Bebida e Cigarro
Pra entender
Basta um tapa num cigarro
Uma olhada no mapa do Brasil
Uma caminhada por qualquer caminho
Um carinho qualquer
Basta ver o que não se enxerga
O que só se enxerga nos olhos de
uma mulher
Basta olhar pro que acontece
Esteja onde estiver
Pra entender
Pra entender
Nada disso é tudo
Tudo isso é fundamental
"O tragar da vida"
Interprete a vida como um cigarro,
Como um vicio tragado e solto em meio ao ar.
As cinzas são nossas escolhas e atitudes que a cada tragar, se desintegram e se acumulam.
A fumaça é uma consequência delas, que como por um processo digestório são filtradas, inaladas e, logo que desnecessárias, são dispersas.
O filtro estancará suas porcas, felizes prazerosas substancias. E no final só restara um pulmão sujo e doente, à satisfação do prazer matado e a vontade de ressenti-lo.
Um sentimento que queima com como um cigarro, dá prazer, faz mal e por fim não te levou em lugar algum...
' Vício '
Ei você... Adulto do Século XXI
Largue esse cigarro...
Tua saúde não pode ser de ferro,
Se você transforma teu corpo em barro...
Não se queixe, sobre o que levar da vida
Despreocupe-se, e deixe que a vida te leve
Dos primórdios do tempo ao fim dos dias...
Você deixará a marca com o que escreve...
E abençoado seja, o caminho repetido no fim do dia...
Rindo dos desagradáveis olhares...
Transformando indiferença em melodia.
Não castigue os calos dos teus pés...
Com o peso da tua consciência.,..
Idolatre suas cicatrizes ...
E volte a adolescência..
"Não ache estranho.
A chegada do tempo.
Se sentir cheiro de cigarro e perfume no colarinho.
Borrão de café na xícara.
Terno não mais pendurado no cabide.
Ferracini parecer surrado.
silêncio parecer jazz.
Se altruísmo parecer inerente.
O sorriso seco.
E a apatia.
Quando encontrar só uma bala no revolver.
E o mesmo estiver fora da minha escrivaninha.
Quando sumir sem aviso.
Se a foto ficar fora de foco.
Parecer distante.
A cama não parecer usada.
O som da gaita confortar.
Quando nomes não forem ouvidos mais.
Ou se forem procurados por máfia.
Se a chuva parecer silenciosa.
Quando estiver recostado na cadeira do quarto.
Quando a hipérbole for desnecessária.
Mas a gravata estiver mil vezes mais torta do que o normal."
O cigarro e o álcool
O cigarro intrigado por ser julgado em trazer muitas doenças, se lamentou:
--Pobre sou eu!
Me sugam e me sopram,
Não consigo entender...
E Baforando mundo a fora encontrou-se com o álcool e o chama para um desabafo:
--Ei,
Você aí!
Como se chama?
O álcool responde:
--Qual é a sua curiosidade em querer saber meu nome?
O cigarro contínua:
--Estou eu a viver nesse mundo e só sou julgado por prosperar catingas e muitas doenças.
Já me expulsaram de locais e saí como um
um bandido e isso acontece onde quer que eu vá.
Me jogam, me pisam, me cospem ...
Até em sacos de lixos já me vi aceso e apagado sem o direito de espalhar minhas fumaças.
Certo dia,
Estava eu na boca de um viciado e
lá do último andar de um prédio ele me joga, aceso cai cambaleando na rua, veio um carro sem piedade e me esmaga, apagando toda a minha protuberância.
Pode isso?
O álcool sentindo-se superior e para não dá o braço a torcer retruca:
--É sr da fumaça fedorenta,
Aqui se faz aqui se paga.
---Ja imaginou a quantidade de vida que tu já matou?
---Ja imaginou quantas tosses você ja causou?
---Ja imaginou os aneurismas e asmas que você prosperou?
---Ja imaginou quantas vidas você ja envelheceu?
Não precisa responder a mim,
Responda para si mesmo.
Se renda e pare de se fazer de vítima,
Pois muitas vidas você exterminou....
O cigarro, pensativo e triste,
Levantou a cabeça com um restinho de nuvem que lhe restara e responde:
--Ok!
Vou sim analisar tudo que me falastes.
E continua:
--Mas afinal,
Eu perguntei o seu nome.
E ainda não me respondestes?
--Ah!
--É claro...
-- Satisfação, me chamo álcool!
Orgulhoso e imponente, continua o álcool.
--De mim faz-se vinhos, cervejas e champanhes;
--Fazem cachaças e whiskys das mais variadas marcas;
--Eu vim da cana dos canaviais,
--Sou aguardente refinado nas mesas dos ricos e dos considerados.
--Sem contar os motores que impulsiono por esse mundo a fora.
O cigarro contínua:
--Ah!
Eu ja vi falar de ti.
Rapaz,
Tua fama vai longe né?!
Agora que caiu a ficha.
Olha,
Eu posso ser sim tudo que me falou..
E lhe respeito por suas palavras dirigidas a mim.
Sabe,
Esses dias eu vi na TV uma matéria que falava sobre suas especialidades...
Pasmado eu fiquei.
