Bernado Guimaraes Poemas sobre Amor
A vida é uma montanha-russa
A vida não é um desfile de moda
Nem um programa de júri
Onde você precisa mostrar os seus talentos
e o outro precisa admirar
A vida é um passeio na montanha-russa sem se preocupar
O qual você deve curtir e aproveitar
Terão altos e baixos
Mas o que importa é a companhia que você terá do lado
Quantas voltas você vai dar
O quanto você sorriu
e gritou
Em que momento o frio na barriga
Te deu mais força e coragem pra continuar
Os momentos que você perdeu o fôlego
O medo que você conseguiu superar
A vida é uma montanha russa
Ela dá muitas voltas
Não sabemos quando ela vai parar
O que importa é apenas o momento enquanto ela conseguir girar
Solúvel
Nada me satisfaz
Enquanto isso
O mundo se desfaz
Se dissolve o tempo
Em um instante de silêncio
Para não voltar nunca mais
Quero tudo
Quero nada
Quero isso, quero aquilo
Insatisfação
É a perda da paixão
Insensatez do acaso
Momento de tensão
Em um passe de mágica
O desespero de não saber o que fazer
Para onde ir
Para onde correr
Enfim... novamente volto a estaca zero
Pronto, - me sinto perdida
Mais uma vez volto do começo
Jogo fora todo o empenho
Sem saber que posso simplesmente continuar
E seguir em frente
Dar um passo atrás
Nem sempre é retroceder a mente
Na verdade é
impulsionar duas vezes
Para o presente
Em certo momento ás coisas esfriam.
O coração aperta.
O sentimento de angústia aumenta e se enrola no pescoço e sufoca a respiração.
A solidão é só questão de tempo, mas por fim sofremos em silêncio.
420
Mesmo distante serei sua,encarnarei minha alma a sua e terei seu pensamento, sentirei seu corpo em orações longas e me amaziarei de seus medos.Meu corpo fervera a seu prazer e serei seus delirios em frases úmidas de amor.
Lupaganini
3/11/17
Nada
Pergunto se tem alguém, ninguém responde
Pergunto o que querem, ninguém responde
Pergunto sobre o que é, respondem nada.
Sou eu fazendo as perguntas ou as perguntas me perguntado?
Sou eu questionando o nada ou eu que estou no nada?
Só sei que no vazio quântico eu não sei de nada
Nada, nada
A Rosa no Jardim Poluído
No meio do caos, nasceu uma rosa,
Tão frágil, tão pura, tão só.
Era vida onde tudo era cinza,
Um suspiro no mundo sem voz.
Ela crescia entre pedras e vidro,
Entre sombras que a queriam calar.
Mas sua cor gritava resistência,
Como quem se recusa a parar.
O vento trazia poeira e mágoas,
As folhas caíam sem aviso.
E a rosa, firme, se perguntava:
“Vale a pena florescer num lugar tão vazio?”
As estrelas, que nunca a notavam,
Brilharam uma noite, só pra lhe ver.
Mas no dia seguinte, indiferentes,
Deixaram a rosa sozinha a sofrer.
E assim ela murchou em silêncio,
Sem culpa, sem glória, sem fim.
Era bela demais praquele jardim,
Mas ninguém enxergou até que chegou ao fim.
Talvez sejamos todos essa rosa,
Tentando ser vida num chão sem razão.
Florecendo, mesmo sem sentido,
Numa luta entre o coração e a solidão.
Fragmentos
Teu nome ainda pesa no peito,
Como chuva que nunca passou.
O tempo levou nossas horas,
Mas teu sorriso, ele não apagou.
Às vezes, me pego pensando:
Se fomos um erro ou lição.
Só sei que te amo em silêncio,
E te carrego na solidão.
O Peso do Abraço
Te abraçar é sentir o mundo parar,
Como se a vida tomasse fôlego em nós.
Carrego o peso de tudo o que não dissemos,
Palavras presas, gritos que viraram pó.
E, mesmo assim, teus braços me curam,
Como quem diz: "Fica, ainda há tempo pra amar."
Traição de um amigo
Existe sentimentos ruins,
Existe a tristeza da rejeição,
Sofrer por um amor não correspondido,
Sentimento ruim,
Parecia que já havia sofrido o bastante,
Mas a traição por parte de um irmão?
Existe decepcão maior?
