Carlos Drummond Mensagens de Despedida
"Pode entrar devagar. Vá tomando seu assento, se reconheça nos quadros que você pintou. Cheire os livros que ainda guardam as marcas das suas mãos. Escolha o melhor canto do sofá. Ele sempre esteve guardado com as notas do seu perfume, emoldurando suas lembranças nos quatro cantos deste espaço. Abra seu abraço e apenas se apodere de tudo. Não saberia dizer não" (Seu canto da sala - Victor Bhering Drummond)
"E há momentos em que os encontros se fazem em torno de seu sorriso, de seu jeito fácil, doce, pueril e cheio de belezas. Seus lindos cabelos negros, seu vestido de princesa, seus olhinhos amendoados e curiosos. Tudo me faz crer que há muitos novos coloridos para se descobrir, motivos para agradecer e amizades de sorriso que dançam para celebrar. Feliz Aniversário, Alice!" (O país de Alice - Victor Bhering Drummond)
"Construí a casinha branca sobre rocha. E abrindo a janela, avisto o mar. Meu quintal vai e vem, trazendo esperanças e levando versos e curvas para preencher o mundo com o colorido do meu lápis e pincel." (Casa sobre a Rocha - Victor Bhering Drummond)
Parei atento para entender cada uma de suas formas, observando seus contornos e movimentos. E percebi que meu corpo ficou estático, querendo mergulhar em cada canto, como se formasse as peças de um quebra-cabeça. Mas depois de um tempo, mais importante do que encaixar-me nas curvas de seu corpo, eu precisava - e estava pronto - para deixar minha alma e meu coração ganhar as mesmas formas de suas paixões e espiritualidade. (Alma Gêmea - Victor Bhering Drummond)
"E fecho a porta do escritório, relembro memórias, folheio aquele livro que ainda estou para finalizar. E é nas páginas em branco dos meus pensamentos e nas folhas arquivadas em meu coração que descobri o que fui fazer ali: alimentar minha sede de viver e amar você." Victor Bhering Drummond.
Encostei-me na parede, olhando a estrada, esperando você passar. O sol se pôs, o frio veio, e só conseguir ver as janelas da vizinhança se fechando para o negrume da noite. Ao invés de esperar mais, abri minhas janelas, olhei para dentro de mim, e vi que ali havia caminhos mais interessantes que me levavam a mundos em que não precisaria mais esperar; só amar." (Caminhos - Victor Bhering Drummond)
Cada vez que passava em frente aquele café, sentia o cheiro das suas lembranças, dos seus poemas, dos seus rabiscos nas minhas páginas. No frio daquela tarde, tomei das suas xícaras e vi que não você não existia mais. Veio uma outra brisa, trazendo o cheiro de Deus e o aroma de um amor mais leve e fresco, me convidando para experimentar a sorte de um novo amanhecer. (Café - Victor Bhering Drummond)
Ali pela janela era possível ver as pessoas caminhando devagar. Não pela falta de pressa com os compromissos ou de entusiasmo, mas porque escolheram apreciar a garoa cessar, a neblina se dispersar. Casais se namorando com os olhos e olhando as vitrines, na esperança do sol nascer. E se ele não viesse, tinha valido a pena diminuir o ritmo do mundo para sentir o compasso do coração. (Vida pacata - Victor Bhering Drummond)
A gente senta para tentar entender o movimento do mundo, o colorido das roupas, o grito que há nos silêncios. Mas não encontra respostas. Então nos despimos da própria observação para fora e miramos o que há de mais essencial: o amor invisível, às vezes incompreendido, mas que ainda vale a pena espalhar. Só com ele entendemos o movimento do mundo que se passa lá fora. (Movimento do Mundo - Victor Bhering Drummond)
E quando o menino sobe no palco, se transforma em tudo aquilo que queremos ser: o homem, o divertido, o filho, o pai, o amante, o que promove lágrimas e sorrisos. E nas coxias descobrimos que por trás de tudo aquilo, atras da cena, nas coxias, há um poeta da arte de entreter e interpretar (Coxias - Victor Bhering Drummond)
Subimos no planalto de concreto para tentarmos chegar perto da plenitude do Infinito. Avistamos aves, orvalhos, as copas das árvores. Esforço em vão; porque o Infinito do amor não precisa de terraços, palácios ou a altitude das montanhas. Ele reside dentro de nós. (Victor Bhering Drummond)
O menino caminha em direção ao castelo de sonhos. Lá, o Velho e Bom Senhor o Aguarda. Visitam aposentos, revivem memórias, abraçam amigos que foram morar do outro lado da montanha. A distância enfim, findou-se. Não há mais lágrimas, saudades. Apenas a certeza de que agora os entardeceres serão meras nuvens coloridas. Porque os dias não mais terão fim. (Do outro lado da Montanha - Victor Bhering Drummond)
Eu quero um gol de meia-bicicleta de Reinaldo para tatuar na pele da lua e tomar o lugar de São Jorge com seu cavalo, para que os namorados e os ex-namorados, os amantes e os ex-amantes, de todas as idades, digam uns aos outros, apontando para a lua:
- Olhe só o que pode um homem, mesmo quando está caído
E o meu telhado se mantem sustentado pelos alicerces de uma casa deserta de cores mas cheia de memórias, que escorrem pelas janelas que batem incessantemente me lembrando que ainda estou viva ainda que tudo tenha se esvaído.