O álcool responde;
-Sério ?
-Nossa!
-Que legal...
-Me fale um pouco o que você ouviu de mim.
O cigarro começa;
Por tua causa, carros e caminhões dirigidos por pessoas embriagadas, matam animais outras pessoas.
Por tua causa, brigas se prosperam em butecos sem coberturas e se matam debaixo do sol e das garoas;
Por tua causa, torcedores distorcem uma partida de futebol.
Por tua causa, existem até abusos sexuais;
Por tua causa, a porrada canta com brigas corporais;
Por tua causa, muitos fígados se destroem;
Por tua causa, explícitas cenas eu vejo nas facções;
Por tua causa, até os psiquiatras ficam doidos;
Por tua causa, intestinos se esvaziam passando mal, vomitam as tripas e muitos sentem dores de cabeça e ressacas;
Por tua causa, o conquistador passa ser conquistado;
Por tua causa, os cemitérios ja estão lotados.
Tu és mesmo,
Um assassínio de primeiro grau...
O álcool para não levar tanto desaforo,
Diz:
--Ja te falaram que fazem de você um charuto de entorpecente?
Que quando misturado a mim, podemos matar o dobro de gente?
E o álcool finaliza:
--Vamos nos apartar?
Pois o homem é fraco e de nós depende para se confortar...
Vai tu para um lado,
e eu para o outro...
E ponto final.....
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Segunda feira véspera de feriado.
Pego um café e acendo meu último cigarro. Não sei como será a semana nem o próximo mês. Estou com medo e ter medo me faz ter pesadelos.
PauloRockCesar
Fumei um cigarro
E vc aqui...
Deito de novo
Você comigo
Tô viajando
E vc lá
Que ironia
A pouca importância
Ali, alimentando a minha intensidade
No silencio da sua presença
Minutos, horas, o dia
E o silêncio
Te materializa
Irônico
Como desistir
Depois de ter vencido
Eu, que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês
No dia em que eu me tornei invisível
Passei um café preto ao teu lado
Fumei desajustado um cigarro
Vesti a sua camiseta ao contrário
Aguei as plantas que ali secavam
Por isso um cheiro impregnava
O seu juízo, o meu juízo
Invisível e o mundo ao meu favor
Para me despir e ser quem eu sou
Logo que o perfume do invisível te inebriou
Você me viu e o mundo também
E o que tava quietinho ali se mostrou, meu bem
O maior vício é o da fuga: álcool, cigarro, drogas ilícitas e demais vícios são apenas refúgios para fugir de uma realidade que não suporta.
Acendo o cigarro e dou uma longa tragada, sinto seu veneno descer pela minha garganta e então meu corpo formigar o alivio e um bem estar, começou mais um dia. Minha cabeça gira e minha mente vagueia, meus sentimentos se agitam e os pensamentos se embolam. Para que é tudo isso? não me livro da sensação de que falta algo, falta? Sim, está faltando um pedaço de mim, quem será que o levou ou a onde eu o perdi, eu o procurei nos fundos das garrafas e no final dos copos, nas camas vazias e nas ruas sozinhas, mas ele não estava lá, será que um dia serei capaz de recuperar o que é meu, reencontrar o amor?
Não sei, mas sigo, a busca não cessa,
e ainda estou aqui.
Me perdi muito tempo
Entre fumaça de cigarro e esquecimento
Músicas que não escolhi
E olhares
A muito tempo não penso ou choro
Curei bebedeiras com mais bebedeiras
E solidão com álcool
Beijei garrafas de mais
Pessoas de menos
Sonhei ...
Mas meu coração continua partido
Pouca castidade
E mais whisky
você me faz tão bem quanto o cigarro em minhas mãos, que a cada trago me acalma, me consola, me tira o ar, me mata......
-Dependência
Engraçado,
Eu aqui com meu cigarro tentando bancar o poeta.
Marcando esse papel com as cinzas da grafite,
Buscando expressar todo meu prazer e desordem de minha vida.
Confesso que sou um bom admirador e observador;
Admiro a beleza da mulher e observo seu olhar disfarçando tantos mistérios.
Óh mulheres, vocês são tão perfeitas, poder de sedução por natureza.
Admiro quem ama e sabe amar. Observo os amantes apaixonados perdidos...
Há tanto que admirar e observar por essa admiração e o que não falta nisso é o que sentimos.
Sinto falta do abraço de um cachorro...
Fumo um cigarro, leio as notícias
Tudo tá errado
Foi o tempo, foi do nada
Foi tudo confete
Confesse que me usou
Enquanto eu tento perceber
O que se passa no amor
Custa mesmo entender
O que se passa em mim
A leitura é meu cigarro
Faço minha cabeça com os livros!
Bolo a leitura,
acendo as ideias,
trago as rimas,
prendo o conhecimento.
Solto a folha em branco.
Viajo na leitura.
Seria um pretexto usar droga.
Cara, seja um leitor,
seja um peixe fora d’água.
Eu avistei uma arma
e escolhi o livro.
Vi a droga
e viajei na leitura.
Daí, virei poeta!
E estou traficando meus versos.
(Poesia do livro: Um Semeador De Poesia.)
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