Carta a um Amigo Detento
DESAFIO
O cordão rompeu antes
Que a bolsa desse sinal de tempo
E formou-se um temporal
Um nascimento
De uma nuvem espessa
No quintal.
E caíram mangas maduras
E ficaram marcas nos joelhos
De quem ajoelhado rezou.
E foi um berro enchedor
De alguém que se segurava
E não emergia no poço,
E passaram-se horas,
Passaram-se séculos
Até se decidir,
Se vê depois....
Mas depois era muito depois
Do tempo marcado.
E as marcas em suas mãos
De gladiador,
Já faziam sangue pelo quarto
E nada de querer,
Nada de amar,
Só pelo que via
Debaixo, um buraco.
LEMBREM DE MIM
Lembrem de mim
Como quem viu um beija-flor
Uma solidão,
Uma tristeza.
Como quem viu a flor
Um risco de desespero,
Uma fragilidade, sozinha.
Que viu o beijo dos dois
As núpcias e a proteção,
O protetor protegido,
A alegria guardada.
Lembrem de mim
No beija-flor e na rosa
Em mim beijando,
Em mim beijado.
______________
Naeno*comreservas
Há q admirar um ao outro.
Há q rir junto sim, sim, mas tbm há q pensar, q refletir... É importante lançar o TEU olhar sobre as coisas, ponderar o qnto concorda, o qnto não, e decidir.
Há tbm q discordar, é justo e interessante. Aprendemos muito discordando e ouvindo a posição do outro ser pensante.
Há q ter retidão. Saber o q quer, ser claro nas colocações. Lidar com sentimentos é algo de extrema responsabilidade.
Há q ter desejo, mas mais ainda, há q ter vontade... Vontade de estar junto, de estar perto, de estar dentro.
Há q ter sintonia, harmonia, lealdade, mt papo e carinho.
Ah, e há q ter fogo, ardendo sempre... q é pra ter encaixe!
Há q ter encontros, reencontros, noites de sono ao lado, noites sem sono em claro...
Há q ter uma mão pra segurar; um ombro pra chorar; um par de olhos a brilhar; uma canção a assobiar...
Ah!!!! Como há!!!
Há de ter inícios e sempre criar a continuidade...
Talvez assim, com isso e um pouco mais, havemos de sentir, a dois, FELICIDADE!
Espero pelo seu doce abraço
O toque que cessará minha dor
Por um minuto fecho os olhos
Na tentativa de fugir da realidade
E dormir em seus braços.
Os braços que me fazem desaparecer.
Que ao invés de me prender,libertam-me
Libertam-me do medo,de minha dores...
Fecho os olhos,na tentativa de fugir
Pois o mundo vai desmoronar.
Eu não quero ver.
Você não vem?
Suavizar minha dor...
Me deixará assim?
Você não vem
suavizar minha dor?
Logo o dia surgirá.
Você não vai trazer a luz para o meu quarto?
Quebre as algemas dos meus braços
Liberte-me
Rompa o selo de lágrimas e fel
Eu ainda espero o seu doce abraço
Você vai esperar pra beijar meu cadáver?
Quando eu era criança eu assiti a um filme da Xuxa onde ela, Xuxa, lutava contra o vilão Baixo-astral. Há uma cena da qual eu sempre me lembrava. Depois de conseguir "derrotar" o vilão, mocinha Xuxa diz: "O Bem vence o Mal com a força do Amor!". Sempre achei uma frase com MUITO significado.
Pois bem, algum tempo depois eu cresci e descobri que na vida real, heróis e vilões se confundem, mas tbm entendi que realmente podemos "transformar" MAL em BEM usando AMOR.
HOJE, o Amor e a Fé em Cristo, me ajudaram a "derrotar" mais um vilão. Se ele vai virar um herói? Não sei, isso já não é responsabilidade minha... Claro que qndo somos adultos, esse Amor é feito de uma série de coisas somadas... gentileza, maturidade, civilidade, humildade, MUITA paciência e BOM caráter! Tbm eu não sou herói, mas sou um homem reto e honesto... do bem!
