Bebida
Mais uma Dose
Sentei-me
E provei de um copo de bebida,
Era prazeroso,
Então bebi a garrafa inteira.
Depois de beber, uma garrafa de melancolia
Chorei amargamente e liberei o álcool,
E parti para as próximas.
Quando tentei liberar o álcool
Ele ficou preso dentro de mim
Agora era impossível tirá-lo
Viveria a vida embriagado pela angústia.
Sem chorar,
Sem sorrir,
Enquanto dança uma valsa
Em direção a morte
O meu único desejo.
Essa é minha despedida
O único poema de minha vida
É uma bebida amarga
Que se prova em uma tarde linda
Esse poema, ele não rima
É uma despedida
Ele é claro, é sincero
Como o escuro
Como um amar-te, é arte
Ele é preto e é rosa
Claro e azul
Verde e amarelo
Leitura e Blues
Todo dia, temos manias
Manias de amar
De falar sem pensar
Algumas boêmias
Milhares de poesias
Nenhuma delas sobre você
Sabe por quê? Estrelas são verdes
Vestes novas são usadas quando estão velhas
E às vezes, só quero o que te espera
Na verdade, rima sim
Acha que ganho assim?
Claro, eu tô muito afim
Acho muito ruim
Viver sem você
Sem me matar
Com seu espadim
A verdade é uma bebida espirituosa que se entretém demasiado tempo na boca de alguns e não lhes chega a subir à cabeça.
RESSACA BOA
Final de ano de muita festa,
De comida, bebida e seresta.
Não tem hora pra acabar,
No outro dia, nasce a ressaca que vai ficar...
Tem a ressaca boa,
Que a gente ri à toa.
Tem a ressaca da consciência,
Que vem repleta de advertência...
Tem a ressaca da bebida,
Do licor, da cachaça e da birita.
Tem a ressaca malvada e atrevida
Que pega muta gente, deveras desprevenida...
Tem a ressaca do vexame,
Por quebrar o vasilhame.
Tem a ressaca de doer,
E só o analgésico tem poder...
A cabeça tá doendo,
E o intelecto tá fervendo.
Por saber o que está acontecendo,
Aquece o pensamento e vem de sobra o arrependimento...
Vai ser a última, está prometido,
Nem que das palmas venham o alarido.
O arrependimento faz juras e a alma chora,
Só Deus na causa da promessa que se faz agora,..
Final de ano é alegria,
Encontro de mãe, pai, irmãos e tia.
Amigos por afinidade e simpatia,
Dançam ao som e no tom da melodia...
É momento de encontro,
Até com o direito de ficar tonto.
É permitido sair do ponto,
Declamar poesia, poema e conto...
Essa ressaca boa não tem preço,
Vem recheada de muito apreço.
Tem fim, tem meio e tem começo,
Só não pode esquecer o endereço...
Fim de ano é de alegria,
Da caridade e do amor que irradia.
Fim de ano é o momento do bom encontro,
Não importa o exagero, é permitido passar do ponto...
Élcio José Martins
Neste Natal, troque presentes, tapinhas nas costas, desfrute da comida, da bebida e das roupas elegantes, mas não se esqueça do verdadeiro homenageado.
Benê
Na mitologia grega, a ambrosia é o alimento ou bebida dos deuses que se acreditava conceder imortalidade ou longevidade àqueles que a consumiam.
Nos mitos gregos antigos, a ambrosia (/æmˈbroʊziə, -ʒə/, grego antigo: ἀμβροσία 'imortalidade') é a comida ou bebida dos deuses gregos, e é frequentemente descrita como conferindo longevidade ou imortalidade a quem a consumiu.
Associada à mitologia grega, onde "ambrosia" é um alimento ou bebida divina que, segundo a mitologia, conferia imortalidade e força aos deuses do Olimpo. Portanto, "água de ambrósia" poderia ser uma referência a algo divino, extraordinário ou que confere poder sobrenatural.
Existem pessoas que, ao comprar algo em determinado lugar, consideram caro, mas ao comprar bebida alcoólica, não se importam com o preço.
Vejos que as pessoas acham mais barato um combo de bebida na balada do que um curso que ira lhe render uma profissão muito remunerada.
Alcoólicos Anônimos
A bebida, assim como a tinta,
pinta minha ação e criação;
às vezes alcoólica, às vezes não,
palavras saem com precisão.
Na manhã seguinte, vem a marvada,
a ressaca chega, entre páginas marcadas,
escrita borrada, grande enxaqueca,
e uma dor nas costas, lascada da parafuseta.
Já na enfermaria, observo a musa,
jaleco branco e uma leve curva.
Percebo as palavras e os pacientes;
na minha vez, ela diz impaciente:
"48 horas sem dependentes, ok?"
E eu, poeta da recaída, sorrio,
como quem sabe:
"Doutora, meu único vício é a vida."
Declaração
Sento-me na calçada e acendo um cigarro
Atrás de mim, a festa
Ao meu lado, a bebida
Ante a mim, a sarjeta
Me vê de costas e se aproxima
Senta-se ao meu lado e me pergunta como estou
“triste”, respondo
E me pergunta o que me aconteceu
“ora!” exclamo
“não sabes? Foi tu”
“tu me aconteceste, inconveniente”
Me pergunta que mal me fez
“mal? Não, não, isso seria o de menos”
“quando já estava desistindo das pessoas, tu me apareceste”
“descendendo dos céus como a chuva que molha uma lavoura”
“com esses cabelos negros enrolados, esse carisma”
“seu sorriso de mármore branco”
“e esses olhos, ah os seus olhos...”
“olhos acesos de curiosidade e inteligência, pretos negros feito breu”
“um olhar marcante e tão único que até em fotografia não é possível capturar”
“oh, quantas vezes joguei fora desenhos de ti”
“por não sentir verdade nos teus olhos de papel”
“é evidente que te quero por mais do que um momento”
“mas você insiste em ser perfeita demais e interessada de menos”
Olha-me nos olhos e não me responde
Levanta-se sem expressão
Calada sai
Estraguei nossa amizade
