Calar
O futuro é incerto nestas terras arenosas, o povo oprimido é obrigado a se calar. O leão mostrou suas garras através da opressão armada a fim de sufocar a primavera. Mesmo assim, a Primavera Árabe tem demonstrado que existe exatamente como uma estação, a qual nenhum ser humano é capaz de impor o seu fim antes que seu ciclo se complete ao natural. O que há de indomável no Mundo Árabe, não são os jovens que se manifestam e nem as forças que silenciam estas vozes, é o pensamento e a vontade de conhecer a verdadeira liberdade.
Sinto muito,não dizer o que muito sinto;
Sinto ao me calar que minto
vou exterminando a verdade
e o meu instinto é que vai sendo extinto.
As palavras escorregam por entre os dedos, os elogios se curvam e até a inspiração prefere se calar, diante daquele que conhece nossas alegrias e permanece quando a dor é violenta - Eis o tesouro que nunca deixa de ser inédito: A Amizade.
Dedicado à um grande amigo: Marcelo
E mais uma vez as armas
São apontadas contra nós
Pistolas, Fuzis e Mordaças
Querem calar nossa voz
E querem que fiquemos calados
Sem saber o que é pensar
Querem que fiquemos parados
Sem reagir e sem lutar
Eis o que digo para vocês
Que apontam seus canos
Sem nem ao menos entender:
Iremos reagir à sua violência
E isso não tira nossa razão
Não somos Flores, afinal
Mas Plantas Carnívoras
Que atacam com a boca
Que fagocitam esse mal
Por vezes prefiro calar-me, pois sei que através do meu silêncio meus sentimentos são, mais bem, compreendidos.
É SIMPLES!
Anda!
Vem calar a saudade,
vem encurtar o tempo que foge.
Corre!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Foge!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Embarque!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Anda!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Corre!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Foge!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Embarque!
Vem calar a saudade,
vem encurtar o tempo que foge.
Anda!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Corre!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Foge!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Embarque!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Anda!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Corre!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Foge!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Embarque!
Vem calar a saudade,
vem encurtar o tempo que foge.
Aprendi com a vida e hoje prefiro calar-me as injustiças alheias de minha vida em particular, consciente de que àqueles que as sofrem são solidários com seu próprio sofrimento...Eu por mim só luto contra tudo o que não seja justo, quando me sinto afetado ou minha família é vitimada...
nene policia
SENTIMENTO DE LUTA
Dói falar e não ser ouvido!
Dói calar-se, quando é possível fazer!
Dói esperar um sim e receber um não!
Dói ter que esperar, quando é possível seguir!
Então, é viver uma vida sem fingir,
Sem expectativas, sem esperar sermão,
É deixar os outros falando e começar a fazer.
A preguiça? É coisa ruim, inimiga do indivíduo!
Constantemente persegue os que tem má vontade,
Quem é atacado, não responde o chamado,
Então, perseverança é o nome da vida!
Dos que proferiram com vontade não conhecida
Nunca desisti e deixar os outros falando.
Deixando de esperar e seguindo sempre com vontade.
As vezes antes de se calar o sábio ri... não da cara de quem esteja enrolado, mas por reviver em lembranças a graça das situações em que da mesma maneira enrolou-se quando ainda não era sábio, ai então ele se cala para em oração auxiliar, não para repreender quem agora vive as trapalhadas que um dia ele já viveu.
O MEU CALAR (soneto)
Solidão arde tal qual fogueira acesa
É como em um brasido caminhar
Perder-se no procurar sem se achar
Estar no silêncio do vão da incerteza
O que pesa, é submergir na tristeza
Dum incompleto, que nos faz cegar
Perfeito no imperfeito, n'alma crepitar
Medos, saudades... Oh estranheza!
Tudo é negridão e dor, é um debicar
Rosa numa solitária posposta na mesa
É chorar sem singulto e sem lacrimejar
E se hoje o ontem eu tivesse a clareza
Não a sentia como sinto aqui a prantear
Teria a perfeita companhia como presa!
Luciano Spagnol
Final de novembro, 2016
17'00", cerrado goiano
Calar é diferente de não falar. Calar não é não ter o que dizer: é saber o que há pra ser dito, mas escolher não dizê-lo com a própria boca.
"Eu acho que as celebridades [politicamente engajadas] devem basicamente calar suas 'matracas' e fazer o que sabem fazer melhor - atuar, cantar, dançar, fazer malabarismos e todo esse tipo de coisa".