Então, em meio à ausência, vou domesticando a dor, ensinando bons modos à angustia, buscando saídas de emergência pra me abrigar de mim mesma.
Lentamente, suas cinzas escrevem em minha pele...
Debaixo de feridas expostas a libertinagem do que eu julgava ser um espectro, escorre pela Iris , doendo, enfraquecendo,jorrando, feito sangue que esvai, rebentando o que vê pela frente, sem clemência, lembrando o quanto o transbordo em ódio pela minha casa vazia, partida em pedaços espalhados, cujo o peso, o vento não consegue não leva embora, e não me faz voar pra longe de mim, onde tem tanto de você.
Sinto passos na minha estrada, pegadas que desenham um arco íris sobre um véu negro de sombras, florescendo de esperança o resto dos meus dias.
O tempo me possui e morre em meus segredos, todos os ontem, cintilando em meus amanhãs sua ecografia, colorindo minhas páginas em branco, expurgando minhas dores, deixando seu rastro que me enche de vida, então eu me lembro de quem sou, do que sei e aprendi, e sinto que o mundo me pertence, porque nem sempre tudo dá errado...
... Bate asas Fênix, em meio ao temporal você sobreviveu.
Mas, entre dores e desejos deixou o gosto da sua vida escorrendo indecentemente, e eu continuo sentindo a loucura do meu mundo despencar. Nem parece que você se foi, quando fecho os olhos e vejo o teto desabar na fome que ainda alimenta minha necessidade de te pertencer pra me sentir viva.
E as pessoas não entendem como o seu nome permanece nos meus sonhos perdidos na minha solidão e farejam a compreensão dessa insanidade, tão definidas pelo meu instinto que entre as súplicas pelo total esquecimento se perdem nas lembranças que me viram do avesso.
Eu não me reinventei, e escondida em becos sem saídas, vivo em busca de uma passagem secreta onde eu não precise me dividir entre o que eu gostaria que fosse, e a realidade que dorme diante dos meus olhos esquecidos por você.
E ele disse:
- Pode voltar por teu canto...
... E então eu o espero, num desespero incontido, em que mergulhas teus disfarces de não caber em mim.
Então dispo minhas vergonhas e suplico minha redenção em tua fúria que quebrou meus silêncios, me deixando apenas o eco da sua vida vestindo meus desejos,a espera que me junte os pedaços, fixe residência na minha casa vazia, transborde nas minhas gavetas e restaure o meu chão.
Porque há um fogo dentro de cada cicatriz plena dos anos em que me pusestes teus sumos, e ainda que tua língua esteja longe das feridas, a minha respiração anseia a felicidade de naufragar em teu corpo.
Porque não importa quantos anos eu morra, o silencio do desespero do meu ventre, sem parcimônia, me rasga as paredes da carne, aflorando o colorido deixado por tuas unhas, impregnado até a íris das minhas pupilas, que se dilatam com a leitura do seu nome.
E ainda que eu esteja exaurida, o tempo te reinventa num transbordamento implícito, que flagra meu desejo separando minhas pernas e a minha saliva à procura das frestas da sua boca, que jogou fora minha âncora se apossando do meu porto.
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