido o maior problema pode não ser acreditar nos enganos, e sim nos deixarmos moldar e querer viver o que não é possível. Nem toda maturidade se forma da soma do que vivemos com o que fazemos, razão pela qual se explica porque cometemos erros iguais ao longo da vida, pois não há modelo pronto que nos previna das frustrações, mesmo porque podemos ser vítimas de nós mesmos e justamente por isso devemos considerar que em muitos instantes é bem mais proveitoso atentar para o que nos dizem como forma de proteção e olhar em nossa volta exemplos que mostrem por onde não ir. Então o sentido que se opõe ao absolutismo das convicçöes nos concede o autoconhecimento e isto pode resultar em boa maturidade, e esta nos permite algo muito importante, o contato com a dúvida como ponto de equilíbrio, e concluíremos que nossas certezas podem nos mostrar que sempre há possibilidade de falhas, jamais a impossibilidade do erro.
John Pablo de La Mancha
Quando deixamos de ter ou abrimos mão de uma possibilidade quase sempre o fazemos por algum tipo de afinidade, que pode ser do menor ao maior sentimento, e tais cedições ganham compreensão e força à medida que os sacrifícios tem bons resultados. É preciso estabelecer limites para as razões que nos levam a agir em favor do outro para que não nos tornemos escravos de nossos erros, então a prudência deve sempre estar ao lado das certezas quando houver a mínima dúvida quanto às escolhas. Independente das pessoas e ambientes de convivências devemos sempre buscar a harmonia para não dar nenhuma chance às discórdias, sejam elas tolas ou não, por isso temos que nos empenhar para manter o equilíbrio, conter reações e preservar o bom senso, entretanto se faz necessário que todos caminhem para a mesma direção, pois nem todo esforço pode significar êxito se apenas uma das partes fizer renúncias.
John Pablo de La Mancha
Nem sempre o que queremos está ao alcance de uma possibilidade, por menor que seja, pois temos que nos conscientizar e compreender que em cada tempo cabe aquilo que é preciso dentro de seu limite. Não adianta fortalecer um desejo que em dado instante não podemos realizar, e insistir nisto é uma luta infrutífera que nos levará a decepções previsíveis, causando frustrações que podem nos fazer pensar que somos incapazes ou que não merecemos e se, isto acontecer poderemos viver com a certeza de que somos um fracasso e desistir de tentar sempre. Olhar nos nossos e nos outros os exemplos de bons resultados nos ajuda a perceber o quanto é importante perseverar, desde que seja viável, pois existe o que acontece naturalmente porque cabia para onde se destinava e, em algumas circunstâncias podemos interferir, de maneira honesta, para obtermos êxito, e em ambos poder contar com as pessoas e permitir que nos ajudem é fundamental para que alcancemos as realizações. O melhor nem sempre está por vir, às vezes, chegou, ficou, passou e não vimos, contudo não significa que foi a última vez, mas que precisamos nos dedicar e incluir as pessoas em nossos planos, pois precisamos delas. E quando esta dedicação inspira o entendimento e conduz às compreensões certamente saberemos que precisamos de uma ou mais mãos amigas, pois reconhecer que o sucesso é plural e aceitar ajuda é uma simples forma de gratidão.
John pablo de La Mancha
Pdir perdão e perdoar, antes de mais nada são atos decisivos que nos levam à autocompreensão, e pode nos preparar de forma tão positiva que podemos nos surpreender com seus bons efeitos. Para muitos o perdão é uma bobagem, uma oportunidade ou reconhecimento. Os primeiros o vêem como fraqueza, sentido desnecessário, insignificância... Os segundos o percebem como parte de um todo incompleto, um motivo para reconsiderar, uma verdade para fortalecer... Os terceiros o concebem como culpa, arrependimento, remorso... O perdão envolve dois lados, duas visões, duas razões e, às vezes, duas vitimas, mas apenas uma realidade e sempre causa um vazio em um e a soberba em outro. É preciso compreendermos que o perdão também é uma conquista para ambos, e como tal imprescinde de esforço, dedicação e busca para que se tornem verdadeiros os sentimentos que o cercam, e isso não tem a ver com merecimento, pois definir o perdão pelo merecer pode ser injusto porque o critério é sempre de quem perdoa e isso pode parecer punição, e se for assim o perdoar perde o significado da harmonia e o perdão ganha o sentido de rancor.
