Caminhar Junto
Depois das duas horas da tarde, junto meu corpo denso com a ponta dos dedos mentais e, ponho-me porta à fora, indo rumo indo a algum lugar que, porventura, será meu. Será?
Piso a calçada com a satisfação triste de um cão liberto da coleira para defecar. Prazeres tristes daqueles que apenas seres tristes entendem. Sinto o vento fresco trazendo a maresia, derrubando-me, por um "quase" ar da escudeira melancolia.
Recomponho-me rapidamente, vencendo uma luta interna, travada com afinco e que se passou por longos milésimos de segundos. Volto a mim, esboçando um sorriso irônico de satisfação. Olho para cima. Não choverá!
O Sol, rompendo as barreiras dos galhos carregados de folhas das exclamativas árvores, encontra brechas improváveis e ousa tocar meu rosto pálido, terceirizando assim em minha pele fraca um novo convite ao confronto. Luto. Novamente venço
Olho para baixo, na tentativa tola de não pensar em nada e, pego-me constatando meus sapatos sujos. Vejo por dentro de mim, e por quase um segundo, o mundo inteiro dos insetos. Penso em quantas formigas matarei sem desejar até chegar a porta do carro.
Mesmo os sapatos, impecavelmente limpos, são sujos! - Oh! Preciso informar ao mundo!
Abro a porta do carro, olhando mais uma vez com insatisfação desdenhosa para o Sol, e sento-me no assento.
Fumo um cigarro enquanto penso no quanto somos inconvenientemente cruéis com as formigas. - Quisera poder voar!
Seríamos nós todos reles assassinos de insetos reclamando do vento? Senti-me culpada por reclamar do Sol.
Termino o cigarro e vejo o mar brilhando, láááá longe. - Arghn! Novamente o sol!
Pisco os olhos gelatinosos, tentando voltar os pensamentos para algo com sentido e isso não faz sentido algum.
Sorri com insatisfação irônica, enquanto colocava meus óculos de Sol e liguei meu carro. - Não ter preferência musical me faz uma perdida! Rodei o mundo todo durante meio trajeto e 5 músicas.
Pensei, por um momento, que poderia ir para qualquer lugar. Aff, mas esse Sol!
Penso com curiosa ansiedade para onde gostaria de ir. - Não soube me responder. Perguntas sem resposta atiçam minha vontade de fumar. Como se o cigarro jogasse aos céus, junto com a fumaça, todos os deuses e demônios, fazendo-me sentir apenas o momento. Isso ao menos me define por curtos minutos, até queimar todo o tabaco.
Mas não acendo outro cigarro! Penso que me pesa suficientemente a consciência matar formigas com meus pés. Decido não fazer o mesmo com pessoas enquanto dirijo, fumando pateticamente meu cigarro.
Sigo o fluxo de aço do tráfego. Escuto sons, músicas, brigas, choros ao volante. Penetro mundos imprevistos para sair do meu.
Para onde vão todas essas pessoas? Onde se escondem? Onde seus pensamentos realmente moram?
Continuo meu percurso com expressão carregada de profunda introspecção.
Lembro do filme “Matrix”...mas acredito ser desnecessário neste momento relatar o meu profundo transtorno momentâneo.
Minha nossa! Será que “Matrix” faz mais sentido que todas as filosofias? - Não e não! Desisto! Não serei poetiza de um mundo maluco! Tampouco serei poetiza maluca de um mundo comum.
Nenhum papel me conforta, nenhum assento me assenta, nenhuma cama me descansa, nenhuma palavra me satisfaz!
Oh, quisera eu não ser canceriana!
Apego-me a essas desculpas convencionais, mesmo lembrando que em Matrix não havia influência dos astros. Culpar o signo por meu sentimentalismo ridículo, se não for verdade, é pelo menos uma boa desculpa! Pequenas ilusões diárias. Pequenas porções de criações absuradas, engolidas aos bocados.
Digo com envergonhada audácia que, quando Carlos Drummond de Andrade escreveu "Pequenas rações de erro distribuídas em casa", isso já estava pronto poeticamente em mim!
