Carlos Drummond Sofre por Viver
Entrar num relacionamento é como entrar no mar. Primeiro você molha os pés, depois as mãos. Em algum momento você decide mergulhar.
Estou perfeitamente bem, e convivendo com todas as pessoas religiosas que vivem ao meu redor.
Porém higiênico, estando mantendo um distanciamento social.
Esquece o tempo
O que é o tempo?
O tempo é tudo
Ou o tempo é nada?
O tempo passa
Ou só o tempo permanece?
Quanto tempo dura o tempo?
Eu não sei do tempo
Eu não sei do tempo
Mas sei que o tempo é espera
O tempo é separação, é saudade
O tempo é ida, nunca volta
E o tempo é gigante
Mas esquece o tempo
Esquece o tempo
Deixa que passe o tempo como a tempestade
Que depois do tempo tudo renasce
Depois do tempo tudo existe
Tudo é agora
E nada é por vir
Nada está terminado
Esquece o tempo
Esquece o tempo
Que depois do tempo
O instante é a eternidade
E o instante é maior que o Universo
Importa que estivemos aqui
Então esquece o tempo
Esquece o tempo
Que o tempo é gigante
O tempo é poderoso
E o tempo é feroz
Mas sobretudo o tempo
É a única coisa que não existe
Se em nós corre mais do que sangue, se temos mais do que pele sobre músculos e ossos, se o toque for mais do que o mero contato entre dois corpos e tiver profundidade para nos tirar de um vazio sem fim, então os beijos ecoariam como gritos dentro de nós, por muito tempo.
Se você não der palanque ou atenção ao CLOWN, o circo não se incendeia.
Ele só pega fogo quando damos confiança ao palhaço.
ELA
Café e tasca na aldeia.
Era sábado de cálido verão.
A noite teimava na ideia
De não querer o escuro
Como um muro
Que lhe tapasse a visão.
O poeta entrou e nada comunicou.
De pé, observou uma pintura naif
Escarrapachada
Na parede do café triste
E imaginou
E mais não disse
Mas sempre observando.
Eram só dois, para ele olhando.
Um ébrio, de pé e uma mulher sentada
Que dali a nada veio ter com ele, eu,
A perguntar se gostava da pintura
Da parede triste e abandonada.
Na conversa dela com o poeta,
Este correspondeu pela certa.
Falaram, cultivaram e quiçá divagaram...
No final, despediram-se,
Prometeram ficar amigos
Nestas coisas das redes sem trapézio,
As sociais redes de perigos
Que só vingam no mistério
De ser pessoa com mais artigos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 07-08-2023)
Fico imaginando um programa tipo "No Limite" em que um grupo de milionários tivesse que viver numa casa simples de um bairro periférico, acordar às 6 da manhã, deixar as crianças na escola, pegar três ônibus para ficar 8 horas num trabalho maçante, preparar as próprias refeições, lavar roupa, limpar a casa, fazer compras e pagar todas as despesas com um salário mínimo. Seria o maior sucesso.
A maior força da humanidade chama-se Burrice porque ela matando seus deuses, colocam sempre outros no mesmo lugar.
Aínda bem que não existe a Ignorância ARTIFICIAL.
Porque se a Ignorância natural já é maior do que a INTELIGÊNCIA natural e a IA juntas. Então, seria TRÁGICO e covardia se elas se juntassem também.
CORRE MEU VELHO
Anda, poeta velho!
Escarcavelado!
Escaravelho!
Pingarelho desarmado
De olhos cerados,
Magoados,
Galga, meu velho!
Secaram-te as lágrimas,
Brotaram-te as águas
No leito do teu rio,
Tão vazio
E tão cheio de mágoas.
Não durmas mais a sesta.
Caminha,
Noutro caminho
E foge de mansinho
Da prisão desse lar
Em que te querem encerrar,
Sem te ouvir
Se queres ficar ou desistir
De pensares,
De sonhares...
Foge!
Foge!
Corre, meu velho!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 10-08-2023)
Na vida tem os espertos e os inteligentes, os inteligentes já foram a lua e estão tentando chegar em Marte e os espertos nem disso sabem.
Algumas coisas não morrem quando enterradas: sementes e sentimentos adormecem, esperando uma estação de ternura para germinar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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