John Pablo de La Mancha
Os aprendizados surgem de diversas formas e com diferentes pessoas, mas pode não ser resultado de maturidades que adquirimos necessárias às experiências. Nem tudo que absorvemos para nos polir, por exemplo, reflete busca por qualquer razão que nos mostre a importância de sermos mais solidários ou termos mais compaixão, pois isto nem sempre depende de ensinanentos, possa ser que o contato com histórias e vivências nos façam acreditar que existem realidades mais difíceis que a nossa, algumas até inaceitáveis. Nos compreendermos fora de nossas expectativas e certezas pode ser um caminho produtivo para cultivarmos a prudência, e mesmo que não seja provável que as intepéries da vida nos atinjam temos que estar preparados, afinal cada um vive sob leis e regras que acredita, e neste sentido o retorno chegará com bônus ou ônus. O bom é sermos justos e atentos, ainda assim não estamos isentos de absolutamente nada, por isso é válido pensar que não precisamos passar por nenhum sofrimento para nos tornarmos ua pessoa melhor, um bom começo é compreedermos e respeitarmos o sofrimento dos outros.
*John Pablo de La Mancha
Nem todo esforço representará êxito se não houver renúncias, se não tiver desprendimentos, ou se no todo ou em partes não concedermos, por isso acreditar no que é possível pode nos levar a permitir o que é inconstante para crescer e amadurecer e, a partir de então perceber em si a preseça de intolerâncias e reconhecer que tal conduta nos afasta da harmonia do bom viver. Às vezes o que nos impede de enxergarmos nossas mazelas são realidades que criamos para escondermos nossos medos e fraquezas, o que pode nos levar à certezas que não tem sentido de ser, mas que são frutos de razões que precisamos defender para não aceitar nos outros as mesmas razões e ter que concordar com o que nos falam, muito mais por vaidade que por resistência. Importante não é apenas se dispôr a tentar para conseguir é necessário compreender o bem que nos fará, pois do contrário pode nos limitar às tentativas frustradas e dizer que não depende só de nós, e assim justificar um esforço sem vontade, completamente vazio de significados.
John Pablo de La Mancha
Ao criarmos situações de conflitos, mesmo que sem querer, permitimos, de alguma forma, que o mal se manifeste em nós, entretanto este pode não ser o maior problema, já que temos a chance de sermos compreensivos e coerentes para reparar os danos, o maior perigo é acreditar que ainda assim estamos certos, então o mal pode se potencializar. Rusgas são comuns a todos a qualquer momento, por isso é importante que se mantenha o equilíbrio para preservar a razão e nos concedermos a possibilidade de não sermos injustos, sobretudo no que dissermos, pois às vezes atitudes não produzem tantos efeitos quanto o que se diz e isso contamina o bom viver. Fica difícil o conserto quando ignoramos o bom senso e nos fechamos em alguns egoísmos, muito provavelmente isto nos fará arrogantes vez por outra e, poderemos esconder pensamentos e negar aos outros sinceridade por puro capricho, pois palavras não ditas podem representar qualquer distância entre a vontade e a covardia, as ditas na insatisfação podem abreviar o remorso.
John Pablo de La Mancha
Quando pensamos no fazer ou no querer geralmente nos valemos de aprendizados que construimos ao longo da vida, então nos fortalecemos pelos êxitos e, os fracassos guardamos como lições para que sejamos mais cuidadosos. É natural que em alguns instantes questionemos o que nos dão como modelo único e correto de ensinamentos que produzam conceitos, verdades e negações, pois desta forma conseguimos ter outros olhares que nos libertam de certas amarras. Este é o caminho para ampliar o senso de compreensão e absorver diferenças que possam nos incomodar, em quaisquer aspectos, e isto pode não se refletir da mesma forma para todos os sentidos, eis que assim conquistamos autonomia e passamos a alimentar a sensatez como ponto de partida para considerar que outras realidades são mais próximas de nós do que imaginamos. Contudo, por mais que tenhamos segurança, firmeza e absoluta certeza dos próximos passos é humilde e prudente que sempre tenhamos em mente que nem toda maturidade resulta de experiências ou vivências, em muitos momentos o melhor é ouvir conselhos e observar exemplos.