Parece que as histórias da nossa infância não são feitas de tanta ilusão. Há muita realidade por baixo de tanta fantasia. Aliás, sempre há uma diversidade de coisas por baixo de fantasias... mas pondero sobre isso outra hora!
MENINO
Quando eu era um menino mirrado
Bem pequeno, que dava mal pra se ver
Eu já muita coisa sabia,
Porque tudo o que as pessoas falavam
Eu ouvia, em todo lugar eu cabia
E ninguém me percebia,
Ou faziam de conta que eu não existia.
Portadores de miopia,
Assim foi, que nunca me viam.
Em mim a vontade pelo que não sabia,
Curioso como um papagaio aprendiz,
E ninguém me via,
E tudo eu ouvia.
Quando comecei a falar,
Não comecei pelo que a minha mãe dizia,
Me pus a falar de coisas já de aprendiz,
Discutia geografia,
Calculava a geometria,
Delineava a filosofia,
O que acontecia no dia a dia,
Citava já algumas poesias,
E mais, curioso eu ouvia.
A história de Cristo eu sabia,
Do inquisitório, da condenação, eu via,
O erro maior da história, e não entendia,
Como é que se mata Deus, e Ele assim permitia.
De Sócrates a verdade que se puniu,
Contava a estória de Lampião
Do seu encalço, a polícia,
Armada de artilharia, mirando ele e Maria.
Mas continuava tão pequeno,
Que tudo que eu dizia,
Ou ninguém nada entendia,
Ou, como a mim não percebiam.
__________________
naeno*com reservas
POBRESINHO
Pobre de mim
Que ainda espero por um beijo teu
Meu coração, na certa não entendeu
Que aquilo foi despedida.
Pobre de mim
Que fico triste quando alguém me diz
Que te encontrou de vida tão feliz
Eu era o teu pesadelo.
Só que quando eu me sinto assim
Tão pobrezinho
Eu desço a lata no fundo do poço de mim
E bebo do amor que é meu.
Só que quando eu me sinto assim
Tão machucado
Eu deito leve no colo
De amor bem forrado
E choro no amor que é meu.
Ninguém me ama como eu
Ninguém me engana como eu
E nos reveses da vida
A ferida do amor doeu.
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naeno*comreservas
Estações
Quando acordei já era hoje, havia um sol tão forte que queimava a minha pele como ácido de minhas próprias criações, me fechei dentro de mim por todo o verão, não vi as crianças correrem na praia atrás de uma felicidade simplória, não observei o passeio do casal de velhinhos que moram no andar de cima do meu apartamento, que costumeiramente saiam com seus chapéus de pano e um óculos bem engraçado todas as tardes com seus dedos entreleçados, parecendo não deixar que o suor do cansaço os separassem, não escutei as músicas que mais tocaram nas rádios e fizeram a trilha sonora na vida de muitos vivantes, não fui beijado por vários lábios, não pratiquei exercícios físicos que fortalecessem minha auto estima, não fui convidado para uma noite quente, em meio a risos e um total despreendimento sobre o dia seguinte, não alimentei os pássaros que suicidamente bateram no vidro da minha janela querendo entrar, não frequentei nenhuma exposição de artes ou uma temporalidade cultural que me inspirasse, não tomei aquele sorvete de maracujá que tanto gosto na sorveteria perto da revistaria do seu Pedro, não cantei no chuveiro depois de ter transpirado de tanta alegria, não tive conquistas, nem amores de estação, não dancei até perder as forças nas pernas, não me entreguei ao novo e desconhecido e muito menos me joguei do alto do morro agarrado em uma asa delta, não houve grandes aventuras e nem elevações em meu nível de adrenalina, foi apenas mais um verão que se passou. Agora, abro o guarda roupa e procuro minhas vestes de frio e me agasalho em plena nostalgia, tomo aquele velho vinho deixado na estante da sala para abrir com alguém especial, assim fiz, o bebi. Meu coração se aquece a cada vento frio e pego os álbuns de fotografia e me transporto a cada imagem que se mantêm viva dentro de minhas inócuas lembranças, ouço velhos discos e até me arrisco em