Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
As horas vão passando, e o final se aproximando.
Procuro uma saída e pensamentos evitando.
Mas sou um pensador, como é que vou parar?
Eu sei que estou caindo, mas não posso evitar.
As dores só aumentam, só você pra me ajudar.
Mas logo vai partir e os machucados vão voltar,
E só de ouvir a sua voz fico um tanto aliviado
A bateria está acabando, é tudo temporário.
O final é importante, mas nele não vou focar,
Os momentos ao seu lado para sempre vou lembrar.
E talvez nem seja o fim, é apenas um começo.
A distância separa, mas aumenta o meu apreço.
O brilho dos seus olhos à minha vida trazem graça,
É tudo mais bonito, quando você me abraça.
E talvez ninguém mais entenda o que agora digo:
"Chegou devagarinho, no meu peito fez abrigo."
O lampejo dos seus cachos ilumina meu caminho,
Passos curtos nessa estrada encontrei o meu destino.
Agora estou feliz, mas não é uma ilusão
Para sempre vai morar no meu coração.
Não que seja poeta.
Não sou!
Nem escritor, artista
ou compositor, mas
De repente me vejo triste
E a tristura quero que esvaia
pelos meus dedos aflitos
Quero que após a escrita
o vazio que fica,não dure
Repentino se farte
De uma alegria perene
rara, desconhecida...
E um arremedo se faça
De um poeta que passa
Que derrama na tinta
no papel e na graça
Um pouco da alma
Que do artista já indo
Vai sorrindo...
E não sendo!
CORAÇÃO ABERTO
Coração aberto
Diz que sou analfabeto.
Que não sei escrever amor.
Sou apenas uma criança,
Que cultivou a esperança,
E colheu uma infinda dor.
Quero um tempo,
Pra refazer meus sentimentos,
E poder acreditar.
Que algum dia em meu peito,
Eu possa conjugar direito,
Esse verbo apaixonar.
Rodivaldo Brito em 27.03.2019
Levitando
Atravessando aquele pátio,
Vi uma santa sem andor,
Não sou um rapaz simpático,
Não sou conquistador.
Tenho mais de mil pecados,
Mas só um eu confessei,
Um desejo abominável,
De adorar quem eu deixei.
Livre, leve, leviano sem você.
Livre, leve, levitando com você.
Ia me perder
No precipício do prazer,
Mas ia saber
Que tinha algo por fazer.
Afoguei meus vícios em lástimas,
O erro era meu.
Troco simplesmente tudo,
Por mais um suspiro seu,
Por mais um carinho seu,
Por mais um sorriso seu.
Livre, leve, leviano sem você,
Livre, leve, levitando com você.
Atravessando aquele pátio,
Vi uma santa sem andor,
Não sou um rapaz simpático,
Não sou conquistador.
Os únicos momentos em que realmente sei quem sou são aqueles em que coloco o casaco de bruma, prendo as armas na cintura e saio numa caçada a homens raivosos.
Relato
Sou
dessas que se quiser o primeiro encontro como se fosse o último> vive
Sou
dessas que usa batom vermelho para tudo
Sou
dessas que deixam o decote aparecer
E
Se quiser mais, põe as lindas pernas para a vitrine social!
Sempre me retiro de lugares onde não sou ouvida ou respeitada! Sou humilde o suficiente para ouvir, compreender, ajudar, aconselhar! Mas me valorizo muito e não permaneço onde há pessoas deseducadas, deselegantes e insensíveis!!!
Desempregado e quase amado,
Não sou Batista e nem João.
Estou no tédio e procuro um pedaço de pão,
Para o ronco do meu estômago,
Pego alguns grãos de café e coloco na máquina.
Bebendo as mágoas,
Comendo as ideias.
E prevendo o enredo do senhor colmeia.
A mente é louca,
O mel poderia adoçar a minha alma,
Mas o amor,
Bem, ele simplesmente revolucionária os meus atos,
Vereia o mundo com outros olhos,
No momento estou vendado como BIRD BOX,
Indo pelo extinto,
E pela força do sentimento.
Nesse mundo sou apenas um canal, tentando absorver da Fonte de Água Viva e transmitir o que Ela Proporciona!!!
LCS
Sou leal, mas posso não ser legal com quem me tira do sério. Não tenho que sorrir para quem me maltrata. Não tenho tempo pra maldades, o fazer o bem me consome por inteira.
DO PARAPEITO VITAL
Não sou aquilo que vês...
A couraça que percebes
é o excesso de fragilidade,
que move ou tortura.
Dentro da concha cerrada,
a porta em ferrolhos,
permito frestas que me alimentam.
E o alimento caminha filtrado
no suporte do meu parapeito.
Nele contemplo
o complexo do ser
em solidão e unidade.
Contemplo a comunhão
da beleza e ironia,
da grandeza e mediocridade,
dos rumos e destinos vãos,
do irreversível óbvio pó
e o tão divinal inevitável está
em simplesmente ser.
Em entendimento e devolução
converto o que vejo
em palavras que registro.
Em minha suposta apatia,
passam as coisas, os homens,
os fatos, e deixam cargas e marcas
e a sensação, de ser tudo
simples e infinito.
Não há nada que me exclua
ou me distancie da engrenagem.
Sou partícula num todo
de massa, cinza, éter.
Mesmo deste parapeito inescrutável
(dirás?) e vital feito placenta,
habito um universo em que sou parte
e magicamente sou todo.
Não sou a favor de negros, nem de brancos. Sou a favor da justiça, da paz, da união e do amor entre os homens.