John Pablo de La Mancha
Compreender certas realidades e as pessoas que nelas estão inseridas nem sempre é tarefa das mais fáceis, sobretudo se os valores e conceitos que os cercam se contrapuserem aos nossos, de qual natureza for. Às vezes um simples diálogo se torna difícil porque as razões do entendimento estão presas a contextos que não aceitamos, e isso de alguma forma expressa insatisfações que residem apenas em nós, mas que se compara àquela prática infantil de não gostar de alguém e por isso não falar, porém esta realidade muitos adultos não abandonam e agem assim, contudo querem ser entendidos, mas não querem entender. Quando a incompreensão passa a ser uma forma de defesa, ou mesmo de ataque é comum significar que os argumentos para tanto podem ser vazios de justuficativas que os sustentem, e isto se aplica a todas relações sociais e de convívio. Quanto mais nos aproximarmos do bom senso mais chances teremos de nos desnudarmos de arrogâncias e resistências, pois o que pensamos ou dizemos não deve se refletir paradentro do outro como exclusividade racional, mesmo porque o discernimento está para todos, a prática dele nem todos querem, posto que maturidade também é compreender, o que não significa aceitar, mas sim tolerar
John Pablo de La Mancha
Às vezes o desconhecimento dos limites que nos possibilitam bons resultados podem no manter no mesmo lugar se não ousarmos. É sempre bom guardar atenção e zelo ao que não está ao alcance, se pudermos ir em busca do que nos fará bem tanto melhor, pois as razões que nos movem em direção às conquistas podem ser as mesmas que devemos superar para resolver pequenos problemas, e assim trazer harmonia ao convívio. Compreender a distância que separa as finalidades das necessidades são de extremo valor quando nos propusermos a extrair dos esforços lições que nos mostrem que, às vezes, podemos ser frágeis diante de algumas simplicidades, mas não significa desmotivação, talvez precisamos descobrir em nós capacidades que estão adormecidas e precisam apenas de uma ajudinha para acordar. Por isso temos sempre que alcançar o que nos cabe, sem atropelos e contendas, porém o que se deseja alcançar nem sempre faz parte do que precisamos, e é justamente no instante de refletir e analisar sobre isto que devemos estar onscientes do que devemos delimitar em nossas vidas, o que devemos restringir, o que de fato queremos e verdadeiramente precisamos, e para tanto é indispensável olhar ao redor e ter humildade em ouvir as pessoas para sabermos como devemos agir.
John Pablo de La Mancha
O natural na vida é as novas gerações se despedirem das antigas, mas, às vezes é duro demais aceitar que o natural não é certeza plena, e nem tudo que é contraditório nos é aceitável com a compreensão de que é assim mesmo. Não queremos perder a hora pela importância que tem aquele instante... Ou abraço, pela força que representa... Ou o sorriso, pelo sentido que nos move... Ou a presença, pelo amor que tanto nos alimenta... Enfim, não queremos nos privar de absolutamente nada que nos dê amor e proteção, mesmo que às vezes nos pareça exagero. Para os pais, filhos nunca cuidarão de si como eles cuidam e zelam, e por isso jamais crescerão serão sempre crianças e, por afetos nos tratarão carinhosamente assim. Fazer o que pudermos enquanto tivermos a chance é sempre o melhor a ser feito, e mesmo que façamos tudo pode ser que qualquer vazio nos cause algum pesar, mas é assim mesmo que se manifesta a certeza de acreditar que as vivências se completaram e que por todo momento cada um deu o seu todo dentro dosempre que foi possível, e se algo ficou inacabado não foi pela ausência de nenhum gesto, de nenhuma palavra, de nenhum carinho... Talvez tenha sido pela vida que nos mostrou exatamente como somos, o que podemos e o que negamos. É imperioso que se diga que sempre os amaremos sem nenhuma reserva e sempre estaremos juntos, e mais importante ainda é fazer, pois esta história não termina no último aceno, pode não haver tempo, porque ela pode começar por um doloroso sentido e se estender pela inconformação, mas trará consigo a convicção de sua missão e realizações. Portanto, mesmo que pareça piegas, antiquado ou desnecessário, expresse o vigor das afetuosidades, das considerações, dos desejos de bondades... Faça o simples seja na desculpa ou no arrependimento, renove o melhor em si, preencha o que está incompleto, lute contra os rancores e resista à soberba, pois se não cuidarmos para bem viver no agora ele poderá ser o depois para nossos filhos.