alguns passos, mas, mesmo assim o silêncio da sala me agridem como punhais e o tempo faz questão de mostrar o quanto o calor da vida vibra, resolvi bater na porta dos meus vizinhos do andar de cima e lhe oferecerem um pedaço de queijo e me deparei com correspondências jogadas ao chão perto da porta, banhadas com uma leve poeira, quando repentinamente a voz do porteio me disse em meio a surpresa o que eu não sabia, chorei e desmoronei lentamente quase que acompanhando o toque das lágrimas em meu rosto, corri sem direção e gritei sobre as grades do prédio: "já é inverno", e mesmo assim meus pés não respondiam ao meu desejo de ultrapassar as barreiras que eu mesmo construi e poder ver aquelas pessoas e certos lugares, de me encantar com o nada, de rir das minhas peripécias, de fazer novos amigos e rever os antigos, de escrever uma carta de desculpas, de viajar e obter novas memórias, de retomar os meus projetos profissionais e sonhos pessoais, de deixar o coração bater até sentí-lo saltar pela boca, de me emocionar e realizar a auto cura que tanto espero. Não conseguirei resgatar todos aqueles dias de verão, mas posso transformar este inverno no começo da minha nova estação, pois, um dia ainda quero admirar o brilho deste planeta amarelo, sentir as cores me dominar, ler um livro no banco da praça e esperar que ali se aproxime a pessoa que tanto espero e me convide a ver o pôr do sol.
VOLUNTÁRIO
Por um momento que durou sua vida toda
Ele foi do voluntariado de cuidar de tudo,
Passava à vista todas as manhãzinhas
As borboletas que nunca as alcançava dormindo
E saudava com o olhar mais venturoso,
Cheio de coragem, audácia e cor,
Os canários belgas postos ao sol nas sacadas.
E visitava de fora, o casulo no seu tempo
De rebento. Fazia emendas nas asas dos passarinhos
Triscadas pelos helicópteros invasores dos seus espaços.
Ia aos lixões demarcar pontos para os urubus,
E lhes dava conselhos, quão perigoso é o sul.
Fazia festa e quermesse para os beija-flores
E lhes beijava o bico, provando do néctar.
Dava nome e sobrenome a todos os outros,
Quem não era parente seu, era do seu amor
E assim amava o tempo, que não se ver
Só por querer criar condições lá dentro
Para que lhe fosse surpresa todo dia, a aurora.
Amar é sofrer, amar é ver através dos olhos da pessoas amada...
Amar é viajar por um mundo em que nada é real...
O amor é um mundo confuso.Mas que você precisa soluciona-lo.
Amar é não ter limites.Amar é ver o mundo de forma inferior, amar é deixar de viver sua vida para viver esse sentimento tão poderoso e indiscutível.
Amar é apenas sentir e não encontrar palavras para explicar tudo aquilo que as palavras não poderiam desvendar...Porém mesmo assim saiba amar!!!
Pois você tem o mundo nas palmas das mãos.
Doces momentos.
Os momentos é que fazem a vida mais bela.
Já observou que tudo é por um momento? A alegria,a tristeza,a saudade,as ilusões.Enfim, por breves momentos voce sente que é amada,desejada,querida:breves momentos.
Observe os poemas,poesias,histórias- tudo foi por momentos.
Em breves momentos revejo minha vida,refaço teorias,reafirmo amores,ilusões:Tudo por breves momentos.
È comparado ao tempo hora maior sol, daí a pouco surge uma tempestade e deixa no ar uma breve saudade,cheiro de terra molhada,um arco iris no ar:Tudo em breves momentos.
Há momentos que sentimos uma saudade doída ,de tudo o que foi,e tudo que é.
Em breves momentos vejo um filme ,do que vivi,vivenciei,de tudo que amei ou deixei de amar...
Ouça o som das penas pousando no linóleo
Fechando um par de olhos no quarto escuro
Deixando as gotas salgadas marcarem tua pele feito óleo
Fazendo de tua respiração um lugar seguro.
Pequenas mãos permitem lhes pousar um rosto
Magoado.
Marcado.
Esquecido.
Salvo do colapso pois as paredes têm ouvido.
A ponta de seus dedos desenham na terra fria.
