Calor
Dezembro.
Calor.
Miguel está ao volante. Sério. Suando.
São Paulo.
A mosca se debate contra o vidro.
A mosca parece não perceber o que a detém.
Persiste.
Zunido.
Estava preso
Durante um tempo
Amaldiçoado
Em um encantamento
Seu perfume
Ficava no ar
Seu toque
Nas águas do mar
Sua falta
Na escuridão da rua
Seu olhar
Na luz da lua
Seu calor
No raio de sol
Minha sina
Peixe e anzol
Hoje livre
Fugi disso tudo
Vou andando
Andar vagabundo
Sem destino
Achado e perdido
Onde passo
Vou sendo acolhido
Não cobro amor
Nao peço esmola
Passarinho
Livre de gaiola
Com migalhas
Só marco o caminho
Estou livre
Mas nunca sozinho
Gosto do jeito que você fala sorrindo
Passa uma energia tão boa...
Meio doce, as vezes com uma pitada de acidez,
Mas sempre com um delicioso calor,
Daqueles que a gente procura pra se esquentar naqueles dias frios com tarde de céu azul
Se alguém te oferecer grosseria devolva fineza, é com o fino fio de água que se corta o gelo... é com o doce beijo que se alimenta o calor do teu desejo.
não existe amor.
entre rosas todas estão mortas...
enfeites num mar de solidão...
o braço do infinito.
tudo está entregre num deserto.
simplemente...
agonia se passa...
o ador é simulação do espírito perdido.
o castigo de viver é imposto.
pois a lua é minha amante.
sentimento cansado de viver.
num começo nu displicente realmente.
irreal o clamor de desejar o amor.
apenas o vazio.
No calor do momento
Quando você está sozinha e sem fôlego
O que te mantém firme?
O que você vê na sua cabeça?
tipo um calor gelado
um frio quente
a gente se prende
preso na mente
uma liberdade impotente
uma escravidão transcendental
fingimos que ta tudo certo
o mal deu oi, o bem deu tchau
afinal, como diferenciar?
a dor que machuca também vem ensinar
a verdade é uma ilusão
é tudo vista de um ponto a se olhar
preferimos o ponto que nos convém
melhor que ninguém, é o que dizemos
mas sempre um passo a frente do outro
a desculpa é que nós merecemos
cordeiros quando expostos
lobos no anonimato
ser humano de aparências
nunca quer ser pego no ato
a questão não é nem é essa
o ponto é a hipocrisia
julgamos o próximo
como se vivêssemos nas mil maravilhas
a vida é sofrida
é uma lapidação sem dó
muitas vezes ardida
vivendo o resto dos dias até voltar ao pó
aqui todo mundo nasce morto
temos rédeas na mente
e quem ousa viver
acaba morrendo novamente
Fui querer,
Fui querer calor de quem era frio,
Fui querer sentimentos de quem era pedra,
Fui querer carinho de quem era incapaz de amar,
Fui querer fogo de quem era água,
Fui querer paixão de quem era furacão,
Fui querer vc,
Fui te querer.
E querendo eu fui querer,
Intensamente e loucamente,
Eu fui querer logo você,
Porque eu fui querer ?
Não tinha nada haver com você,
Não tinha eu,
Não tinha você,
E na agonia de te querer,
Eu me perdi em mim,
Me perdi em você,
Fui Querer.
ÍAS - Viih_
O Calor do Frio
O céu escondeu suas estrelas
A lua deixou de brilhar
O vento passou em meu rosto e esqueceu de falar
Que o frio se jogou em meu corpo
E sem pensar me apertou
Não disse que a chuva eram lágrimas que ele deixou.
Eu senti que era pesado
Seu invisível coração
Que seus passos eram largos
Mas não alcançavam o chão
Seu suspiro eram palavras
Que formavam uma canção
Era gélido mas ardia
No fim tinha uma razão.
O frio em mim gravou frases
Dizendo ''Quero mudar''
''Essa solidão me esmaga''
''Por favor vem me salvar''
Correu do tal desespero
Algo queria encontrar
Procurava pelo mundo
Mas não conseguia achar.
Era rápido e tão simples
Não sabia o que pensar
Dei um abraço no frio
Eu tentei o confortar
Esqueci só uma coisa
E o final feliz mudou
Junto a chuva minhas lágrimas
Novamente só ficou
Ele deixou de existir
Ali naquele lugar
Passou no vão dos meus braços
Eu não pude segurar
A lua triste acordou
Uma por uma estrela voltou
Pra ver o frio virar calor
E agora quente chorar.
A Rosa tão rosa
Que se desdobra em prosa
Da minha vontade incessante
Que busca em ti a todo instante
Como o baile das pétalas ao vento
Um prazer e ternura que são meu intento...
Esta é a minha procura
entre os espinhos de sua clausura
Com toda minha vontade de te invadir
nesse orvalhado respingo de amor pedir
O desabrochar aveludado de tão bela flor
Como é minha rosa que perfuma e dá calor.
Meteoros
Do estalar dos dedos
O suor das mãos abafa
O calor do corpo
Me sinto de mãos atadas
O viajar do cometa
No céu tatuado
Entre estrelas e meteoros
E o relógio atrasado
Uma vida sem desejos não se sustenta
.
Já tive dias ruins. Já tive dias bons.
E nessa oscilação frenética, nessa temperatura exposta ao calor e ao frio, entre altos e baixos, os dias são sempre um maravilhoso desafio.
E viver é a mais bem-intencionada forma de se apaixonar pela vida.
Nem sempre acontece o que queremos; fato.
Nem sempre realizamos o que desejamos; outro fato.
Nem sempre as conquistas são por todas perdidas; brilhante fato.
Apesar desses “nem sempre”, há sempre uma carta na manga, um pulo do gato, um coelho dentro da cartola, uma mágica do universo a nos ajudar, um motivo para superarmos os acontecimentos indesejáveis, Deus a nos olhar.
Nem sei como isso se chama, mas deve se chamar alguma coisa que ponha em movimento os nossos silêncios e faça as atitudes falarem alto dentro de cada um de nós.
Nem sei como se começa, porém, parte-se do momento quando o querer vai à luta, aí o primeiro passo acontece, e a construção apresenta as cores da estrada na tela do agir.
E de repente os espaços se abrem, os caminhos amaciam os nossos cansaços, as pedras servem apenas para erigirem os castelos da coragem, lapidando a esperança de uma futura e breve chegada.
Porque todos querem chegar.
Todos querem chegar a algum lugar, ou em alguma posição, situação, sonhos, satisfação. Todos querem e acredito que seja isto a nos impulsionar; a fresta que faz o sol entrar em nossas vidas.
Pois uma vida sem desejos não se sustenta, ainda que os ruins ou os bons dias nos tomem de súbitos e nos façam súditos de instantes que chega e vai, num constante movimento de ficar e partir.
Achei uma flor certo dia na estrada
Que parecia murcha e sem folhas
Quase pálida, se afogou em um suspiro
Eu a levei para o meu jardim para cuidar
Aquela flor de pétalas adormecidas
A qual cuido hoje com toda a alma
Recuperou a cor que havia perdido
Porque encontrou um cuidador para regá-la
Coloquei um pouquinho de amor nela
Abriguei-a em minha alma
E no inverno lhe dava calor
Para que não se machucasse
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