John Pablo de La Mancha
Em cada palavra que proferimos ou pensamento que temos para recomeçar sempre há uma razão que nos motiva, simples ou não é o que nos basta. Recomeçar nem sempre significa mudar, mas melhorar o que existe, lapidar o que é bruto em nós para também nos sentirmos vitoriosos. Quando nos dizem que precisamos é prudente que procuremos compreender por qual motivo, e é humilde que consideremos a possibilidade, pois aperfeiçoar faz parte de um todo chamado maturidade. Em um ou outro momento poderemos nos perceber indiferentes às realidades que nos cercam e nos movem, porém pode ser apenas resistência a escutar, ceder, fazer renúncias e aceitar que isso nos torna imóveis no tempo e nos tira a chance de crescer, contudo se feito já nos faz ter outro olhar sobre os outros, sobre o mundo e, principalmente, sobre nós. Começar novamente é voltar ao ponto inicial, é recuar, é refazer, é repetir para tentar mais uma vez e isso pode se perpetuar, pois nem sempre é do novo que precisamos. O recomeço é continuar de onde paramos e trazer somente o necessário do que ficou e completar o que faltava, para nos fortalecer e seguirmos em frente sempre em direção às possibilidades.
John Pablo de La Mancha
Não percamos tempo dando chances a conflitos e desgastes as palavras, às vezes, podem ser poderosas diante do que enxergamos e nos levar às intolerâncias, e fato inegável é que elas produzem efeitos e, muitos deles são rancores. Tentar o desprendimento de situações que não tem conserto pode parecer desnecessário, contudo representa a possibilidade de uma reflexão nunca feita antes, mesmo quando o que resta são desculpas, e quando sinceras redimem algum pesar, mas se vazias renunciam ao bem viver. Não se trata de remexer no passado ou reviver conflitos, nem de assumir erros e culpas, mas acabar com condutas danosas que na maioria das vezes é infantil. Então se esforçar para resolver problemas que causamos é inteligente, mas evitar o que pode nos levar a amargos arrependimentos é sábio.
John Pablo de La Mancha
Vez ou outra nos deparamos com diferenças que colidem com o que nos fizeram acreditar, porém este não é o problema já que os aprendizados podem mudar e são processos contínuos. Abrir caminhos para novos ensinamentos pode ser difícil quando o sacrifício maior é ter que renunciar ao que nos foi entregue como verdade absoluta, e mais pesaroso é reconhecer que nos moldaram para reproduzir discursos que nunca haviamos questionado, e fortaleciam conceitos fechados. Compreender o divergente não significa a confirmação de enganos sob pena da radical mudança, pois é preciso reflexão e escolhas para dar equilíbrio às possibilidades e tentar a renovação dos pensamentos para romper resistências e produzir harmonias. Contudo é comum se ouvir jargões como "nasci assim, morrerei assim"; "cada um com seu pensamento", "para mim é assim, e pronto"... O difícil não é tentar convencer as pessoas a mudarem, nem se deve. O difícil é convencê-las que mudam todos os dias sem ninguém ensiná-las.
John Pablo de La Mancha
Bom dia. Ignorar pequenas falhas também é uma forma de negar mudança, e assim tentar prevalecer o que somos, quase sempre sob o argumento da razão. Às vezes isto pode causar certas fragilidades nas relações com as pessoas pela falta de equilíbrio nas justificativas, pois sempre há dois lados a serem vistos e ao desprezarmos esta verdade confirmamos nosso egoísmo. É tanto melhor considerarmos a compreensão como fator preventivo de conflitos, e neste sentido precisamos encontrar um ponto convergente que nos leve a percepção de nossos entraves, para facilitar a aceitação de como somos, como agimos e pararmos de cobrar dos outros o que precisa ser feito em nós, caso contrário jamais saberemos o que é gratidão.