Enquanto lhe lateja o doce vácuo da terapia.
Três e meia da madrugada.
O tempo se torna melodioso e eterno.
Me mantenho calada.
Enquanto arrastam sua auréola para o inferno.
A brisa gélida penica as digitais em seu corpo.
Acelerando o pulsar de seu coração morto.
O timbre da voz ecoa a melodia tão pequena.
Só pra salvar minhas asas em quarentena.
Duas almas incorporadas em um corpo sem amar.
Dois pulmões escurecidos sem precisar de ar.
Quatro olhos avermelhados, opacos, sem olhar.
Dois pares de asas com medo de voar.
59 segundos de gravidade parada,
1 batida cardíaca estagnada,
Não sei que horas da madrugada.
Buscando um refúgio na direção contrária
Se deixando dissolver na ventania da cidade portuária.
Desacertos
Façamos um brinde,
Estilhaçando as taças,
Ferindo nossas mãos,
Unindo nossos sangues.
Serão palavras incompreensíveis,
Talvez sugiram um pacto,
Ou tolas promessas de amor.
Desacreditaremos do mundo,
Vivendo unicamente nós.
Serão nossos corações escravos,
De um amor improvável.
O martírio presente,
Dia e noite, pelos séculos
Das nossas existências,
Para fazer compreender
O nosso significado.
Brindemos novamente,
De mãos vazias,
E sangue seco.
Estaremos em silêncio,
Desacreditando de tudo.
Destilaremos nossos sentimentos,
Como lento veneno injetando na veia,
Definhando nossos corações.
Aflitos, em vão acreditaremos
Encontrar, noutros, um sustentáculo
Para o conforto desta condenação.
"GRITE!"
"Ao nascer, você recebeu um livro em branco, com páginas infinitas
Nele, devem ser escritas as suas histórias, mesmo as pequenas
Todo o firmamento é regido pela voz das suas atitudes
Quer gritar para o mundo o quanto merece e será feliz?
GRITE!
A única opção dele será dar aquilo que é somente seu
Entregar nas mãos do dono o que é devido...
Não há quem tire de você a possbilidade de alcance do que quer
Se o propósito for o bem - o seu, e o dos que o cercam - tudo virá...".
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AMAR
Amar é um rito
Amar é um grito
Amar é um fito
Amar toca o mito
Amar é bonito.
Amar não é desdito
É o que faz renascido
Amar é rolar no infinito
Amar no infinitivo.
A carne no seu gemido
O mar, na sua mesmice
Amar é sair do sito
Amar é conter um grito
Amar é soltar um grito.
Amar é como gripe
Dá um cansaço esquisito.
Uma viagem aos limites
Trazer das estrelas o brilho
E na distância perdido
Ver o mundo, um granito
Pedaço de um quarto aflito
O interminável bendito.
Todos os beijos prescritos
Os gestos mais precisos
Que se consegue, um alarido.
Gente dentro da gente, inciso
Amar é o que tem cabido
A parte melhor, amor parido.
Amor, um nome, amar, da vida.
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naeno* com reservas de domínio.
Ele não tem barba branca, nem um trono nas nuvens...
Ele não é aquele que faz parar de chover, nem aquele
que faz seu time de futebol vencer... Ele não comanda tudo, ele não faz escolhas por nós, ele não diz quem vive e quem morre, ele não evita a catástrofe humana...
Ele, é aquele que nos mostra os Caminhos, é aquele que ilumina, é aquele que nos mostra o poder do amor, e a força da união... ele é aquele, que anda sempre conosco, e nos diz quando estamos certos ou errados, porém, ele não nos impede de errar... Ele é a força, que motiva, é a beleza da vida... Como o amor, a saudade, a alegria, a dor, DEUS é um Sentimento, o sentimento da esperança, o sentimento de que tudo pode melhorar, e tudo podemos realizar... e não importa o quão delicada a situação seja, você sempre pedirá ajuda a ele, e com isso, você prova o quanto você é forte, o quanto é capaz, o quanto pode, o quanto quer ... Você Acredita em Deus? tenha orgulho disso, pois se você acredita nele, é porque acredita em você... Levante-se! Deus não está sentado te olhando, Deus está dentro de você, porque ele , é você!
