Dia Nacional do teatro
O Teatro
Sempre é com muita expectativa que se inicia uma peça teatral. Muitas vezes não sabemos se o mocinho se dará bem ou se na verdade ele será mal.
Em toda peça cada um tem seu papel.
Existem os atores, os colaboradores, os espectadores e os roteiristas e cada um veste seu véu.
Os atores fazem a mágica surgir. Já os colaboradores ajudam para que isso eles possam conseguir.
O roteirista é a chave de todo segredo, pois ele já sabe tudo que irá acontecer. Às vezes até como ator participa do enredo, para observar e convencer.
Os espectadores assumem a mais importante função.
De participar do espetáculo, julgando a sorte da exposição.
Por fim se aprende que tudo aquilo pode te transformar e é claro que depende da estória que irão contar.
Mas uma coisa será sempre certa e que ninguém poderá garantir.
Se no final do teatro o público irá aplaudir.
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
DE QUANTO TEMPO?!
De quanto tempo a gente precisa
Para entender que a vida não é um teatro,
Que as pessoas não são panos de prato
E que há sentimentos sentidos de fato?!
De quanto tempo a gente precisa
Para entender que o futuro é agora,
Que a vida não espera a boa hora
E que o tempo passa logo, sem demora?!
De quanto tempo a gente precisa
Para aprender a fazer empatia,
Para saber que nem toda dor irradia
E concluir que no sorrir não há só alegria?!
De quanto tempo a gente precisa
Para aprender a amar sem sofrer,
Para aprender a perder e vencer
E crer no dia que vai amanhecer?!
De quanto tempo?!
A vida é uma só!
O tempo também!
Por que uns aproveitam melhor
Todo o tempo que têm,
Enquanto outros sequer enxergam
As oportunidades quem lhes veem?!
Oh, quanto tempo se perde
Desperdiçando-se o tempo que não se tem!
Nara Minervino.
Somos atrizes e atores do palco do teatro Divíno,
é preciso seguir o roteiro para que as cenas não tenham que se repetir.
No teatro da vida, infelizmente é assim: sempre terá alguém pra ganhar dinheiro com seu sucesso e outro pra ganhar dinheiro com seu caus, porém, muitas das vezes, uma mesma pessoa pode acabar fazendo as duas coisas com você.
CORTINAS DA VIDA
Abrem-se as coloridas cortinas da vida
Para todo o mundo, nosso grande teatro
O entardecer são memórias e despedidas
Cada amanhecer é ensaio de um novo ato.
É uma vida repleta de acertos e erros
Sempre flutuando em torno de céus e infernos
Não há guerra sem mortes ou hospital sem enfermos
Nada no mundo será para sempre eterno.
A peça é um show e não pode parar
Com os artistas e luzes e atos sem cortes
É um ciclo constante sempre a renovar
Por dúvidas da vida e a certeza da morte.
A cada espetáculo, ao final do dia
Avaliar-se a performance e agradecer
Despede-se do elenco ao pé da coxia
Pois não há como antever futuro amanhecer.
No palco da vida somos protagonistas
Na grande peça escrita e por Deus dirigida
Somos apenas atores, meros artistas
Até que se fechem as cortinas da vida.
Teatro verdadeiro
Muitos acham que teatro é fingimento
É interpretar uma personagem bonitinha
É se esconder por trás de um figurino
É contar uma história de mentirinha
Teatro é uma arte que dá vida
Que exige preparação física e psicóloga do ator
Onde seu corpo cênico é seu instrumento
E a verdade que é transmitida no seu resplendor
Teatro é o palco da vida real
É ser quem quisermos ser
É falar sem ao menos pronunciar uma palavra
É exalar diversos sentimentos em um só ser
Teatro é família que trabalha unida
Com pessoas diferentes e sem preconceitos
Que compram uma ideia de se doar em cena
Em prol de um fim cheio de conceitos
Teatro é construir e desconstruir
Teatro é incomodar a burguesia
Teatro é questionar e ser questionado
Teatro é a verdadeira Democracia
A mulher verdadeira é aquela que oferece tudo ao homem! Mas faz aquele teatro pra entregar...
(Mario Valen - Patife)
Você Não É...
Você não é o seu papel
no teatro do mundo —
não é o cargo ou emprego
que tem ou que não tem
ou que perdeu...
você é um filho amado de Deus
revestido de Cristo.
Se você já sabia disso
por que ainda,
ainda não assumiu
ser o protagonista
da sua história?
O mundo é bem difícil,
mas você tem Companhia —
sinta-se acompanhado
no que fizer e aonde for.
Sinta-se amado.
Deus é Pai, Deus te ama.
LA
A vida é um teatro mascarado,Um carnaval de Veneza.Odiando a verdade dita e amando mentira bem contada,Angústia que me segue,e o desejo por ela me faz Don Juan.Porém sem ela eu arriscaria mais ou viveria com menos complexidade,Somos grandes atores cheios de máscaras e sobretudos estilosos,Se enganando e te enganado e o seu eu enganado,A esperança trás motivos e metas trazem resultados. Quando a conquista vem ,tudo se torna sem sentido e nessa horas perceba-se que somos reféns dos nossos desejos.
No TEATRO a resistência fortalecerá a persistência em trazer para os palcos o novo despertar de consciência da humanidade com o vigor da ARTE.
" O Teatro é trabalho temperado, é poesia, é voz, é liberdade de pensamento, é jogo de pé, sentado e deitado, é voltar ao principio, é cheirar a novo, é memória, é domar o ego, é cortar, é renovar, é energia a harmonizar o corpo, é o Teatro. "