Talvez, Mas essa foi a maior que vivenciei,
A traição por parte de um irmão nos leva ao desespero,
Tanta confiança,
Tanta amizade,
O laço que pensavamos ser eterno,
O que a amizade ligou,
A traição separou,
Agora nos resta a solidão,
Me resta a tristeza de saber que perdi um amigo,
Mais que amigo, Irmão...
De onde sai a inspiração de um poeta?
Simples,
Transformamos sentimentos em palavras,
Tristeza me traz inspiração,
Inspiração me traz poemas,
Poemas me proporcionam felicidade,
Tristeza e felicidade andam juntas,
Se tornando assim a inspiração de um jovem poeta.
MARGARIDAS NO PEITO
Fincou raízes na poesia,
dela, somente dela se nutria.
Via beleza na gota perdida em uma folha na calçada,
sorria.
Sentia a tristeza do asfalto cinza,
chorava, se condoia.
Trazia em seu ventre um amargor pelas ausências,
e pelas coisas que nunca seriam,
pelo dia feliz que se perdeu no caminho,
pela dureza do talvez,
pelo botão que secou sem ser flor.
De seu peito brotavam margaridas,
bem nutridas pelo esterco da dor que sentia.
Regadas por lágrimas que teimavam em seu peito chover,
fosse manhã, ou já fosse tarde demais.
Em uma via de mão dupla eu percorro diariamente,
É quando eu me perco,
É como se eu esquecesse para onde estou indo,
E também não lembrava quem sou eu
Logo mais a frente,
Me reencontro novamente
E quando me dou conta ,
Eu me reencontro, juntamente com ela,
Em meus pensamentos."
A Lição Não Aprendida
Ela entrava como o sol invade o dia,
Trazendo luz, palavra, poesia.
E eu, na sombra do seu ensinar,
Fui deixando meu coração se entregar.
Seu sorriso era verso que eu decorava,
Na esperança de que ele me encontrava.
Mas entre nós, só o vazio crescia,
Uma distância que a paixão não remendaria.
Agora, relembro o que não pude dizer,
Que amar sem resposta também faz crescer.
Aprendi na dor o que ela nunca quis mostrar:
Nem todo amor é feito para ficar.
Garota Confusa
Ela veio como vento, sem saber o caminho,
Um riso perdido, olhar tão sozinho.
Falava de sonhos sem explicação,
E escondia verdades no seu coração.
Era doce e amarga, mar e deserto,
Um passo em falso, um querer tão incerto.
Eu tentei entendê-la, mas me perdi,
Pois ela era um mistério que nunca abri.
No fim, partiu como quem não quer ficar,
Deixou saudade onde quis me apagar.
E eu, que só queria lhe dar um lugar,
Descobri que não se prende quem não sabe amar.
Solidão
No cair da noite as luzes se apagam,
Mergulhando em plena escuridão,
Sozinho no escuro dou conta da solidão.
Como o enorme espaço que em minha cama,
hávia sobrado,
Em um grande vázio o meu coração hávia encontrado.
Uma vergonha
Que na vida
Não passarei:
É a de prestar
Continência
À bandeira
Do Império
Porque nasci
Descalça,
Brasileira
E ao poder
Não me
Agarrarei,
Na minha
Áurea tenho
O hemisfério.
Não repito
Lema do
Passado,
Não aplaudo
Quem entoa
Tão pesado
Fardo exaurido:
'Brasil ame-o
ou deixei-o',
Na minha
Alma tenho
O indígeno
E o mistério.
No meu peito
Está escrito
Com o brilho
Das estrelas
Do céu da Pátria,
Com o verde
Das matas,
Com o amarelo
Das nossas
Riquezas,
E com o
Amazônico
Azul do mar
Que com toda
A mística
Consigno:
Brasil ame-o
ou ame-o.
Poesia Cinética
Absolutamente juntos
em plenitude e ação
na cena poética
na balada do coração:
Poesia Cinética.
Vilanela
O campo é onde se passa a cena
e por ele caminham as musas,
um canto para exaltar os pastores
e um profundo afeto com a terra
comparável ao das grandes poetisas
escrevem a mais bela Vilanela
que animam os desafiadores dias.
Vaca atolada
Quem viveu a sua vida
caipira ou tem a herança
que dela se orgulha,
Sabe muito bem o quê é
tomar uma Vaca atolada
seja no frio ou até quando
é madrugada no lugar do café.