MENESTREL
Ouvi de um menestrel
Das investidas de puro amor em seu corcel
Que o seu violão falava uma língua
Propensa a fazer morada no coração.
Que o desleixo de sua vida
E parecer-se cão sem dono
É que a cada estação,
Chuvoso tempo e de raro sol
Lindos cantos saiam de sua boca.
Um pinho, uma madeira às costas,
Já se ferindo roçando as encostas,
Onde o amor subira, pedindo me toca
Com teus dedos cegos.
A mão disposta por todas as cordas,
Um piano idêntico, de teclas amigas,
E a voz plangente daquele homem apeado
Amarrado ao cavalo, por ali comendo.
Ouvi de sua boca canções que nunca esqueço,
E quando me dou na ventura alegre,
De alguma me lembro,
Outras solfejo baixo,
Cá com o meu coração
Por tudo apaixonado.
Quando dou por mim amando intenso
Lembro do escondido canto
Que ele me guardou,
Num fundo sem fundo, entrando o coração
È essa a aventura, que me alegra tanto.
O menestrel das estradas
Lembro, o seu chapéu de barbicacho,
Nem lembrava ser todo esse riacho,
De águas perenes dos meus olhos inteiros
Que inda são de estação de inverno
Ainda ele insiste em ser meu cativo.
naeno*
CALMARIA
Horizonte calmo
Sem promessas
Mar sem riscos
O silêncio se contém
E não quebra um graveto.
O barco segue
Sem que se ouça
Os batimentos das águas
Cortadas nos dois lados
Da embarcação.
Tento e não consigo,
Cubro a cabeça com a camisa
E não consigo ouvir
Os batimentos do coração.
Com o cuidado de uma agulha
Vejo o meu lado esquerdo
Subir e descer.
Será minha respiração,
Será do meu coração
Quietos, silêncio das mãos.
EU LA MANCHA
Amar um gesto que de tudo ébrio,
Permite-se no vento afundar,
E dar-se mais, ao que tiver na espera.
A pedra o risco de voltar jamais.
Amar perdido de amor tomado,
Puxado a vil monumento agastado,
A voz já rouca de implorar que deixem
Seus olhos verem se lhe cabe a cabeça,
A altura a forca que se vão largar.
Solto o destino, solta a sorte,
Larga-se sozinho espreitando a morte,
Que antes de abraçá-lo se compadece e chora,
Ainda não é hora, o amor vai se abrasar.
Amar redondo, o mundo circundar,
Cadê Dulcinéia, fugiram meus lugares,
Onde fico, dormem meus cansaços,
E a minha fadiga de me levantar.
Acorda-me amor, amor, com beijos,
Retira a infante veste,
A espada pesa, sinto que a loucura,
Deixara-me louco, por não te encontrar.
Campos, trigais, moinhos ao vento,
Vê-se distante, mais longe, te amo,
Mostra-me antes, dos caminhos limpos,
O lume longe do olhar da bela.
Ó formosura, amar encarnado,
Amor que sinto, corpo atormentado.
DIVAGAR
Também sei sonhar...
Às vezes vejo que em cada ser
Existe um outro que o faz
Sentir, mover-ser, amar, sofrer.
A rosa tem por fora uma cor
Um cheiro, uma forma .
E por dentro, como sinto ser
Também há algo que lhe sustenta
E lhe dar esses movimentos, de tempo
A cor, o brilho, o amor que inquieta.
Dentro do homem reside calada
Mas dona dos seus movimentos
Seus sentimentos, e até sua aparência
Uma alma, invisível, mas que se vê
Por esses rompantes, essas quedas
Que acometem o corpo.
Deus, que existe, dentro de nós
E fora do alcance do nosso olhar
Por habitar o longe céu
E o nosso coração tão perto.
Por isso sonho, ou tenho a certidão
De que Deus, eterniza-se
Pois o que lhe acontece nunca podemos ver.
E dizemos Dele infindável
Como o sonho, de outra forma
Que todos sentem
E que se passa de um para outro
Às vezes iguais
E sempre tão diferentes.
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