John Pablo de La Mancha
As cobranças que sofremos podem ser indícios de melhoramento, não que seja exatamente o que precisamos ou o que resta, mas em algum momento é inevitável. O que falamos, fazemos ou provocamos produz efeitos que, às vezes, são irreversíveis, e podem nos colocar em um limite entre o prazer e o remorso. Então devemos ser prudentes e exercitar sempre controle e equilíbrio para que o resultado de nossas ações não se voltem contra nós, pois os pensamentos a nosso respeito são alimentados pelo que mostramos, e de alguma forma pelo que concordamos, talvez por isso as exigências nos sejam mais frequentes o que não significa que nossa postura é inadequada, mas quando isto acontece o melhor a fazer é ligar o sinal de alerta.
John Pablo de La Mancha
Às vezes um pouco de ousadia nos faz compreender outras realidades e nos permite conhecer outros limites, entretanto não significa a ruptura com o bom senso. Temos que acreditar nas possibilidades quando elas nos mostrarem direções seguras e exatas, porém nem sempre teremos certezas garantidas de êxito por isso a prudência deve tomar sua parte em cada passo. A mentalidade de seguir sem planejar para dar certo ainda é um sério problema, pois muitos acreditam que somente desta forma funciona e, que isto é ousar, ledo engano, pois ações pensadas tem sempre dois resultados possíveis e nos preparamos para ambos, na impensadas o fracasso sempre nos pega completamente desprevenidos. Até para sairmos da normalidade é bom ter sensatez.
John Pablo de La Mancha
Compreender pode ser difícil quando estamos imersos em egoísmos, ou mesmo em preocupações sem sentindo, pois isto nos impede de vir o que é essencial ao entendimento. Quando nos dizem para nos colocarmos no lugar do outro não é preciso vivermos os problemas do outro, basta entendermos que também é possível acontecer conosco, e este pensamento até pode parecer repetitivo ou antiquado, mas ninguém está isento. Não há como evitar alguns dissabores na vida porque muitos resultam de teimosia, arrogância, ingenuídade, ignorância, imaturidade... mas há a chance de evitar a próxima vez, pois refletir, analisar e prevenir são partes indispensáveis na tarefa de compreender. E para tanto o primeiro passo é nos olharmos como seres falíveis e impotentes diante das circunstâncias, depois acreditar que os dias não são iguais e, por fim, que não somos diferentes, eis um bom começo para exercitar a compreensão.
John Pablo de La Mancha
Acreditar que conosco é diferente em todas as situações pode parecer egoísta e arrogante, pois adversidades e satisfações estão para todos. Em um momento ou outro as escolhas definirão alguns passos sem, necessariamente, ser consequência de certezas inalteráveis, e que por algum motivo nos fez ignorar outras possibilidades, contudo não é a forma com a qual lidamos com os erros que nos fará melhor ou pior que antes, é a consciência de perceber que nossa vontade, jeito, pensamentos... não são soberanos aos demais. Vez por outra nos julgamos mais importantes ou melhores e, até pode ser por medo ou insegurança, entretanto, em grande parte, nos comportamos desta forma muito mais por prepotência, e isso não que dizer absolutamente nada, pois às vezes pensamos que estamos cheios de razão, mas na verdade estamos cheios de vazios.
John Pablo de La Mancha
Às vezes queremos o que não precisamos, e nos enchemos de razões e justificativas para mostrar que tal necessidade é real e indispensável, esta é a nossa ótica. É provável que muitos não compartilhem desta ideia e tentem nos mostrar que estamos em um caminho de perdas e arrependimentos, entretanto, quase sempre, ignoramos sem ao menos a chance de ouvir, pois alguns objetivos e definicões são frutos de nossa arrogância ou ingenuídade tardia, mesmo assim temos a certeza de êxito. Imaginar que a insistência pode ser prova irrefutável para continuar, às vezes, não passa de capricho para provar que os outros estão errados, razão pela qual nos fecharmos para algumas realidades evidentes, contudo não significa que o aprendizado ocorra em função de um ou outro erro, mas certamente ajuda a melhor comprrendermos alguns significados imutáveis da vida, contra os quais é completamente inútil lutar.
John Pablo de La Mancha