Nada é saboreado. Mas há sabor? E se houver, como descrevê-lo?
Repito a minha humildade em relação à genialidade deprimente de Drummond e cito "As coisas! Que tristes são as coisas consideradas sem ênfase!".
Chego em casa com uma pressa lenta e, ao estacionar o meu carro, com os pensamentos fervilhando-me a mente limitada, observo a vizinha debruçada na janela. É Tereza! Ela adivinha meu horário de chegada, mesmo quando eu não o sei!
Tereza me diz “oi” e pergunta como estou. Com um sorriso silencioso, eu concentro-me por um segundo, na tentativa de gravar em minha tela mental onde foi que meu raciocínio de lógica parou para poder retomá-lo mais tarde e, após recolher meu mundo inteiro em um único segundo, respondo para Tereza "Tudo bem, vizinha! E você?". - Pergunto, pois aprendi a seguir as ridículas regras de etiqueta.
Por dentro, eu ansiava para que Tereza estivesse bem e que sua resposta fosse breve.
As formigas aguardavam-me para pensá-las. - Mas Tereza não estava bem!
Depois de relatar seu inferno diário, despedi-me e segui rapidamente para a porta do condomínio.
Retomei meus pensamentos. Onde parei mesmo?
Ah, mas e Tereza? Poderia ela ter recolhido todo o seu mundo no seu próprio segundo e me respondido que estava tudo bem!
Penso que, talvez, seus pais não tenham-lhe ensinado as (agora nem tão ridículas!) regras de etiqueta.
Entro em minha casa alugada, jogo as chaves e a bolsa carregada de coisas desnecessárias sobra a mesa, e vou direto ao banho em busca de um alivio mínimo.
Saio do banho com a falsa impressão de que estou renovada e lembro que devo alimentar-me.
Ao ingerir alimentos carregados de toxinas, penso em quantas mãos trabalharam para que o alimento chegasse até minha boca. Muitas! Certamente muitos trabalhadores!
Devem ter matado muitas formigas no trajeto desde a colheita à mastigação.
Ah, o Sol se pôs em seu devido lugar! A noite me conforta mais que o banho.
O silêncio proporcionado me faz perder o interesse de ouvir-me.
Ponho-me na cama para dormir, pensando no Sol que me queimará no dia seguinte, nas milhares de formigas que meus dois pés e as quatro rodas do meu carro matarão.
Lembro, assombrada, quase chorando.
Depois, remeto-me ao final do dia, que ainda não chegou, e penso curiosa se Tereza estará debruçada na janela quando eu voltar para casa.
Durmo curiosa, quase sorrindo!
Asas
Corto as asas da minha solidão,
pra ela não fazer ninho em outros lugares
e me levar junto com ela...
A lua corria bela
eu andava coxo, junto das emoções
A lua vinha tão linda, no dia de natal
e eu só lembrava o nome dela
a amada de voz singela
que beijou meu corpo e meu copo, um dia
Gritei o nome dela
para a lua
para os carros sendo lavados
para o mato da rua
para o meu coração já desgraçado
Gritei o nome dela
e só soou no tom de ais
A lua corria bela
buscando a luz dos desiguais
Ah, esse nome que a lua
que busca a luz dos desiguais
Esse nome que não sai da boca dos meus pais
ainda soa aqui
ainda perdura entrei meus ais
Esse nome, que sabe a sombra dos desiguais
sabe que aqui soa como meus ais
ainda perdura aqui
ainda existe aqui
ainda brande entre meus medos madrugueiros
ainda soa no meu peito, o dia inteiro
ainda queima como faísca, ao sair da boca
ainda faz-me choro, com o cheiro na roupa
Ah, se o amor padece, velho amigo
espero que a vida me traga algum abrigo
Ah, se o amor perdura, meu amigo
espero que ele doa menos, mas que aconteça comigo
A lua corre bela
buscando a sombra dos desiguais
Eu busco a voz singela
nos cigarros, na bebida, na viela
eu sinto o nome dela
entre meus ais
Eu sinto o beijo dela
iluminando estes meus ais
Eu sou a vida eterna
escura, doente, fraterna
que dói a saudade dos parecidos demais.
