Carne

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A mente é forte mas a carne é fraca

Poema

E era tudo
Era a carne
Era a pele e era o toque
Era o cheiro e o gosto
Era a paixão e o cuidado

E era tudo
Era tudo, mas não era a alma

E sem a alma, a carne apodreceu
A pele enrijeceu
O cheiro perdeu o odor
E o gosto o tal sabor
A paixão ficou sem palpitação
E o cuidado perdeu o afago

Porque era tudo, mas não era amor.

⁠Senhor do teu ser, senhor da tua alma...
Dono da tua carne, dono do teu íntimo, sacana e mais profano desejo...

⁠💜🐺💜
O jantar está pronto
Meu lobo está
Na forma humana
Vinho, carne assada
Aprendeu a gostar
O perfume das flores
A lareira soltando
Faiscas
A brasa ardendo
Preciso contar
Estou ansiosa
Sei que ele vai
Amar
Mas como será
Ele chega cheirando
A loção
Madeira adocicada
Cabelos longos molhados
Olhos brilhantes
Não resisto
Corro para seus braços e abraços
O tapete é macio e convidativo
Nesse jogo ambos ganhamos
É perfeito
Amor preciso te dizer algo
Que vai mudar nossas vidas
Ele me olha assustado
Você não vai voltar comigo
Para a floresta
Que sofrimento vejo no seu olhar
Dá pena
Não amor, não é isso
É que nossa família
Vai aumentar
Coloco sua mão
Na minha barriga
Novamente fixo
O olhar nos seus olhos
E digo
Estou grávida
Um abraço louco
Um uivo ensurdecedor
Lobo novamente
Sai em disparada
Rumo a floresta
Cantar seu canto
Avisando a família
Da novidade
Passou horas
Aluando
Voltou feliz
Me beija e abraça
Sim nossa família
Está aumentando
Obrigada
Meu amor

⁠Jesus é o único interprete absoluto das escrituras. Isto porque Ele é o Verbo que se fez carne. Essa consciência arranca o centro da discussão da interpretação filosófica ou filológica do texto e nos chama para o deslumbramento da revelação da Palavra que só pode acontecer em intimidade com o Verbo Vivo.

A carne é sonho transitório.
Quando dormimos, voltamos
à nossa essência onírica.
Quando morrermos, seremos
o sonho definitivo
que, um dia, foi homem,
que pensava ser real.

"Cofie seu corpo a um só, não deixe que outros tenham gosto por sua carne."

"Eu não como carne porque vi carneiros e porcos sendo mortos. Eu vi e senti a dor desses animais. Eles sentem a aproximação da morte. Eu não pude suportar a cena. Chorei como uma criança. Corri para o topo da colina e mal conseguia respirar...senti-me sufocado...senti a morte do carneiro."

Existe algo em mim que se manifesta, se expressa em
carne viva. Que mata e morre por vaidade, que caça noites
insanas pela sua certeza, que corre, que berra e
atropela dias e crucifica as horas.

É agua contida. Transborda e resiste, revolta. É um
sussurro na escuridão e um apelo pro fim do mundo.
O choro preso em noite de fantasia, e a morte desmascarada,
plenamente escrita por palavras inférteis e
loucuras dentro duma bolha.

"Nas torturas toda a carne se trai"

O corte da navalha fere a carne e dói os ossos. O corte das palavras fere e arde até na alma.

Ódio
Palavra pequena de quatro letras,
Porém forte e sombrio
Faz tremer a carne quando proferida
Cega e abre muitas feridas
Faz sentir dor, faz sentir frio
Faz perder os sentidos
Dá início a uma guerra, um suicídio
Faz homem voltar a ser criança - imatura, insegura
Faz um gênio, um poeta
Faz destruição

Amor
Palavra pequena de quatro letras,
Porém forte
Faz tremer a carne quando proferida
Cega e abre muitas feridas
Faz sentir dor, faz sentir frio
Faz perder os sentidos
Dá início a uma guerra, um suicídio
Faz homem voltar a ser criança - imatura, insegura
Faz um gênio, um poeta
Faz destruição

Amor e ódio, faz sentido.

Arregaçar a carne e enxergar o cru, sangrando, não é coisa pra gente que só se vê arranhando a superfície macia da pele e acha que está bom. Se aprofundar e se sentir confortável com o que vemos, enxergamos e até sentimos, muitas vezes nos dá a segurança que sempre buscamos... sossegar a dois é bem melhor!



Jota Cê


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Os Abutres Estão Prontos

Carne, ossos e miolos, espalhados pelo chão
Fim da vida, chega a morte, logo a putrefação
Muito tempo se passou, e o cadáver lá deixado
Vermes, moscas e micróbios, corpo seco e retalhado
Os abutres estão prontos pra devorar a carcaça
Jaz um corpo na estrada, que sofreu uma desgraça.

Ninguém ama só carne; apenas come.

E quando menos se espera...
... o "fantasma" reaparece. Desta vez... de carne e osso. Desta vez bem palpável. Entra-lhe pela casa adentro e suga-lhe a alma com beijos de cortar a respiração. Crava-lhe os dedos na pele e desafia-a a voltar ao sítio de onde ela nunca quis sair...

Duelo



À carne expectante
anuncio o meu corpo
em trovoada de sentidos
Há dores
cheiros
gemidos
na tua terra queimada

Na promessa de redenção
crestam-se os lábios
E as chagas

É tempo amor
Sangra-me a sede mais feroz
e mistura a tua noite
ao meu veneno

Tudo passa. Tenha calma. No lugar da ferida se refaz a carne, no lugar da dor se refaz o amor, no lugar da perda se refaz a esperança. E é pelas esperas que se refaz um coração. Tudo passa quando a gente se aquieta. Tudo se refaz quando a gente acredita.

Como a água do mar lava a areia,
eu quisera ser lavado do tempo em que minha carne é prisioneira.
Como a água leva tudo nas quedas da cachoeira,
quisera lavar os pensamentos que para o mal me norteiam.
Escorrer de mim o que não me faz bem.
Esgotar assim o que me detém, mudar o fim e partir.
Limpo e leve, seguir atrás do que há além.

"Aliás, fácil é dizer 'não' a pedidos. Difícil é dizê-lo aos destemperos robustos da carne e do vício, pois paixão e doença são, no justo juízo, exata mesma coisa"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")