Se eu fosse um matemático substituiria os números pelos sentimentos. Adicionaria a felicidade junto ao amor e seriamos felizes dividindo em partes iguais o nosso amor.Diminuiria a dor e subtrairia a tristeza e não haveria saudades, apenas o nosso amor!
Penso que nem todos momentos ruins deixam apenas o aprendizado. Alguns, junto com o "aprendizado", deixam feridas e marcas irreparáveis
Tristeza é algo que te abraça, da-lhe um beijo amargo, com o gosto de raiva junto com solidão. Com suas unhas fura teu peito fazendo lhe sangrar, te induzindo com suas sedutoras palavras a pensar que este é o melhor caminho, despedaçando seus sentimentos e pensamentos, deixando apenas o abraço que o prende da alegria, fazendo com que se afogue em suas próprias lágrimas de angústia.
Você não e uma estrela para o mundo girar ao seu redor, gire junto com o mundo, escolhendo e fazendo seus próprios caminhos e seus ideais acostume-se a vida não e fácil.
Não se perca de mim
Não fuja de nós
Toque os sentimentos
Minha alma tão sua...
Guardaremos juntos
Lembranças infinitas
Uma caixinha de surpresas
Seria o amor?! Acontecimentos
Meus e seus em sonhos
Adoçados de esperança.
Então nunca perca o brilho
Que os teus olhos me revelaram
Quando fitaram aos meus
Em uma noite magica de amor.
Hannah Lessa
Fui escolhido pelo meu orixá para desempenhar o meu trabalho junto a tradição e ancestralidade e isso ninguém tira de mim, seja onde for já fui designado para ser feliz e próspero...
se você quiser a gente se ajeita e fica junto e deixo os meus planos e viro a cabeça. É só você dizer que sim .
Estou indo...
não levo muitas bagagens
na mala os sonhos que guardei
junto deles, doses necessárias de esperança
deixei para trás tudo que me aprisionava ao mundinho de apatia
as mágoas foram as primeiras que larguei
Estou indo...
retirando-me do marasmo que assolava minha paz
da solidão que penetrava minh'alma
enfraquecia meus sentidos
Estou indo...
já vejo um mundo novo logo ali
já vejo um mundo novo bem aqui
agora
dentro de mim
Yara Alves
De cabelo amarradinho, vou fazendo um jeitinho pra te levar junto com as minhas compras lá pra casa.
"De todo o coração ocupa-te com os teus filhos! Estejam noite e dia junto de ti. Ama-os e faze com que sejas amado nesses anos tão singularmente belos, pois somente são teus durante o curto sonho da infância. Já na mocidade eles encontram muitas criaturas fora de ti e os atraem muitas coisas que tu não tens. Aprende-no de um outro mundo que lhes enche o espírito. O futuro lhes acena e o presente vai-se dissipando..."
Meu bem, toda vez que você sorri, eu sorrio junto. Não pare de sorrir, pois é o motivo dos meus sorrisos.
Quem gosta trata bem, procura, liga, quer estar junto. Quem gosta demonstra, faz planos. Manda uma mensagem bobinha só pra dizer que gosta.
Quem disse que pra estar junto ,precisa estar perto?Desconfio até que há pessoas que estão distantes ,mas ao mesmo tempo estão mais próximos de nós do que aqueles que convivem conosco diariamente.
Pessoas que de tão queridas fazem parte de nossas vidas e juntas constroem história nela também.
Ahhhh como amo essas " pessoinhas " de tal maneira que mais parece que nos conhecemos desde sempre ,não fico mais sem elas .
Elo de alma ,me entendem ?
Sou berço de gentilezas, aprendi que educação e bom senso vem de berço. É moldado junto ao caráter, a empatia e a compaixão pelo próximo. É que eu acho que existem qualidades que nenhum dinheiro do mundo pode comprar, porque o que vem de coração não se vende por aí em qualquer esquina. Está na raridade daqueles que ainda são do bem e transbordam gentilezas pelo mundo.
Se você pensar em mim
Tenha junto ao teu pensamento uma certeza:
Onde eu estiver, eu também estarei pensando em mim
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